→Passado e teorias

17 2 20
                                    

—Ei, Hyunjin— Jeongin caminhou até o amigo e colocou suas mãos no peito do mesmo, atraindo a atenção do mais velho —Tá tudo bem cara?

—Eu... Eu acho que sei quem é a Ghost— o garoto olhou no rosto do amigo vendo a expressão chocada de Hyunjin.

—E seria?

—A gente não pode falar sobre isso aqui, tem risco daquele cara que queria furar a perna dela estar por perto— Jeongin tombou um pouco o rosto, confuso —Vai por mim, quando você ouvir minha teoria isso tudo vai fazer sentido.

O garoto afirmou com a cabeça e passou o braço por trás do pescoço do mais velho, pegando o troféu da mão do garoto.

—Uma coisa que me impressiona até agora é que você conseguiu chegar em segundo com risco do eixo quebrar— a risada dos garotos ecoou na rua agora vazia.

—Jeongin, sou eu cara, se ela não tivesse sumido eu podia deixar até a Ghost no chinelo— o garoto bateu levemente no próprio peito arrancando risadas do garoto.

Após chegar na garagem do mais novo, Hyunjin levou sua moto para o pequeno pódio o qual mantinha a moto em pé para facilitar os reparos de Jeongin e se jogou no pequeno sofá ao lado encarando o teto.

—Eu acho que a Ghost é a Han Nana— Jeongin, que estava em pé se virou para Hyunjin em choque rindo em descrença.

—Calma, que ideia é essa? Tá tudo bem? O eixo bateu na sua cabeça?— I.N se aproximou do amigo colocando a mão em sua testa, checando a temperatura o fazendo levar um tapa na mão.

—Eu juro que eu vi uma mecha vermelha descendo do capacete, e o grito parece com os dela quando briga com algumas meninas na escola e o corpo dela não é no padrão de beleza daqui, isso tá começando a ficar estranho.

—Hwang Hyunjin, você tá sendo um stalker?— I.N cruzou os braços em frente seu peito rindo do amigo que agora o olhava confuso.

—Que?! De onde você tirou isso?!— Hyunjin balançou as mãos em frente o rosto antes de voltar a encarar o amigo com indignação em seu olhar.

—Cara, você falou da voz dela, do cabelo dela, do corpo dela-— Jeongin tampou a própria boca encarando o melhor amigo incrédulo —Você tá apaixonado pela bully! Meu deus que clichê!

—Okay, deu por hoje, não dá pra falar com você, credo— o garoto se levantou, mordendo o interior da bochecha.

—Vai que é sua, Hyunjin-ah!— foi a ultima coisa que o garoto ouviu antes de fechar a porta e voltar para casa.

A casa estava em silêncio, o garoto considerou que sua mãe ainda não chegou do hospital, seu trabalho exigia muito de si, mal conseguia dar atenção para seu filho, mas ele não se importava, sua mãe sempre foi muito amorosa mesmo sem ter tanto tempo.

Hyunjin foi para o banheiro, jogando as roupas pelo caminho. Aquela corrida foi incomum, nunca foi presenciado violência daquele nível de competidores para competidores, aquele cara não foi visto por Hwang e mesmo assim ele chegou em terceiro e conseguiu machucar a Ghost e, pela câmera acoplada no capacete da garota, só conseguiu ouvir o motor da Kawasaki.

—Hwang! Cheguei!— uma voz feminina atravessou a porta e Hyunjin sorriu desligando o chuveiro para ouvir sua mãe direito.

—Bem vinda de volta.

—Você não devia estar acordado, você tava-— a mulher foi cortada por gritos desesperado do garoto.

—Não, eu não fiz... Isso— o garoto colocou as mãos no rosto, tirando um pouco da água que escorria do seu cabelo —Eu fiquei vidrado com uma coisa e não conseguia tirar da cabeça, achei que um banho fosse tirar!

—Ah sim, um pouco de leite quente pode te ajudar a dormir, eu vou esquentar um pouco— a mulher disse com um tom animado e o silêncio reinou no banheiro, fazendo Hwang ligar o chuveiro e terminar seu banho.

Após sair de lá, trocou de roupa e se encontrou na cozinha com sua mãe. O cabelo da mais velha estava preso em um coque mal feito enquanto sua cintura se mexia com alguma música que tocava em seu fone.

—Mãe, o leite tá pronto?— o garoto se sentou na mesa e coçou o pescoço vendo sua mãe se virar com uma chaleira e dois copos, colocando um em cada lado e servindo o leite para os dois.

—Como foi seu dia hoje, Jinie?— a mulher perguntou se sentando na cadeira a frente do mais novo.

—Foi bem, eu acho— o garoto deu uma pausa para tomar o leite —Fui na escola, tivemos prova surpresa de física, fui para a casa do Jeongin e voltei para cá.

—Nada fora do normal, hm?

—Acho que pode se dizer isso, mas e o seu dia?

—Cansativo— Hyeong abaixou a cabeça soltando um suspiro —Tive que participar obrigatoriamente de duas cirurgias como enfermeira e nas duas os pacientes quase morreram por incompetência do médico. Eu tive que fazer uma depois e comigo o paciente ficou tranquilo a cirurgia toda, minha agenda de pacientes ficou toda atrasada.

—O que seu chefe fez?

—Nada! Ele não manda na equipe e se der merda a culpa é totalmente e unicamente nossa, mas ele me coloca como enfermeira só porquê eu sou mulher, ai que ódio! Seu pai é um cretino fodido Jinie.

—Ele não é meu pai, ele só é um cretino fodido mesmo— o garoto voltou a beber o leite, sendo acompanhado pela mãe.

—Errado você não tá— ela terminou o copo e colocou dentro da mesa e olhou o relógio que marcava 1:57 —Bom, eu vou dormir um pouco, tenho que sair daqui a 4 horas, tenta dormir um pouco— Hyeong deixou um selar na testa do garoto e o deixou na cozinha.

Após alguns minutos, o garoto soltou um suspiro e lavou o copo da sua mãe e seu próprio antes de voltar pro seu quarto.

Apesar de tudo, ele não conseguia se esquecer daquela ideia estranha, Han Nana era a famosa Ghost e ele estava determinado a descobrir sua teoria e iria usar a educação física do dia de amanhã como vantagem.

Two-Ways RoadOnde histórias criam vida. Descubra agora