→E o trio volta a ativa

17 2 60
                                    


—Nana!— Seungwoo pegou um travesseiro e bateu na irmã que acordou na hora revoltada com a ação do irmão que se inclinou perto do seu rosto —Jisung está aqui!

—Puta merda, quantas horas?— Nana jogou a coberta sobre o garoto e correu ao guarda roupa, vestindo um short que tivesse na frente.

—São uma da tarde, anda logo!— o garoto abriu a porta do quarto, deixando sua irmã sair antes de a seguir até a sala, aonde Jisung se encontrava sentado em silencio enquanto mexia no seu celular.

—Jisung-ah, não achei que você estava falando sério que viria— a garota se aproximou do primo com um largo sorriso que foi retribuído junto de um abraço.

—Você sabe que eu sempre cumpro minhas promessas— o garoto sorriu e se sentou no sofá vendo Nana se sentar do outro lado enquanto Seungwoo estava atrás do sofá, olhando os dois.

O mesmo pensamento passa na cabeça de todos: "o que eles deveriam falar?". O silencio voltou fazendo Nana morder seu lábio e Seungwoo coçar a nuca.

—B-bem, por que vocês não me contam o que eu perdi e eu conto para vocês o que eu perdi?— os garotos se olharam e um breve sorriso apareceu no rosto da Nana vendo Seungwoo dar a volta e se sentar ao lado da gêmea.

—Bom, nossa mãe fugiu de casa, eu descobri que eles se divorciaram, meu pai se casou com a Yuri, ela ainda mora aqui e acho que é isso— uma risada fraca saiu dos lábios da mais nova e o gêmeo afirmou a cada palavra.

—Sinceramente, acho que não mais, enquanto eu estava aqui esperando vocês, eu vi ela passando com uma mala e chorando bastante— os gêmeos se olharam em choque.

—Ela falou alguma coisa?— Jisung balançou a mão tombando para os lados —O que ela falou?

—Ela estava xingando bastante seu pai, e parece que ela tinha um celular e um papel na outra, parecia algum tipo de exame— o garoto deu de olhos, fazendo os gêmeos se olharem, eles sabiam exatamente onde Sangmin estava e aonde Yuri iria.

—Quer ver o circo pegar fogo?— um sorriso de canto brotou nos lábios dos Han que se levantaram —Acho que vamos ter que ir de carro.

—Se a gente tentar pedir, vamos chegar atrasados— Nana mordeu os lábios ouvindo a fala do irmão e Jisung sorriu, passando os braços pelo pescoço dos irmãos.

—Tem algum carro na garagem?

.

Ao chegar na companhia que Sangmin controlava as pessoas acenavam, mesmo que sabiam que Nana não acenaria de volta. Em silencio, os três caminharam em direção ao escritório do pai, sendo barrada pela secretária Emma, uma mulher com os seus 1,48 de altura, cabelos loiros e uma roupa bem ousada para uma simples secretária.

—Vocês não podem entrar aqui, o pai de vocês está trabalhando— a mulher se colocou na frente da porta com os braços abertos, fazendo Nana revirar os olhos e Seungwoo bufar.

—Você sabe que estão te chamando lá embaixo, certo?— a mulher não se moveu um centímetro da frente da porta, mesmo que os gritos estivesse altos.

—Min Emma, americana e coreana, quase quarenta anos— a voz de Seungwoo soou baixa, mas o suficiente para a mulher ouvir e dar um passo para trás, desequilibrando do salto —Você sabe que provavelmente um de nós vamos herdar essa empresa inteira, e espero que saiba— o garoto se aproximou a mulher, tendo que se abaixar para ficar cara a cara com a mulher —Eu e a Nana guardamos muito rancor.

Os olhos sem emoção do garoto encararam a alma da mais velha que lentamente se afastou da porta e se dirigiu ao saguão, passando por Nana que acenou com um sorrisinho em seu rosto e Seungwoo se virou mostrando o polegar com um sorriso largo e viu os dois se aproximando da porta.

—Eu devia saber— sons de papel batendo ecoaram —Eu devia! Quem traí uma traí duas!— ofegos foram ouvidos e algumas batidas de salto contra o chão —É aquela secretária, não é?— silencio pesou no escritório —Esse corpo na tela do celular que você vivia me dizendo que estava quebrado, é dela, não é?— novamente o silencio reinou —Me responde seu filho da puta!

—E se for?— era arriscado demais abrir a porta, nem que fosse uma pequena parte, então o trio se contentou com o áudio daquela novela mexicana —Quando você deu em cima de mim e eu disse que era casado, você não deu a mínima, disse que eu amava minha esposa mas mesmo assim você continuou flertando, quando foi com a Yuna você não deu bola, por quê se importa agora?

—Porque eu estou grávida seu babaca!— o grupo se olhou com a mão na boca e Nana segurou uma risada.

—Eu pago a pensão, não vejo problema nisso— um grito estridente saiu da sala e de novo os sons de papel batendo contra algo que aqueles que estavam fora considerou ser o próprio pai até que parou e voltou os ofegos.

—Eu vou tirar tudo de você! Eu vou te deixar sozinho, eu vou conseguir a guarda dos seus filhos e dá para eles tudo que a vadia da mão deles não deu— Jisung olhou os gêmeos que estavam estáticos com tudo que ouviram. Mas Nana abriu a porta escarando a mesma.

—Se atreva a falar mais uma vez da minha mãe— a garota encarava Yuri com os olhos mais frios e sem emoção que conseguia no momento.

—Ou vai fazer o que? Eu estou gravida— a mulher alisou levemente a barriga com a mão.

—Não preciso matar seu filho para isso, meu alvo é você— a risada de Yuri soou no quarto que olhou com deboche para a esposa de seu pai.

—E eu tenho culpa se sua mãe não soube lidar com isso e fugiu até mesmo dos filhos? Ela quem foi a principal corna dessa história, se satisfizesse mais o marido ele não tinha pulado a cerca— Nana correu na direção da mulher e lhe puxou pelo cabelo recebendo um grito estridente de Yuri.

Seu pai não se moveu mas Seungwoo viu e tentou segurar Nana após uma sequencia de socos da garota em Yuri até que finalmente tiraram a Han de cima da mulher. 

—Você vai ver, eu vou tirar até o último centavo seu!

—Tenta a sorte e eu te quebro que novo, puta!

Two-Ways RoadOnde histórias criam vida. Descubra agora