Capítulo LII

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- Vamos parar por aqui, Sakura.- Sasuke disse enquanto caminha pela floresta.

Ora, eles tinham partido da aldeia onde se instalaram por um tempo, pois Sasuke já tinha conseguido todas as informações que precisava com o contato de Kakashi. Seguiram caminho por mais três dias em direção ao País do Relâmpago, onde buscariam informações em Kumogakure.

Sakura estava sentindo algumas dores, Saikai estava pra nascer a qualquer momento, mas devido a urgência do líder de Konoha e o prazo para encontrar os informantes, Sasuke decidiu seguir viagem mesmo assim. É claro, estava muito preocupado, e se a esposa resolvesse dar a luz no meio do caminho? O máximo que sabia era como cuidar de ferimentos, coisa que todo shinobi deveria saber. Ninjutsu médico? O básico. Só aprendeu o que conseguiu captar com seu sharingan, e foi graças a ele que tinha conhecimento o suficiente para curar Sakura em sua última missão juntos.

Eles pararam e logo Sakura se sentou em uma pedra. Haviam parado em um grande arraial, uma tarde se despedia dando lugar a noite iluminada. Montaram acampamento ali, e Sasuke constantemente checava o estado da esposa, que reclamava dos incômodos que sentia.

- Como está? - Ele perguntou, oferecendo um cantil com água que a esposa pegou.

- Com dor. Muita dor.- Ela respondeu fazendo uma careta.

- Sinto muito termos saído da aldeia, mas era preciso.

- Eu sei, está tudo bem.- Ela respondeu, tomando um gole de água. A dor da rosada o afligia, queria fazer algo, mas o que faria?

- Me sinto um grande egoísta.- Ele diz, sentando ao lado de Sakura.

- Por que diz isso?

- Por a ter trazido comigo. Não pensei direito nas consequências que teria com você longe de uma unidade hospitalar. Achei que voltaríamos antes, ou que você daria a luz na instalação.

- Ei...- Ela o encarou, repousando a mão em cima da mão do marido.- Você não é egoísta. Eu também quis vir e isso conta, certo? Não queria que você perdesse o nascimento de nosso filho, e sei que você também não queria isso.

- Sim ...- Ele responde, apertando a mão da esposa.

- Não se culpe. Eu te amo, está bem? Vamos ficar bem. Saikai é esperto, aposto que vai esperar até chegarmos em Kumogakure.

- Certo.- Sasuke sorriu.

Após o descanso, resolveram montar acampamento. Sakura logo deitou e adormeceu, enquanto Sasuke a protegia. Não era um homem de dormir muito, ainda mais quando estava em missão. Sua guarda sempre estava alta, e com Sakura ao seu lado então, o cuidado era dobrado. As noites em que o Uchiha descansava despreocupado eram quando estava em sua casa, ao lado de sua esposa. Dormia muito, e bem. Sempre acordava depois que a rosada, o que o fazia pensar se ela achava que ele era preguiçoso. Se ela soubesse que ao lado dela em seu lar era o único lugar onde ele conseguia dormir de verdade...não haviam preocupações quando estava em casa, a paz que sentia era fora do comum.

Observou a esposa desconfortável em seu colchonete, amargurado. Ela não deveria estar passando por aquilo, era sua culpa. Sua vontade de tê-la consigo e poder ver o nascimento do filho haviam o cegado demais para optar pela razão. Sakura deveria estar em casa, preparando as coisas para sua ida à maternidade, e não no meio de uma floresta em uma missão com ele. Mas por outro lado...quem estaria com ela naquele momento? No momento em que a bolsa estourasse, e se ela estivesse sozinha em casa? Quem poderia ampará-la? Ele tinha certa razão em seu ponto de vista, mas o resto o condenava. Se sentia o maior dos egoístas, por não pensar antes nela e em seu filho. Viu o dia amanhecer e suspirou fundo, mais uma noite sem dormir direito. Desceu da árvore onde estava sentado e reascendeu o fogo, colocando água para ferver, queria fazer o café mais forte que conseguisse. Talvez assim ficaria bem acordado durante o dia e tentaria dormir na noite seguinte, como tentou das outras vezes. Assim que a água ferveu, colocou apenas dois dedos da mesma no copo e um sachê inteiro de café, mexeu e virou de uma vez. O líquido desceu amargoso e Sasuke fez uma leve careta, mas não era como se nunca houvesse feito aquilo antes. Resolveu então fazer um chá para a esposa e ouviu quando a mesma acordou.

Sasusaku- título em andamentoOnde histórias criam vida. Descubra agora