Cinco

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N/A: Para a cena com o jogo, não é realmente o ponto de vista de ninguém, apenas o diálogo. Usei diferentes marcas para diferenciar Harry e Draco;
"Draco falando"
'Harry falando'

*

Harry saiu da escuridão lentamente. Tudo doía: sua cabeça, seus músculos, seus próprios ossos. Mas a dor valeu a pena, quando ele sentiu como sua magia havia sido drenada para curá-lo do veneno de Severus. Ele sabia que era extremo, forçando sua magia a salvá-lo novamente e novamente, mas ele jurou que nunca deixaria seu poder solto novamente. Não depois da morte e destruição da última vez.

Ele se sentou na cama e avistou Monstro, sentado em sua cadeira de sempre ao lado da porta do armário.

"Monstro", ele resmungou com a garganta muito seca, "que horas são?"

"Quase meia-noite, Mestre." Harry acenou com a cabeça enquanto se levantava e se espreguiçava. Ele ficou fora cerca de seis horas, então. Ele tinha certeza de que Winky havia alimentado todos e colocado os meninos na cama. Por pior que fosse, era quase uma rotina para os residentes do Número 12. Winky sabia que tinha que lidar com os meninos sozinha todas as vezes, já que Monstro era necessário para aumentar as proteções no quarto de Harry. Eles só podiam ser criados por dentro, e nem mesmo um elfo doméstico poderia passar por eles.

Harry vestiu o pijama e baixou as proteções, com a intenção de chegar à cozinha e comer o quanto pudesse.

Ou estaria, se Draco Malfoy não estivesse sentado no meio da escada, esperando por ele.

"É melhor não demorar muito, Malfoy, estou com fome o suficiente para começar a comer você se for preciso," ele resmungou, cruzando os braços. Sua postura gritava aborrecimento.

“Com que frequência você tem que fazer isso?”

“Quase todos os meses, agora.” Harry estendeu o braço direito e mostrou a Malfoy as mais novas cicatrizes de punção em seu pulso. “Mais se for um período de muito estresse no trabalho. Logo depois da guerra, quando os jornais estavam indo atrás de mim e eu não tinha conseguido nenhum controle real sobre meu temperamento ainda, era cerca de uma vez por semana. ” Ele puxou a manga um pouco para cima para mostrar a miríade de círculos prateados na parte inferior de seu antebraço. “É a única coisa que funciona até agora.”

Malfoy segurou o pulso com força e uma expressão de choque no rosto. Ele tocou as cicatrizes mais recentes levemente, como se tivesse medo de machucar Harry. Não o fez, mas ele lutou contra um arrepio com a sensação estranha.

*

Draco não conseguia falar. Ele não conseguia nem pensar em contar quantas cicatrizes de picadas no braço de Potter. Ele empurrou a manga até o cotovelo e passou a ponta do dedo pelas cicatrizes em sua curva. Não havia marcas suficientes lá para combinar com as dezenas de vezes que Potter disse que tinha sido mordido. Draco agarrou o pulso esquerdo de Potter também, ver se havia mais marcas lá, apenas para tê-lo arrancado dele.

"Não faça isso." A voz de Potter estava monótona e fria como gelo, mas sua expressão era de dor. "Não vou pedir para ver seu braço esquerdo, e você não vai pedir para ver o meu." Ele puxou o outro braço do aperto de Draco e passou por ele. Draco ficou parado, perdido em pensamentos.

É claro que Potter não pediu para ver seu braço esquerdo. Ele sabia que era onde estava a marca de Draco. Ele dificilmente poderia não saber, já que essa era a razão pela qual Draco estava morando em sua casa para começar. Mas por que o braço esquerdo de Potter era um ponto tão dolorido para ele? Não podia ser porque ... todo o ser de Draco se esquivou da ideia de que Potter algum dia tivesse pegado a Marca. Ele era o Salvador, o Menino-Que-Sobreviveu. Sua missão na vida tinha sido matar aquele bastardo, não se curvar a ele. Lúcio disse uma vez, em uma noite perto do fim da guerra, quando ele estava bastante bêbado, que Potter se recusou a se curvar ao Lorde das Trevas no cemitério durante a Terceira Tarefa. Ele até lançou uma maldição Impirius, só porque ele não queria fazer os jogos de zombaria do bastardo antes de um duelo.

Guardianship [ TRADUÇÃO ] Onde histórias criam vida. Descubra agora