BOOK II |CHAPTER 9: TRAITOR

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" E não é engraçado

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" E não é engraçado

Como você disse que eram amigos?

Agora com certeza não parece isso

Você me traiu

E eu sei que você nunca vai se arrepender

Pelo jeito que me machucou

Não é engraçado?

Todos os jogos distorcidos"

TRAITOR} OLIVIA RODRIGO

O sol bate contra mim e quando olho a volta estava sozinha

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O sol bate contra mim e quando olho a volta estava sozinha. Levo algum tempo para levantar e olhar a volta. Estávamos no quarto dele. Não sei como viemos aqui parar, fizemos tanto que...ah que dor.

Mexo os braços e sinto o meu corpo tão dolorido como se tivesse feito uma maratona de exercícios descabidos no ginásio. Bocejo afastando o cabelo da face. Em silêncio levanto e vou para a sala mas paro-me no cimo das escadas ao ouvir as vozes do Blake e do Sam.

— Blake, eu saio daqui. — meus lábios comprimem com o rumo disso. Vá lá,  não dá para esquecer. Sento no degrau e mal percebo quando o Greg se junta a mim.

— Eles vão resolver tudo. — ele diz mas pelo tom podia perceber a preocupação dele.

— Sinto-me uma buceta a separar melhores amigos. Aquela coisa de dudes before hoes. — apoio o queixo no punho fechado e quase gemo com dor. Eu não sabia que o Blake já gostava de mim. Nem que o Sam sabia. Ou que o Blake estava no hospital com a Nova. Não pensei que apenas uma noite fosse trazer isso tudo.

— Não és nenhuma hoe Winter. Eles vão resolver. — Nem perco tempo a olhar para ele.

— Então vai.—  voz do Blake é tão gélida que arrepia.

— Eu ia contar-te, só não sabia como. Vocês avançaram tão rápido que eu não pensei numa boa forma de o fazer.

— Que seja Sam. Não quero ouvir a merda das tuas desculpas. — passos pesados do Blake são ouvidos até ele subir as escadas e nos encontrar lá. Não diz nada. Simplesmente passa por nós e bate com a porta do quarto no fundo do corredor.

— Vai lá ter com ele. Talvez amenizes as coisas. — aceno para o Greg e sigo o Blake que estava na casa de banho. Chego a tempo de ver as marcas que deixei sobre o corpo nu.

— Tinhas de o expulsar?

— Não expulsei. Ele foi embora sozinho. — entra no box e eu sento-me sobre a retrete. Que argumentos tenho? — A Nova está no quarto. — esfrego a têmpora cansada.

— Vai ser assim?

— O quê? — soa a um rosnar.

— Fodes comigo pela merda da tua cozinha toda...e agora ignoras-me?! — prendo a cabeça entre as mãos. — Estás a ser infantil. Se tiveste maturidade para foder comigo enquanto estavas com raiva devias ter maturidade para parar de agir com uma peste! — ele ignora-me completamente. — Queres saber, vai a merda. — levanto farta. — Eu nem estava contigo ainda, se assim fosse estaria louca de raiva por todas as que foste para a cama antes de mim. Mas eu não sou uma psicótica maluca ciumenta, aliás estou a lixar-me para todas as mulheres que tiveste. — saio dali a tempo de ouvir um barulho forte da mão dele contra a parede seguido do som frustrado de raiva.

❄•❄•❄

Alimento-a com o biberão a olhar para o Greg e o Blake num canto a falarem. O Mark também estava lá e tensão preenchia o espaço. Eles tentavam convencer o Blake mas a cara dele dizia tudo.
Nova choraminga no meu colo o que me chama a atenção. Deixo o biberão de lado e rodeio os braços nela.

Levanto com ela sobre o meu peito. — Já está na hora de sesta. — a cabeça dela fica no meio do peito, calma.

Subo as escadas com certa dor.
Quando ele estava irritado e vamos para a cama é assim que o meu corpo fica, apesar de saciado. Não tenho nada contra, só não gosto do pós-raiva.

Com ela sobre o berço balanço-a lá deitada ao som da música de embalar da caixinha de música enquanto penso. Penso e penso sem soluções. Ele vai continuar lixado, com um humor de cão.
Dramas de relacionamentos, foi o que passei a vida a evitar.

Depois de talvez meia hora ou mais ela adormece. Cubro-a com a manta branca fofa e me viro para sair. Levo um susto ao vê-lo apoiado a parede.

Penso em dizer algo mas ignoro e passo até ele segurar o meu ombro. Não olho mas espero com os dedos a apertarem a volta do meu braço, afrouxarem. Não preciso de dizer que ele está a magoar. Ele sabe que está.
Ele não faz nada então puxo o meu braço e saio. Que seja.

Eu não tenho paciência para isso. Cenas de ciúmes dessas estão no fundo do baú de coisas que quero para a minha vida. Sim eu gosto dele, mas prezo-me.

Visto as minhas roupas para sair dali e ir para o meu apartamento.

— Vais ficar aqui. — controlo a minha vontade de bater nele. Qualquer som demasiado alto é capaz de acordar a Nova.
Ele pode estar com raiva mas esse comportamento faz-me querer batê-lo.
Mostro o dedo do meio para ele enquanto fecho o botão da calça.

— Não. Eu vou ficar sozinha e tu vais pensar no que queres fazer, entretanto considera que isso aqui, acabou. — pego nos botins para calçar quando ele ri.

— É isso?Queres acabar?Para quê?Ir ter com outros.

— QUE OUTROS? — explodo. — Porra Blake és assim tão inseguro?! Foda-se, estás a estragar tudo. Eu sei que menti mas foi antes, põe isso na tua cabeça. Foi antes. — Empurro ele farta.

Eu não tenho maturidade, nem saúde mental suficiente para essas merdas. E eu não vou deixar que ele lixe comigo.
Assim que os meus pés entram no apartamento escorrego até o chão com as costas na porta e apoio o queixo nos joelhos com cada centímetro do meu corpo dolorido. Eu não sei se quero gritar ou bater. Sinto-me cansada. Demasiado cansada. Fecho os olhos e permaneço ali, sem mexer-me.

1 | ICE IN BONES [CONCLUÍDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora