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Abri os olhos lentamente, os fechando automaticamente ao sentir a claridade invadir o ambiente. Minha cabeça latejava suavemente, indicando que eu talvez houvesse passado dos limites na noite anterior. Olhei ao redor, reconhecendo o quarto onde estava. Levantei com cuidado, um pouco cambaleante. Me mantive de pé, vendo que estava apenas de calcinha e com uma camiseta preta e larga. A porta se abriu, revelando os fios ruivos do maior.
-Lindinha, finalmente acordou!- Tendou ergueu os braços empolgado. Fiz careta sentindo minha cabeça latejar mais fortemente. Kuroo entrou logo atrás do ruivo.
-Já ia conferir se ainda estava respirando.- Ironizou com seu sorriso irritante.
-Que horas são?- Questionei com a voz rouca, sentindo minha garganta seca.
-Três da tarde.- O ruivo encarou o relógio na parede do seu quarto.
-Droga, que horas nós viemos embora?- Fechei os olhos me jogando de volta na cama.
-Umas três da manhã, você dormiu uma média de 12 horas, gatinha.- Tetsu sentou ao meu lado, dando tapinhas em minhas coxas. Coloquei as pernas por cima das suas.
-Ontem bateu rápido, hein lindinha...- O ruivo gargalhou tombando a cabeça para trás, fiz careta outra vez, tapando meu rosto com as mãos.
-Deu ruim?- Choraminguei torcendo para que não houvesse acontecido nada demais.- A última coisa que eu lembro direito foi de quando o Aran chegou na mesa com os meninos e eu sai para dançar com o loirinho... ah, merda!
Alguns flashs da noite passada rodaram minha cabeça. Shots e mais shots de vodka pura foram virados. Alguns baseados foram compartilhados. Dancei com Atsumu. Beijei Atsumu...
-Pois é, você meio que disse para o cara que queria transar com ele.- Kuroo mantinha o sorriso irritante em seu rosto, fazendo com que eu me arrependesse de ter me empolgado.
-Na verdade, você disse "Ele ficaria lindo na minha cama"...- Tendou provocou, com um sorriso sacana, grunhi irritada respirando fundo em seguida.
-Tomara que ele não me odeie.- Murmurei tristonha, mas Kuroo riu sarcástico.
-Ele estava bem longe disso, acredite.- Se referiu aos acontecimentos passados. Revirei os olhos diante a ironia de Tetsu.
-Oe, vocês vieram ver se ela estava viva ou preparar o funeral?- Kenma apareceu na porta com o cenho franzido.
-Esse quarto já é seu, não?- Keiji apareceu com os olhos semicerrados na porta.
-Desculpe se te dei trabalho, Kaashi.- Pedi em um lamento tristonho.
-Tá tudo bem, Mahi.- Ele me tranquilizou, se aproximando para um abraço.
-VENHAM TOMAR CAFÉ!- A voz escandalosa de Bokuto era evidente do andar debaixo.
-Café as três da tarde?- Arqueei as sobrancelhas para os presentes.
