Mean(t) To Be

Capítulo 5

Já eram oito da noite. Katy estava sentada em sua mesa, analisando dados, relatórios, contratos. Tinha comido apenas uma maçã e uma banana depois do almoço e depois várias xícaras de café, por isso, mal sentia o tempo passar.

Em sua sala, Christopher fazia o mesmo. Analisava cada contrato minuciosamente, com uma ira nunca antes sentida. Alguém dentro da sua própria empresa estava tentando tirar algo da sua família, do seu trabalho, dos seus funcionários. Qual o interesse de Gordon Lewis em maquiar o relatório das empresas? Será que as empresas tinham ligação com os esquemas de Gordon? Tudo isso acontecendo debaixo dos seus olhos! Ainda bem que Katherine havia descoberto mais detalhes, ajudando a encaixar tantas peças... Katherine! Ela ainda estava na empresa, trabalhando, será?

Christopher levantou-se e foi até a mesa da assistente, que continuava analisando diversos papeis e planilhas no laptop.

"Encontrei uma assistente workaholic, como eu..."

"Senhor Norman, eu... hmmm, eu... Não vi o tempo passar. Que horas são?"

"Oito e dez. Estamos há 12 horas nesse prédio vivendo do seu café. Se quiser ir pra casa, está liberada. Seu marido ou namorado pode se preocupar. Ou seus pais. Alguém da sua família."

"Não tenho ninguém aqui em Dallas, senhor. Ninguém a quem eu possa ligar para avisar que vou chegar tarde." Katherine falou, timidamente.

Christopher achou estranho alguém como Katherine não ter namorado ou não ser casada. Ela tinha beleza natural atraente, lábios bonitos, olhos verdes vivos, brilhantes.

"Katherine, por favor, me chame de você. Eu sei que sou seu chefe, mas eu tenho 34 anos e quando você me chama de senhor eu me sinto meu pai. E você tem o quê? 27?"

"25. Faço 26 em março. Dia 13."

"Desculpe achar que você era mais velha, não foi a intenção."

"Tudo bem, eu sempre venho trabalhar muito séria. As pessoas me dão mais idade." Katy sorriu.

"Está com fome? Eu peço comida pra cá quando trabalho até tarde. Primeira vez que terei companhia, sinta-se honrada."

"Hmmm... Não sei, eu não irei incomodar?"

"Katherine, eu sou seu chefe e estou oferecendo comida por 3 horas a mais de trabalho que você passou aqui. É o mínimo. Você receberá proporcional, mas eu não sou tão ingrato assim depois do que você fez."

"Certo, eu aceito. Acho que meu estômago vai aceitar algo que não seja cafeína."

"Traga seu laptop para a minha sala, lá é maior e minha poltrona é mais confortável para você. Vou pedir a melhor pizza que você já comeu na vida, acredite em mim. Você toma vinho tinto?"

"Sim, adoro."

"Então, decidido. Vamos ver o que podemos descobrir juntos."

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A verdade é que Christopher e Katherine trabalhavam perfeitamente bem juntos. Descobriram que Gordon Lewis vinha maquiando os dados há um certo tempo, mas Cristopher decidiu não abrir o jogo logo de cara até ter um plano.

Estavam os dois na sala da presidência, Katy na grande poltrona ao lado da mesa de Christopher:

"Katherine, não preciso lembrá-la de que tudo o que fizemos hoje é altamente confidencial. Minha empresa também está em suas mãos."

"Senh... Christopher, eu sei, jamais faria nada para prejudicá-lo. Inclusive posso assinar um contrato de confidencialidade..."

"Não, não quero isso. Eu confio em você. Você fez algo hoje que poucas pessoas fariam. Primeiro contrariou minhas ordens, uma loucura extrema. Depois insistiu em me mostrar a verdade, mesmo quando eu não queria ouvir você. Gosto de pessoas insistentes."