1 | ICE IN BONES [CONCLUÍDO]

EPILOGUE

Lavo os biberões alternando a mão entre lavar e beber a cerveja quando escuto o som do elevador. Estranho, o Greg não tem horário a essa hora e o Sam supostamente ia encontrar-se com o Mark.

— Tenho 30 minutos. — Aquela voz provocadora. — Não tenho tempo de procurar outra pessoa então estou a espera da minha prostituta pessoal/ namorado. — viro-me a tempo de a ver largar o casaco no chão e vir na minha direcção num beijo que transborda excitação. Largo os biberões na hora e a puxo para a balcão.

Acredito seriamente que encontrei a pessoa perfeita para mim. Porque nessa terra não existe pessoa mais insaciável do que a Winter. Nem descarada. Mas tendo em conta que não nos vemos a alguns dias, é explicável. Tenho estado com a Nova e ainda não tive disposição para contar a Winter.

Ela puxa as minhas calças para baixo e não nos demoramos. Sem rodeios. Ela precisava e eu...bom, com um bebé não tenho tido propriamente tempo para andar por aí a foder como coelhinhos.

Com o braço direito a volta dos seus ombros apoio a cabeça lá, a espera que a minha respiração estabilize.

— Estava mesmo a precisar. — ele se afasta levemente para puxar as calças.

— Estiveste a ler os teus romances eróticos? — um sorriso malicioso escapa daquela maldita boca.

— Também mas já a 4 dias que não tinha ninguém e uma vez que teoricamente somos um casal, achei que não acharias piada nenhuma comigo a procurar consolo em outro lugar. — ele faz-me um sorriso presunçoso.

— Quatro dias?Uau, tanto. — saio de cima do balcão e puxo as minhas calças para cima.

— Nem vem, a tua abstinência não é lá muito grande. — ele cruza os braços e apoia-se no balcão com o lava-loiças e então percebo. — Estavas a lavar a loiça? — ele fica tenso, movendo-se para impedir-me a visão do lava-loiças. — Okay. Eu vou an...— nesse preciso momento um choro infantil é ouvido. Um choro infantil. De um BEBÉ!
Olho para ele e depois para as escadas. — Isso é um... — Blake esfrega o rosto com as mãos, frustrado.

— Sabes onde é a saída. — ele sobe e permaneço ali só para perceber se estou mesmo a ouvir bem. Por isso é por choque. Não consigo criar nenhuma teoria para o que raios se passa aqui. Digo, é um bebé na casa dele? Olho para frente e vejo biberões, viro-me e havia coisa de bebés.

— Mas que...— viro-me e daqui consigo ver uma pequena manta rosa. O choro continua mas torna-se mais perto. Olho para as escadas e levo um tempo a processar ao ver-lhe com um bebê no colo.

Blake Finnegan está a segurar algo do tamanho de um urso de peluche com provavelmente nada mais que 3kg. Eu acho.

— Ainda estás aqui? — o tom rude não me assusta.

— Tens noção que estás a pegar num bebé,certo?

— Eu sei. O choro dela é impossível de ignorar. — outra vez rude. Não faz diferença.

— E porque estás com um bebê?Sequestraste ou algo assim. — ele a muda de braço e anda na minha direcção com a criança aos berros até os meus tímpanos doerem. — Dá-lhe algo.

— Já tentei e ela não quer. — dou um passo para trás afastanto-me do bebê chorão. — Não sequestrei ninguém. Ice Queen está é a Nova... — Olha para ela. — Minha filha. — as minhas sobrancelhas sobem e os meus olhos arregalam.

— Desculpa?

— Não estou para repetir. — ele dá-me as costas e tenta balançar com a criança que chorava horrores.

Ele ainda tem a lata de ser arrogante?Acabei de descobrir que o filho da mãe tem uma filha! Mas que merda?!

— Okay, deixo-te a ti e ao teu mini-projecto de pessoa. — pego no meu casaco no chão e afasto-me para o elevador. Tonta, sinto-me tonta como se fosse cair por ter rodada vezes demais. Nada faz sentido.

QUE MERDA É ESSA?

Continua...