Capítulo LIX

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O grande Hospital da Folha mantinha seu ritmo normal de atendimento. Alguns pacientes transitavam pelos corredores, assim como alguns enfermeiros andavam apressados pelo mesmo. No meio destes, havia uma médica apreensiva que os cortava com rapidez. Em seu rosto, o semblante agoniante de desespero com pontadas de preocupação dominava os traços delicados. Os cabelos rosados, que passavam um pouco dos ombros haviam caído em ondas do coque feito um tempo antes.

Ao chegar na porta de seu destino, Sakura hesitou por alguns segundos, mas firme agarrou a maçaneta e abriu com tudo a porta branca.

Quando abriu, a visão que encontrou não aliviou sua tensão, mas amenizou o aperto no coração que sentia quando minutos antes havia recebido a notícia que seu filho juntamente do time em que fazia parte teriam dado entrada no hospital.

Se aproximou e analisou com atenção. A menina possuía alguns cortes mínimos, e Boruto nada mais que escoriações. Konohamaru parecia estar com o braço quebrado e Saikai...estava inconsciente.

- O que aconteceu?- Ela perguntou, e não soube distinguir se o tom daquela pergunta foi feita por seu lado profissional ou materno.

- Estávamos voltando de missão quando um trio da aldeia da Pedra nos atacou sem motivos.- Konohamaru a respondeu, segurando um dos braços contra o corpo.

- Nós demos conta deles, oba-san, mas quem mais nos ajudou foi o Saikai.- Boruto falou, e Sakura aproximou-se do filho deitado na cama.

- Estávamos mais machucados que isto, Sakura-sama, mas Saikai nos aplicou ninjutsu médico e nós melhoramos.- Yasu se pronunciou.

- Ele está com pouco chakra, por isso está inconsciente.- Uma das enfermeiras presentes falou.

- Certo.- Sakura ponderou e após analisar com cuidado, percebeu que o filho não tinha mais do que algumas escoriações e cansaço extremo devido a falta de chakra.

Caminhou até Konohamaru e segurou o braço que ele protegia.

- Está quebrado.- Constatou e uma luz verde surgiu em suas mãos, indo contra a pele do sensei de seu filho.

- Sakura-sama...- ele começou.

- Está tudo bem, Konohamaru, essas coisas acontecem quando se sai em missão.- Disse sem tirar seus olhos do braço do rapaz.

- Sim, eu sei.- Ele concordou.- Mas eu queria lhe informar algo.

- E o que seria?

- Saikai despertou o sharingan.- Sakura travou. A luz verde cessou e ela encarava o Sarutobi surpresa. É claro que um dia isso aconteceria, o filho despertaria o sharingan...afinal, sangue Uchiha corria em suas veias. Mas a notícia a pegou de surpresa.

E ela não havia se preparado para isso, para o dia em que seu filho despertaria os olhos amaldiçoados de seu marido.

Sim, Sakura os encarava como uma maldição, até porque nada de bom veio para os portadores daqueles olhos. Lembrou das várias vezes em que ela e o marido conversaram sobre esse dia e ela em todas as vezes não deixava de temer. Sasuke também não se sentia confortável sobre isso, mas havia feito a promessa- tanto para Saikai quando bebê quanto para Sakura- que iria estar presente e dar todo o suporte que o filho precisasse quando este dia chegasse.

E eles conviveram com a tortura de esperar por esse dia.

Até que ele chegou.

Sakura olhou para o filho descansando sobre a cama, o sono profundo proveniente da fraqueza que sentia. Voltou os olhos para Konohamaru, que a encarava sentado em uma maca. Novamente, a luz verde fluiu pelas mãos da Uchiha e encarando as enfermeiras, disse simplesmente:

Sasusaku- título em andamentoOnde histórias criam vida. Descubra agora