Capítulo 7

46 1 5
                                    

"Katherine, por favor, você consegue me escutar?"

Christopher colocou a mão na testa de Katy e sentiu que ela estava com febre. Ele tinha acabado de acordar depois de um cochilo na poltrona e viu que ela tremia debaixo do cobertor, deitada na cama. Acendeu o abajur ao lado e percebeu que as bochechas dela estavam rosadas. Ele não sabia muita coisa sobre ela, principalmente se tinha alergia a algum medicamento, mas precisava agir. Não conhecia ninguém em Dallas que pudesse ter maiores informações, nenhum amigo ou parente. Talvez ela tivesse algum contato de emergência ou conseguisse dizer a ele para quem ligar. Tentou falar com ela mais uma vez:

"Katherine, eu quero ajudar você. Você está com febre. Para quem eu posso ligar e perguntar o que fazer?" Dessa vez, Christopher segurou a mão de Katy e afastou algumas mechas de cabelo da testa dela suavemente. "Por favor, não me deixe. É tudo culpa minha."

"Adelyn..." Katy sussurrou.

"Quem? Adelyn? Ok. Temos um nome."

"Meu... Cel... Celular... Adelyn... Minha irmã..."

"Certo. Seu celular. Perfeito. Você está indo muito bem. Agora continue descansando, eu vou ligar para Adelyn, não se preocupe."

Ele olhou o relógio e eram quase dez da noite. A irmã dela ainda poderia estar acordada e atender sem se assustar com a ligação. Mas agora onde estaria o celular de Katherine? Em sua bolsa talvez. Pediu permissão mentalmente para abrir a bolsa dela, era uma situação de emergência. Pegou o aparelho, mas precisava ser desbloqueado ou por senha ou por digital. Foi até Katherine, pegou suavemente sua mão, segurou seu dedo e falou:

"Andrews, vou desbloquear seu celular com sua digital, preciso falar com Adelyn, ok?"

"Adelyn... Ok..."

Christopher desbloqueou o celular de Katherine e havia uma linda foto de uma menina por volta dos 5 anos, sentada no colo de uma senhora, as duas de cabelos pretos e olhos verdes. Katy segurava uma violeta em uma das mãos e sorria muito. Ele ficou encantado ao olhar o papel de parede. De repente, quis muito conhecer tudo sobre a vida de Katherine. Piscou por um rápido momento e lembrou-se do que precisava fazer.

****************

"Achei que não ia falar comigo hoje, irmã mais ingrata que eu tenho!" Adelyn falou do outro lado da linha, em um falso tom de aborrecimento, rindo em seguida. "Como você está? Muita saudade de você, Katie..."

"Olá, boa noite! Adelyn Andrews?"

A voz feminina, que antes era simpática, mudou de tom:

"Sim, é ela. Quem está falando? Onde está Katherine? Esse número é da minha irmã! O que aconteceu?"

"Srta. Andrews, eu sou Christopher Norman, chefe de sua irmã, Katherine. Eu preciso fazer algumas perguntas porque ela está um pouco doente e como não sei de ninguém em Dallas que possa ajudar, ela acabou me pedindo para ligar para você."

"Doente? Como assim, senhor Norman, o que ela tem? Meu Deus, onde ela está agora?"

"Em seu apartamento, estou com ela. Aparentemente é apenas um resfriado. Ela tem febre e preciso saber se ela tem alergia a algo, se posso dar aspirina para controlar a temperatura. Ela pegou chuva, hoje caiu uma tempestade por aqui, o que não a fez bem."

"Oh... Katy e sua loucura por chuva... Sr. Norman, ela tem uma caixa de medicamentos numa gaveta ao lado da cama, sempre tem aspirina, por mais que ela não use com frequência. Tem um termômetro também."

"Certo. Eu não a deixarei sozinha, srta. Andrews, não se preocupe."

"Sr. Norman, Katy tem dois amigos próximos, Pete e Dana Simons, eles são irmãos, moram em Dallas. Pete inclusive trabalha para o senhor na Norman Financial Business Group. Eu vou ligar para que eles possam ir até o apartamento vê-la e o senhor possa ir para casa."

Mean(t) To Be Onde histórias criam vida. Descubra agora