07 | to see you come of age

723 49 22
                                    

TINA ROSSI RICCIARDO

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

TINA ROSSI RICCIARDO


Não tínhamos planejado termos um filho, mas a vida tinha nos agraciado com um bebê.


Três meses depois de descobrir a gravidez, veio a relação do sexo, afinal nós dois queríamos saber para decidirmos o nome que dariamos.

Daniel era pura alegria, sempre mantendo cuidado, ligando de hora em hora principalmente quando ele estava em alguma parte do mundo.

A escolha do nome foi um trabalho árduo, em primeiro lugar reunimos os nomes que mais gostávamos para depois eliminarmos de acordo com nossas preferências.

Obviamente, Daniel apresentou nomes muitos peculiares dos quais eu reneguei, recebendo uma gargalhada em resposta. Eu tinha certeza que ele tinha feito aquilo para ver minha cara de indignação. No fim conseguimos chegar em um comum acordo.

Enquanto nosso menino não vinha ao mundo, os tios e candidatos a padrinhos, acirraram a disputa, dando presentes inimagináveis, como se aquilo fosse garantir alguma coisa. Marie e Max eram os piores, certa vez chegaram com um carrinho elétrico.

Outra que não controlava a alegria era minha nonna. Ela já tinha alguns bisnetos, mas meu filho seria o primeiro menino.

Daniel vivia a pressão de resultados insatisfatórios, sempre saia do carro com uma decepção palpável. Ele não queria que eu tivesse conhecimento sobre isso, mas eu dei um jeito, usando a gravidez para que Michael me falasse algo.

Sempre quando Daniel colocava os pés em casa, parecia que o mundo ao nosso redor sumia, os problemas iam para o espaço e somente nós existimos no planeta. Éramos nós três. Somente nós três e mais ninguém.

Com certeza o Grand Prix de Monza mudou o curso das coisas. A corrida Sprint deu a prova para que Daniel soubesse que no fim tudo daria certo.

Assisti a corrida dentro do box da McLaren, sentindo cada vibração que aquele Grand Prix dava-nos.

Quando ele venceu aquela corrida, sendo ovacionado por todos e glorificado pela equipe juntamente com Lando, certifiquei-me mais uma vez que Daniel era bom em cumprir promessas. Ele prometeu um pódio para nosso filho e tinha cumprido.

O final da gestação foi tranquilo, mesmo com mais alguns problemas que atrapalharam Daniel em uma das corridas.

Foi na madrugada do dia vinte e sete novembro que senti dores fortes. Deixei a cama com cuidado, para não acordar Daniel e segui para o banheiro para jogar uma água no rosto.

Era hora. Eu sabia que meu filho viria ao mundo.

Voltei para o quarto e vi Daniel virando-se na cama, despertando em seguida ao não sentir meu corpo.

Seus olhos abriram-se e ele os esfregou, só então me vendo de pé.

— Amor... O que aconteceu? — aprumou o corpo, levantando-se e vindo em minha direção.

FOREVER | DANIEL RICCIARDOOnde histórias criam vida. Descubra agora