Mais doce que o amor

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Estava com uma máscara de respiração enquanto via alguns homens cuidando de meus ferimentos, demorei um pouco até entender a situação.

Estava dentro de uma ambulância, o som da sirene estava muito alta, minha cabeça estava doendo muito assim como todo meu corpo, assim que mostrei sinal de consciência um homem começou a falar comigo.

— Você se lembra do que aconteceu?

Eu fui atropelado.

Qual o seu nome?

Kisaki Tetta

Tentei responder as perguntas de forma clara, porém, minha voz não saia muito bem.

— Certo Kisaki, você está em uma ambulância a caminho do hospital, você tem quantos anos?

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Tudo bem, você vai ficar bem.

Eu estava apagando toda hora, mal conseguia respirar, cada movimento que eles faziam na maca doía muito, eu tentava ficar acordado, mas era quase impossível, estava em desespero.

Chegando no hospital eles me levaram para várias salas diferentes, fizeram radiografia e outros exames.

Depois de todo o processo eles me levaram para um quarto onde eu iria passar a noite, como não havia nenhuma família na cidade não podia ir pra casa, não havia ninguém para cuidar de mim então tive que passar vários dias no hospital, estava sozinho e cansado, eu sempre odiei hospitais e como eles são tristes, mas nunca pensei que iria parar em um, não de um jeito tão trágico.

Eu o queria aqui, queria que ele segurasse minha mão como sempre fazia, estava tudo tão calmo e frio.

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Havia acordado quando uma enfermeira veio ao meu quarto me trazer comida, por sorte podia ainda mexer o braço esquerdo mesmo com dificuldade.

Eu tenho algum visitante?

Ela me olhou aflita, parecia com pena.

— Ainda não, me desculpe.

Assim saiu do quarto me deixando pensativo, ele prometeu, prometeu que sempre estaria aqui, onde você está Hanma?

Acabei deixando algumas lágrimas saírem, talvez pelo choque ou por tudo isso estava muito mais emotivo, eu apenas queria chorar, chorar sem parar, como se isso fosse ajudar em algo, bom, eu sempre estive sozinho, posso passar por isso sozinho de novo, não seria tão difícil.

Isso durou por alguns dias, nenhum visitante, a mesma rotina todas as vezes, a mesma comida horrível, e os dias frios e melancólicos que demoravam a passar, até que em um dia fui respondido de forma diferente.

Algum visitante?

Ela parecia mais feliz hoje, o que me deixou com esperança.

— Na verdade sim, tem um garoto muito bonito e alto procurando por você.

Não pude deixar de dar um sorriso, Aiko era alguém muito gentil que cuidou de mim por todos esses dias, então, acabei contando sobre Hanma.

Você pode chama-lo?

Ela assentiu antes de sair do quarto.

Em alguns minutos a mesma bateu na porta pedindo permissão para entrar, que foi logo concedida por mim.

Ela se esquivou para o lado deixando a porta aberta, e como esperando Hanma estava lá, mais bonito que me lembrava, se aproxiu em passos lentos, estava com um semblante preocupado e entristecido.

Disgusting [ Em Revisão]Onde histórias criam vida. Descubra agora