→Cho Seungyoun, o moranguinho

14 2 97
                                    

Nana começou a caminhar com a bicicleta sendo guiada por suas mãos, ao lado de Hyunjin, que encarava o chão alternando entre o chão e a garota ao seu lado.

—Nana— a voz do garoto soou baixa, mas atraiu a atenção que queria da garota, fazendo ela olhar para o Hwang —Você acha que nós faríamos um bom casal?— a garota se engasgou e começou a tossir enquanto batia no peito.

—O que?!— Han encarou o Hwang notando a vergonha do garoto após a fala —Por que você diria isso?!

—Eu não sei, eu só estava pensando sobre isso— a mão do garoto foi ao pescoço, o coçando de leve —Quer dizer, o Jeongin disse tanto isso que eu parei para pensar, você acha que faríamos um bom casal?

—Hwang, eu te conheço tem duas semanas— a mão da garota foi ao nariz, apertando a área enquanto ela soltava um suspiro cansado.

—Mas você acha que faríamos?

—Tira essa ideia da cabeça, Hwang.

—É só responder o que você acha— outro suspiro cansado de Nana a fazendo bagunçar o cabelo.

—A gente não é um casal.

—Mas faríamos um bom casal, só você que não vê— Hyunjin cruzou os braços a frente o peitoral, fazendo um pequeno bico.

—Mas a gente já se beijou.

—Não fui eu quem começou o beijo— a garota olhou por cima do ombro vendo um Hwang sério.

—Mas você continuou— o garoto apressou um pouco os passos para alcançar a garota.

—Hyunjin, todo mundo beija alguém nessa vida, eu só continuei.

—Quer dizer que se eu te beijar agora,você não vai continuar?

—Para com essa viagem-— antes que pudesse dizer qualquer coisa a mais, as mãos de Hwang agarraram sua cintura, fazendo sua bicicleta cair no chão, seu corpo ser virado bruscamente e seu corpo colidir com o do garoto.

—Se eu te beijar agora, você não vai retribuir?— a garota sentiu suas costas serem empurradas contra a parede de um beco com Hyunjin a sua frente, ainda com os corpos colados —Se eu te beijar, você não vai me puxar para perto?

—Você não tem ideia que quanto eu quero quebrar sua boca— uma risada sarcástica saiu dos lábios de Hyunjin, que aproximou os lábios da Han.

—Podia bater com seu lábios, não iria reclamar com isso— com essa frase, Hyunjin fechou o pequeno espaço que tinha entre os dois jovens, subindo uma das mãos para o pescoço dela para puxar a garota para mais perto.

A primeira reação de Nana foi colocar suas mãos contra o peito do garoto empurrando o garoto, lutando contra a vontade de puxá-lo pela blusa e aproveitar um pouco mais dos lábios carnudos.

—Ah... Nana?— os dois se separaram rapidamente em choque, reconhecendo a voz que chamou a garota —Seu... Seu pai pediu para que eu viesse te buscar, mas eu posso-— antes que pudesse comentar qualquer coisa a mais, Nana saiu dos braços de Hwang e segurou o pulso de Seungyoun, puxando a bicicleta que antes estava no chão.

Durante a metade do caminho, o acompanhante estava calado —algo fora do normal para Cho Seungyoun— e isso, ironicamente, incomodava Nana que andava chutando uma pedrinha. Han parou com um bufar e se virou, encarando Luizy.

—Não conte nada que viu para meu pai nem para o Seungwoo, não tenho nada com ele e mesmo que tivesse, não quero lidar com a grande conversa— o garoto riu baixo, fechando os olhos, suspirando.

—Tudo bem, eu não conto— Seungyoun encarou o céu —Mas a boca vermelha vai te entregar— uma das mãos da garota foi a boca tentando limpar —Olha, eu tenho uma ideia para te ajudar.

—E seria?— a garota olhou descrente para Luizy até que ele tira um brilho labial do bolso —Por que você tem isso no bolso?— Nana começou a rir encarando a mão do Seungyoun, lhe fazendo segurar um sorriso bobo e cruzar os braços.

—Eu tenho lábios secos— novamente a garota voltou a rir, colocando os braços em sua barriga, tentando recuperar o folego —E nem me venha com manteiga de cacau, sozinha isso não funciona, nem todo mundo tem sorte de ter os lábios macios e bonitos como os seus.

—Entendi— a garota puxou o ar, finalmente parando de rir e olhou para o garoto.

—Agora vem cá— Seungyoun puxou o pulso de Nana para que ela se aproximasse e abriu o gloss, exalando um cheiro de morango enquanto era aplicado nos lábios da garota, fazendo a mesma fechar os olhos, tentando segurar a risada.

—De morango? É sério?— Han disse, tentando não mexer tanto os lábios para não atrapalhar Cho.

—Calada, eles só tinham esse quando eu fui— a risada veio dos dois jovens que tentavam concentrar na ação.

—Claro, moranguinho— após terminar de aplicar o garoto se afastou, olhando incrédulo para a mulher que segurava a risada.

—Foi só essa vez!— ele cruzou os braços voltando a colocar o gloss no bolso.

—E só dessa vez você vai ter um apelido— uma risada saiu dos lábios de Nana que levantou a bicicleta novamente, subindo sobre ela —Seu pai ainda está lá em casa?— o homem afirmou com a cabeça —Sobe, vamos voltar.

—Por que você não pedalou antes?

—Porque eu não queria, simples— Cho sorriu e subiu na bicicleta, segurando na cintura da garota, tentando achar algum assunto que não tivesse como ter uma resposta sarcástica da Han.

Após alguns minutos, ambos estavam na porta, encarando a maçaneta. A anfitriã abriu a porta, encontrando seu irmão, quase dormindo ao lado de seu pai enquanto o mais velho conversava com quem imaginou ser o pai de Seungyoun, nenhum dos dois foram notados pelos dois mais velhos, mas acabou despertando Seungwoo.

—Nana, finalmente você- por que você tá com a minha blusa?— o Han maior olhou a garota e segurou o pano da blusa, encarando a irmã.

—Wooya, essa você perdeu— um sorriso largo brotou nos lábios da garota.

—Eu vou perder minha mão na sua cara- espera, você está usando batom?— Seungyoun forçou uma tosse chamando a atenção do garoto.

—Eu pedi ajuda para testar alguns brilhos que eu tinha visto em uma loja— Seungwoo apertou os lábios segurando a risada, como a irmã tinha feito mais cedo —Eu tenho os lábios secos, dá um tempo.

—Okay, mas por que pediu para a Nana ser uma boneca de testes?— Luizy deu de ombros e riu fraco.

—Na verdade, Nana— Luizy enfiou a mão no bolso e esticou o vidro com o brilho ali dentro —Pode ficar.

—Mas isso é seu— o garoto negou com a cabeça, colocando nas mãos da garota.

—A cor fica bonita em você, e também— ele se aproximou, sussurrando para a garota —Quero que se lembre de mim quando usar isso— sorriu ao se afastar e foi em direção ao seu pai.

Two-Ways RoadOnde histórias criam vida. Descubra agora