1 | ICE IN BONES [CONCLUÍDO]

CHAPTER 2: FREE GIRL

"Essa é a minha melhor amiga

Ela é foda demais

Tem seu próprio dinheiro

Ela não precisa de cara nenhum

Na pista de dança

Ela bebeu duas, três bebidas

Agora ela está rebolando

Ela empina e faz de novo

BEST FRIEND} SAWEETIE FT.DOJA CAT

Hoje é domingo, o silêncio paira sobre o apartamento pequeno mas grande o suficiente para mim. É um edifício bonito. Cortesia do meu pai que se negou a ver a filha mais nova a viver num quarto alugado de uma casa estranha, então ele alugou um apartamento de uns conhecidos. Não me preocupei em mobilar muito. Essas coisas não fazem o meu género. Embelezar.

Então os móveis aqui existentes são os mesmos que quando encontrei. A sala e a cozinha são juntas mas há um balcão a dividir. De frente há uma janela que vai do chão ao teto dando-me uma visão ampla da cidade que nunca dorme. Estou feliz em ter deixado Atherton e toda aquela pomposidade Não estou a julgar quem vive lá mas aquilo nunca foi o meu lugar apesar de NY ser...demasiado movimentada e barulhenta para mim. Estar a morar num apartamento no meio da cidade perto do Central Park não ajuda nada, isso é um facto.

Eu sou uma alma cinzenta. Não há cores para mim, pretensiosa, cínica, arrogante, egoísta, calculista...sou isso tudo. Além disso sou silenciosa. Não gosto de barulho. Sempre mas há vezes que excedo a regra.

Nem de luz. Gosto de escuro e apesar disso afetar a minha visão enquanto leio ignoro e esforço os olhos. Algo que o meu pai sempre disse para não fazer.

Sentada no chão a ler as páginas que me faltam de Corrup mordo as tiras de carne seca sobre o silencioso e escuro apartamento, como se estivesse vazio, no entanto a grande janela está livre de cortinados. Então tenho uma visão perfeita. Aprecio as minhas saborosas tiras de carne seca sul-africanas que sou viciada desde sempre e leio aborrecida.

Porquê que ele tinha de se apaixonar?Michael era tão mais sexy sem essa coisa de sentimentalismo que lamento ele não continuar a querer punir a Rika. Sim, eu sou extremamente tóxica. Gosto de livros que fazem sofrer e tenho um certo rancor quando eles se tornam Baunilha no fim, com aquele Felizes para Sempre. Argh, que repugnante.

E assim foi o meu Domingo. Nada demais, nunca é a não ser que eu esteja mesmo aborrecida.

— Então, já decidida sobre o que fazer? — Kilorn um amigo nosso pergunta com o almoço na frente. Abano a cabeça em negação.

— Vou esperar até o segundo ano e decidir algo. — apoio a cabeça nas costas na cadeira da esplanada.

— Mas tens ideia de algo,não? – Sean o caso da Jasmine questiona.

— Não sei. — dou de ombros.

— Bom podes se...— a voz dele é cortada por uma outra que se impõe.

— Kilorn, meu. Não te vejo a semanas. — levanto a cabeça para encarar a pessoa que para.

— Mark! — os dois trocam um comprimento familiar.

Quando ele sorri relembro quem é. E relembro que há mais 2 com ele. Os mesmos do dia no balcão. Dessa vez são 3.

— A época está a correr-vos bem. — Kilorn diz ao trocar um aperto com os outros. Quando os meus olhos caem no loiro suspiro internamente. Ah não.

— Oh...vejam quem ela é. Ice Queen. — o loiro diz alto e espremo os lábios.

— Até amanhã. — levanto da cadeira mas então ele sorri para mim me impedindo de passar.

— Começamos com o pé esquerdo. Sou o Greg. — Não olho para a mão estendida.

— Okay. — tento me desviar.

— Vocês se conhecem? — Sean. Não respondo, estou ocupada a tentar livrar-me do pomposo.

— Sim, mais ou menos. Ela não me diz o nome dela. — reclama como se fosse uma criança. Estou a perder a paciência. Ter 6 pessoas a menos de 20 metros de distância é demais para mim. Não gosto de contacto nem de falar.

— Oh... vá lá W. Esses são malta fixe. — como se isso me importasse. — Greg é um urso ambulante. — a declaração de Kilorn arranca um riso de todos. Todos menos duas pessoas. Eu e o amigo deles que está no telemóvel.

— Vou lá para dentro. — O mesmo diz já andando.

— Espera, o jogo de sexta foi ótimo meu. Aquele gol no último minuto foi de cortar. — Kilorn declara.

— Os Hurricanes são bons. — é tudo o que diz antes de ir.

— Ignorem. É só o Blake e o seu humor. — Mark, negro de voz sexy. Que voz!

Não queria abrir a boca mas esse idiota não me vai deixar em paz então terei de gastar saliva.

— Vais te afastar ou vou ter de te dar uma joelhada? — estou séria e a minha voz seca.

— Deixa-a em paz Greg. — Mark se impõe sobre o amigo e finalmente estou livre, já a sair sem ouvir mais nada.

Atravesso a rua quando ouço o meu nome. Não paro, continuo.

— Hey Coleman! — viro-me abrupta. Qual é a desses tipos?Porque eu não posso ser assim tão desejável para estar a ser importunada.

— HÃ? — e então era um ruivo de cabelos ondulados, alto como um poste, ombros largos. A cara dele não tão desconhecida mas não lembro do nome.

— Enzo Laurent. Fazemos Álgebra juntos. — analiso o perfil dele. Estou no celibato a uns 2 meses, um recorde. Enzo parece ser interessante, só espero que não seja uma falabarato.
Junto as sobrancelhas ainda em dúvida. — Tens planos hoje, a noite?

— Não.

— Podíamos fazer alguma coisa. Estou interessando em ti. Acho que os meus olhares são visíveis. — Nem sequer tinha reparado nele. — Então podíamos sair e... — Winter vamos simplificar para ele. O rapaz está aterrorizado. Pensa que és uma donzela.

Ah consciência, como eu não te odeio.

— Tenho tempo agora. E tenho algo melhor em mente do que um jantar... — e ele se segue.
Céus, os rapazes de Yale são tão SIMP assim?