Capítulo 31: 09/07 - Eu e você

614 35 13
                                    

Eu e você = nós

A sexta feira demorou a chegar, contei os dias, as horas, os minutos. E hoje, hoje era sexta. Não qualquer sexta, a sexta que eu retornaria aos braços de quem eu amo.

Arrumando minha mala para o fim de semana em Goiânia, tento me lembrar do que está faltando. Meu fone de ouvido para a viagem, era isso. Verifico algumas gavetas do meu guarda-roupa a procura desses fones, até que o encontrei. Não encontrei só isso, encontrei também algo que eu nem procurava, algo já esquecido: uma pulseira com um berloque de cereja.

 Não encontrei só isso, encontrei também algo que eu nem procurava, algo já esquecido: uma pulseira com um berloque de cereja

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Um flashback passou pela minha cabeça. Faz tempos que aquela pulseira estava ali, quando a joguei ali, na tentativa de me livrar dela, estava passando por momentos ruins com o Rodolffo, e aquela pulseira me lembrava dele, me lembrava eu e ele. Me lembrava nós.

Peguei a pulseira com as mãos, e sorri: Nós. Agora éramos, eu espero. Coloquei-a no braço, depois de tanto tempo sem usa-la. Para dar sorte.

Pronta para ir, peguei as chaves de cima da mesa, e segui para o exterior do prédio, onde peguei um Uber em direção ao aeroporto de São Paulo. Destino final: até o meu amor.

Eu precisava de respostas, e não tinha mais nada a perder.

(...)

Na porta do aeroporto, aguardo. Pessoas vem e vão.

Distraidamente, ajeito os cabelos, um pouco desarrumados por causa do vento, ansiosa por causa da espera pela minha carona.

Uma BMW preta de vidros escuros para na minha frente. Nunca entrei nesse carro antes, mas o reconheço. Um homem atraente abre o vidro:

– Are you lost babygirl?

Abaixei a cabeça, e soltei uma gargalhada demorada.

– Tô sim. Esperando você pra me socorrer, príncipe do cerrado. – Sorri.

Rodolffo desceu do carro e veio na minha direção: Amor. Você é... a coisa mais linda... que eu já vi. Usando um jeans surrado na cor azul claro, uma camiseta branca casual. Sorri, sem parar. Ele sorriu de volta e me abraçou como se nunca tivesse me visto antes na vida. Um abraço demorado, do tipo que você esquece até onde está, só a gente, no nosso mundinho. Apertei com força as mãos ao redor do seu corpo: alguns momentos são preciosos demais.

– Tô feliz que cê veio, Sarita. – Ele disse, segurando meu rosto com as mãos, como se quisesse confirmar a minha presença física.

– Claro que eu viria. – Dei um beijo de leve em seus lábios. – Afinal, eu tenho um quarto cativo na sua casa aqui.

– Tem sim, vamo conhecer ele?

– Vamos. Mas antes... – Só mais um beijo.

Depois de um beijo lento e demorado, que certamente atraiu olhares das pessoas que passaram, ele pegou minha mala e colocou-a no porta malas do carro, abriu a porta para mim, e entrei. Pegamos a estrada até a sua casa.

Sentimento divididoOnde histórias criam vida. Descubra agora