introdução

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Perdão pelos erros

Lauren's point of view




Atrasada

Mais uma vez naquela mesma semana eu estava a ponto de enfiar um bons tapas na cara daquele motorista de ônibus, principalmente porque por culpa do imbecil, eu seria humilhada mais uma vez. Eu mesma pensei que sair de casa dos meus pais fosse me livrar de passar por perrengues desse tipo, mas acabei aprendendo da pior maneira que viver sozinha era pior do que tudo. Não devo culpar de todo o motorista, ja que a retardada que passou a noite de ontem em claro me preparando para as provas finais de faculdade era eu. com 25 anos e nos últimos meses de acabar de vez com meu último semestre em administração, eu me encontrava presa em uma bola de neve.

Ainda sim, não poderia ser demitida agora, não estava em meus planos, assim como também não estava em meus planos aguentar 6 meses de um italiano metido a sabe tudo que só conseguiu o emprego por conta da contatos com o papai. Poderia ser apenas um trabalho para qualquer um, mas para mim, trabalhar em uma empresa reconhecida e renomada com a CESx era uma das coisas mais incríveis que poderiam estar no meu currículo, ou seja, eu teria mais 6 meses para aguentar. Feito um ano ali, com toda certeza poderia ser contratada por qualquer pessoa.

Finalmente desci do ônibus, pisando em uma poça de lama e sujando minhas meias. As ruas de Seattle não estavam favoráveis para mim aquele dia. Ajeitei meu casaco de veludo preto e segurei a vontade enorme que eu tinha de chora naquele momento. Minhas meias eram tão novinhas para ficarem no estado em que ficaram.

Dobrei a eu movimentada de uma sexta qualquer, comerciantes pelas ruas, artistas e cantores aleatórios que esperam uma chance de conseguir ser notado por qualquer olheiro de plantão. Sinto muito amigo, aqui não é nova York.

Segura a onda, você precisa desse emprego

Falei antes de entrar pelas portas de vidro e dar de cara com o enorme salão imperial a frente. A decoração antiga, mas bem preservada me deixou de queixo caído quando pisei aqui pela primeira vez. O lugar era coberto de seguranças, e não era para menos já que aqui temos diamantes guardados e outras jóias.

Ao caminhar até a segunda porta de entrada, aproximei meu crachá dali, esse que me dava acesso a área profissional, lugar do qual pessoas "comuns" não poderiam entrar. Ser secretária do presidente da empresa tinha suas vantagens. Eu poderia ir onde quisesse e fazer certas coisas que funcionários normais não podiam, em compensação, eu tinha que aguentar Bieber e seus chiliques.

O caminho até o elevador foi tranquilo, mantive meu olhar para o segurança, que mesmo me conhecendo, mantém a cara carrancuda, me lembrando que era impossível confiar em alguém dentro daquela empresa. E eu concordava, não sabia muito sobre o dono da empresa, só sabia que ele quase nunca vinha para empresa, ah não ser que houvesse algo muito importante, como por exemplo o aniversário da empresa que iria acontecer em um mês.

O cheiro de colônia barata tomada conta do ambiente, me lembrando minha classe e quem eu era ali. Olhei meu relógio cinza em meu pulso, me amaldiçoando por ter perdido a hora para levantar. Eu estava rezando internamente para não ser demitida, pois sei que Bieber quer apenas um motivo forte o suficiente pra isso.

O andar da presidência chegou, e eu passei como um furacão, pela porta da sala vazia do presidente da empresa. Acontece que o Sr. Cabello nunca estava por aqui, justamente por isso sua sala vivia trancada, nem mesmo Justin tinha o cartão adequado para usa-la.

Vi minha mesa e rezei internamente para que ele não estivesse em sua sala, ou então teria que aguenta-lo berrar sobre meu atraso, e a melhor forma de fazer isso é sentada e seca. Eu estava em pé e encharcada de lama.

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