Era madrugada quando Jin sentiu alguém o chamar e chacoalhar seu ombro, mesmo contra sua vontade ele abriu os olhos avistando Namjoon de pé ao lado da cama.
— O que foi amor?
— Jin, nós vamos ter um bebê.
— Eu sei, isso não é incrível? Agora volta a dormir por favor.
O alfa já estava virando para voltar a dormir, quando sentiu Namjoon puxando seu ombro de novo e fazendo com que olhasse para si.
— Amor, nós vamos ter um bebê.
— Eu sei meu bem, agora volta pra cama. Tá tão frio aqui sem você.
— Jin, nós vamos ter o bebê.
— Eu sei, eu também não acredito nisso as vezes, mas acho que em quase 9 meses você já teria se conformado, agora volta a dormir. Deixe para perder as noites de sono quando ele nascer.
— Homem do céu, a gente vai ter o bebê! Agora! Levanta dessa cama! Minha bolsa estourou e eu já to sentindo a fenda dilatar! A GENTE TEM QUE IR PRO HOSPITAL! LEVANTA SEU IDIOTA!
Assim que a ficha caiu, Jin se levantou em um pulo já pegando seus pertences de qualquer jeito e a bolsa que haviam deixado para esses casos.
— Você tá sentindo as contrações?
— Eu tô, agora cala a boca e me leva pro hospital ou quer fazer o parto você mesmo?
— Já tô indo amor, calma amor.
— Calma? Tem um bebê dentro de mim querendo sair, calma é a última coisa que consigo ter. DESCE LOGO DESSE QUARTO OU NOSSO BEBÊ VAI NASCER ANTES POR EU PASSAR RAIVA!
Com pressa, o alfa desceu as escadas correndo, ainda terminando de abotoar a calça, enquanto ouvia Namjoon reclamar sobre como era difícil o acordar. Jin abriu a porta do carona antes de abrir o porta malas e jogar as coisas de qualquer jeito lá, quando foi dar partida notou que estava sem a chave do carro, rapidamente saiu procurar na casa.
— Jin! VOLTA AQUI AGORA! AS CHAVES ESTÃO NA PORTA SUA ANTA.
O alfa voltou correndo e encontrou as chaves do carro na fechadura, com toda a velocidade que era permitido pela segurança ele saiu pelas ruas.
O caminho para o hospital foi tranquilo, e logo já estavam nos preparativos para o parto. Jin parecia mais nervoso que o próprio Namjoon, o alfa suava e andava de um lado para o outro no quarto onde haviam os deixado esperando.— Amor, para de ficar andando assim! Tá me dando nos nervos já!
— Desculpa, mas você tá bem? Precisa de alguma coisa? Como tá o bebê?
— Calma! Tô bem, se acalme, eu só... Ah! Céus que dor, chama a enfermeira.
As contrações ficavam cada vez mais fortes, assim que a enfermeira chegou levaram o ômega para a sala de parto. Jin pode acompanhar o parto, enquanto faziam os procedimentos Namjoon agarrou em sua mão tão forte que já sentia o sangue tendo problemas para circular, quando o choro do bebê preencheu a sala de cirurgia o casal suspirou aliviado.
— Alfa, quer pegar o seu filho?
Jin sentia as mãos tremerem e os olhos encherem de lágrimas ao ter em mãos aquele pequeno ser enrolado em um pano, seu coração se encheu de alegria e seu lobo quase ronronava no peito, ao entregar o bebê nas mãos de Namjoon não se conteve, desabou a chorar por ver que agora tinha seu ômega e seu filho ali, a lembrança de Moonbyul surgiu em sua mente, mas não mais como um fantasma do passado que corroia sua alma com culpa e dor, ele tinha certeza que onde quer que ela estivesse ela estava feliz por o ver feliz.
Não houve complicações no parto, além do bebê ter nascido saudável, para o alívio do casal apenas foi preciso ficar no hospital para o acompanhamento básico antes de serem liberados. Hoseok foi avisado para cuidar do escritório, o rapaz queria mesmo deixar o escritório fechado e ir o quanto antes ver como estavam seus amigos e seu "sobrinho", mas haviam casos para resolver e ele sabia que todos precisavam descansar.
— Então Soobin, pronto pra conhecer sua casa?
— Eu ainda não acredito que você aceitou usar o nome que a Moonbyul havia escolhido.
— Sabe Jin, Soobin é um bom nome, e gosto de pensar que assim conseguimos manter a memória dela viva, por mais que eu tenha um certo ciúmes de saber que você já foi casado.
— Você pode não ter sido meu primeiro ômega, mas tanto você quanto a Moonbyul moram em meu coração, são parte da minha história, mas você é meu presente e futuro, você e nosso pequeno Soobin.
Ao entrarem na casa novamente tudo parecia finalmente ter se encaixado nos lugares certos, Namjoon havia encontrado um alfa decente para ser pai de seu filho, Jin havia encontrado um ômega incrível, eles estavam construindo uma família em um bairro bom e seguro.
Enquanto levavam o bebê para o berço, que Jin insistiu em por no quarto do casal ao menos nos primeiros dias, e Namjoon se preparava para tomar um banho para poder descansar, nenhum viu o carro preto parado do outro lado da rua.
O alfa retirou os óculos escuros e digitou o número do seu chefe, demorou para ser atendido, e era possível ouvir barulhos obscenos no fundo da ligação, mas era comum do seu chefe já.
— O que é? Eu tô ocupado porra.
— A cegonha já fez sua entrega.
— Valeu, bom trabalho. Continue de olho.
A ligação foi encerrada e BM jogou seu celular dentro do porta luvas, ao dar partida seguiu para a casa de seus amigos, ao chegar já foi recebido com uma garrafa lhe sendo entregue por Jiwoo.
— Finalmente o resmungão te liberou é?
— Ele tá ocupado demais brincando de casinha agora.
...
O som dos corpos suados batendo ecoava pelo apartamento, Jungkook foi o primeiro a gozar, logo sendo seguido por seu loirinho, eles então relaxaram e ficaram abraçados até que suas respirações voltassem ao normal.
— Jungkook, o bebê que queria adotar já nasceu.
— Sério?
— Aham, só esperar mais uns dias e teremos nosso filho.
O mais novo encheu seu amado de beijos enquanto subia em seu corpo.
— Eu nem acredito nisso, vamos finalmente ter nossa família.
— Sim, nossa família, e ninguém vai ficar no nosso caminho.
As mãos logo percorriam os corpos um do outro, mesmo cansados estavam preparados para mais um round. Uma espécie de comemoração pela notícia tão aguardada, teriam seu filho, Jungkook só jamais imaginaria de onde viria a criança.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Operação papais | Namjin | Concluída
FanficJin só queria um filho, mas para o advogado adotar uma criança não estava sendo fácil, já Namjoon queria apenas dinheiro para sobreviver, ser livre sem precisar se preocupar com nada. Quando o ômega grávido é preso o caminho dos dois acaba se cruzan...