capitulo sete: viajando que se descobre

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Na praia, os dois ômega ficaram debaixo do guarda-sol enquanto os alfas foram comprar petiscos e água de coco, Namjoon tentava passar protetor solar nas costas mas sem sucesso, ao ver aquilo Jimin sorriu e se levantou pegando o produto em mãos e o ajudando.

— Obrigado.

— Disponha. O que achou daqui?

— É lindo... primeira vez que vou em uma praia.

— Deixa eu te contar um segredo, é a minha primeira vez numa praia também.

Os dois rapazes riam enquanto olhavam para o vasto mar em sua frente, a água no horizonte se misturava ao céu parecendo não ter fim, enquanto esperavam seus pedidos ficarem prontos, Jin e Yoongi olhavam os seus ômegas se divertindo juntos.

— Somos alfas de sorte de ter dois ômegas tão incríveis.

— Ele... Ele não é meu ômega.

— E meu irmão é padre.

— Eu falei sério.

— Quem você quer enganar? Todo mundo vê o jeito que você olha pra ele, sabe, achei que você não quisesse um relacionamento.

— Ele só mora na mesma casa que eu, veste minhas roupas, carrega um bebê no ventre que será meu filho, mas isso não significa que temos um relacionamento.

— Você nem engana nem a si mesmo.

— E você? Achei que só quisesse se divertir.

— O Jimin é diferente, eu conheci ele fora dos palcos, a gente bebeu juntos mas pela primeira vez um ômega não quis que eu gastasse horrores com ele, e pela primeira vez um ômega não quis dormir comigo. Acho que a princípio eu só estava de ego ferido, poxa como um ômega tão lindo podia resistir a mim? Chamei ele pra um encontro, você devia ter visto a cara daqueles velhos ricos quando ele pegou uma coxa de frango com a mão pra comer, pensa só, o restaurante mais caro da cidade, com um tipo diferente de garfo pra cada comida que eles traziam, e meu ômega simplesmente largou o garfo e pegou a perninha do frango com a mão... Eu soube que estava ferrado. Eu tentei fugir daquele sentimento, poxa eu era o Min Yoongi, podia ter o ômega que quisesse a qualquer momento, mas eu estava apegado nele. Quando eu vi ele naquele palco meu sangue ferveu, eu vi tudo em vermelho, só tirei meu paletó e subi lá, os caras enlouqueceram sabe...

— Achei que você não soubesse dos negócios do seu irmão.

— Eu não me meto nos negócios dele, é diferente. Eu não me intrometo nos deles e ele não se intromete nos meus. Mas eu queria tentar tirar o Jimin da cabeça, acabou que o tiro saiu pela culatra.

— Você disse que quase levou um tiro.

— Os seguranças, e depois meu irmão. Meu próprio irmão me mirou uma arma no peito... Ele tava fedendo, parecia que tinha rolado na grama com uma garrafa de bebida, eu soube que ele tinha estado com um ômega, era inegável, seu cheiro de hortelã tinha sumido. Eu ameacei que a mamãe iria odiar ver o filho morto pelo outro filho, então ele me deixou sair, e eu levei o Jimin comigo.

— Como ele está?

— O Agust? Teoricamente deveria estar uma semana em casa e uma na prisão, mas graças a sua defesa, e ao dinheiro nosso, ele está em prisão domiciliar apenas. Mas não o vejo a dias, ele não me conta onde mora então tenho que esperar ele resolver me fazer uma visita.

— Eu pensava que ele iria pra alguma prisão de segurança máxima.

— Meu caro, não existe prisão de segurança máxima quando você tem rios de dinheiro.

O som da valsa embalava os casais pelo salão, Jimin e Yoongi eram parte disso, seus olhares apaixonados tiravam suspiros de quem via, era nítido os sentimentos dos rapazes. Os pés de Namjoon batiam no ritmo da música, ele queria levantar e dançar, mas não iria implorar para Jin lhe acompanhar, mesmo que ver aqueles casais fizesse seu peito doer.

— Ei Namjoon.

— Sim?

— Quer dançar?

— Achei que nunca perguntaria.

As covinhas do sorriso de Namjoon, unidas a proximidade dos dois rapazes, fazia o peito de Jin se aquecer e uma vontade imensa de proteger o ômega tomava conta de seu ser. Enquanto rodopiavam pelo salão a distância entre seus corpos ficava quase nula, o tão esperado beijo veio naturalmente, aos poucos seus lábios estavam juntos se movendo igual seus corpos.

Quando a música acabou os dois rapazes subiram para o quarto, permaneceram na sacada olhando a lua e trocando beijos e carícias, algo queimava em seus peitos, mas não era de excitação, e sim de amor e paixão.

— Eu poderia beijar vocês todos os dias e não me cansaria.

— Você pode Jin, você pode.

— Isso é um pedido, ou uma permissão.

— Os dois.

Quando Namjoon acordou sentiu que estava mais calor que o normal, quando sua mente limpou do sono ele notou que havia dormido de conchinha com Jin, um sorriso tomou conta de seus lábios e o ômega não quis levantar, apenas se virou e retribuiu o abraço se aconchegando antes de adormecer novamente. O sol já batia em suas faces mas estava tão bom ficarem daquele modo, quando Jin acordou ele ficou abraçado ao seu ômega até que ele acordasse para irem tomar café da manhã.

Aquela semana foi como um conto de fadas, a praia, os dois dividindo a cama, indo dormir abraçados e trocando beijos a todo momento. Mas a realidade bateu de novo quando chegaram em casa novamente, eles se prepararam para dormir em seus respectivos quartos, a noite seguia fria e solitária, até que uma batida na porta fez Namjoon levantar.

— Nam, tá acordado?

— Sim, pode entrar.

Jin abriu a porta vestindo apenas um calção de dormir, seu peito exposto e a cara de sono o deixavam uma obra de arte sobre a luz da lua que entrava pela janela.

— Sabe, a gente passou uma semana dormindo juntos.

— Pois é.

— Acho que me acostumei com isso.

— Sabe, eu também.

O sorriso que trocaram bastou para deixar claro o que queriam, Namjoon foi para o lado na cama dando espaço para o outro deitar consigo, eles ainda trocaram alguns beijos antes de adormecerem. O casal não via a hora do bebê nascer para poderem avançar com suas carícias sem se preocuparem.

...

Do outro lado da cidade Jungkook esperava o elevador parar, pelas suas contas o cio de seu loirinho já havia passado e estava seguro entrar no apartamento novamente. Ao abrir a porta estranhou estar com todas as luzes apagadas, mas então sentiu um corpo o prensar na parede e acabou sorrindo.

— Senti saudades coelhinho.

— Eu também senti.

— Sabe do que também senti saudades?

— Do que?

— Disso aqui.

A mão do loirinho seguiu pelo corpo de Jungkook até parar em cima de seu membro o apertando. Não foi preciso dizer nada para que o rapaz o agarrasse e iniciasse um beijo quente, o mais velho sentiu as mãos em sua bunda o impulsionando e logo ele cercou a cintura de Jungkook com suas pernas.

As cegas o mais novo os levou até o sofá, sequer se importou de levar ao quarto, não é como se fossem ser atrapalhados, nem mesmo o irmão de seu loirinho sabia onde ele morava atualmente, então naquela noite eles mataram a saudade que sentiam um do outro, não só pelo sexo, mas também pelo carinho que existia, nenhum tinha coragem para verbalizar aquilo, mas era nítido que havia amor naquela relação.

Operação papais | Namjin | ConcluídaOnde histórias criam vida. Descubra agora