019

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Respirei fundo tentando levantar mas ainda doía muito.

— Meu deus, você está bem? — Josh se ajoelhou ao meu lado me observando preocupado. — Me desculpe, a culpa foi toda minha.

— Não foi não, eu que sou desastrada, acho que só torci o tornozelo, não se preocupe. — Segurei seu braço tentando acalma-lo.

— Dói muito? — Ele teve que se aproximar para eu poder entender, mesmo estando cheio de gente alí, ninguém se importou com a gente no chão. — Espera, eu já sei o que fazer...

Ele tentou me tranquilizar e me pegou no colo, exclamei surpresa e segurei o vestido para não mostrar mais do que devia.

— Você é tão leve. — Josh disse no meu ouvido sorrindo de lado.

Ele me pôs numa cadeira ainda no ginásio e segurou meu pé o observando, resmunguei e ele me soltou se desculpando.

— Não dá para ver muito bem o que aconteceu aqui, está muito escuro. — Ele olhou em volta, provavelmente procurando algum professor ou qualquer coisa. — Você consegue andar até a enfermaria? Acho que lá podem ajudar.

— Acho que sim.

Ele me ajudou me apoiando enquanto eu mancava. E até chegarmos a enfermaria, que era um pouquinho longe do ginásio, Josh não tirou os olhos de mim.

A sala estava completamente vazia para o nosso azar. Ele me pegou no colo e me sentou na maca, depois se ajoelhou e tirou meus saltos, reclamei de dor outra vez, mas não o impedi de analisar o que quisesse.

— An... Olha, está um pouco inchado, então acho melhor eu enfaixar. Relaxa, eu jogo basquete, contusões são normais na minha vida, eu sei o que estou fazendo. — Acabei rindo e ele mordeu o lábio me olhando. — Te fiz rir, já ganhei a noite.

Enquanto eu tentava fazer minha cara parecer menos vermelha ele trouxe a atadura e se ajoelhou novamente.

— Pode doer um pouco, mas eu prometo que te faço esquecer.

— Ok.

Não doeu tanto, acho que por que eu estava distraída o olhando concentrado, ou quase concentrado, por que as vezes eu o pegava subindo o olhar pela minha perna, mas ele apenas disfarçava e voltava ao que estava fazendo.

— Prontinho, está remendada. — Josh pôs a mão no meu joelho analisando minha perna. — Consegue mexer?

— Um pouco, acho que já tá... — Ele desceu a mão devagar, me causando um arrepio gostoso e aposto que ele percebeu. — Melhor.

— Tem certeza? Minha mãe diz que um beijinho sempre cura tudo... Posso?

— Pode. — Disse sem pensar, eu já estava ofegante e nem sei por que, mas quando ele encostou os lábios na minha perna eu não consegui segurar um suspiro. — Josh...

Tá bom, estava mais para um gemido descarado mas não podem me julgar por isso.

Ele levantou e se aproximou ficando no meio das minhas pernas, Josh colocou uma mecha do meu cabelo para trás da orelha e só ficou me olhando.

— Por que está me olhando assim? — Perguntei sorrindo meio sem graça.

— O que é belo precisa ser admirado. — Aí sim eu fiquei vermelha, ele se afastou, acho que percebendo o que disse e pigarreou. — Acha que consegue ficar em pé?

— Não sei...

Ele segurou minha cintura e me ajudou a levantar, não senti nada de mais o que me deixou aliviada porque não tinha sido tão sério. Segurei os ombros dele pronta para dizer isso quando ele me empurrou, me encostando na maca e eu o olhei.

When we fell in loveOnde histórias criam vida. Descubra agora