Segunda chance

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Continuava sentado no chão com os papéis espalhados e as lágrimas secas no rosto, já tinha parado de chorar e só pensava se eu estava assim como estaria meu garoto que foi enganado este tempo todo, não podia deixar acabar assim, nem me declarei ele deve achar que nunca gostei dele porque por mais que as atitudes mostrassem o que sinto as vezes algumas palavras carinhosas afagam nosso âmago.

Que nem quando ele disse que estava apaixonado ou que me amava, só faltei fazer cosplay de fogos de artifício e explodir. Estava tão perto de assumir ele e agora foi tudo ralo abaixo, precisava me recompor e correr atrás do prejuízo.

Acabei de arrumar os papéis, pus as alianças no bolso, elas não vão acabar no lixo vão pro dedinho gordinho de um alaranjado que deve estar que nem um tomate de tanta raiva.

Sai da sala, e fui para o estacionamento já que ele não me atendia eu iria no apartamento dele, dirigi até o local na pura ansiedade e nervosismo, estacionei e fiquei olhando o prédio agora eu falo com ele, sai do carro e fui em direção a porta, apertei o interfone e nada, tentei várias vezes e nada me irritei e comecei a gritar seu nome na calçada, uma hora saiu um senhor e veio falar comigo dizendo que Jimin não estava e nem voltou desde ontem, onde será que ele estava?

Voltei pro carro e fui pra casa, no trajeto liguei para o Yoongi para ver se Jimin estava com Tae e ele negou, eu precisava pensar em como acha-lo, senão estava no apartamento ou com o Tae onde você estava meu ruivinho.

Ao chegar fui direto pro banho precisava relaxar, o dia foi um caos, tirei a roupa e liguei o chuveiro, apoiei a cabeça no azulejo e deixei a água morna descer pelo meu corpo meus músculos tensos de tanto nervosismo, depois de longos minutos desliguei o chuveiro, me sequei e fui pro quarto me vestir, procurando uma roupa achei a corda do roupão e minha mente foi direto nele, não é como se não pensasse nele o dia todo, olhei pra cama caminhei até ela me deitando, o cheirinho do hidratante dos seus cabelos laranjas estavam no travesseiro o abracei forte e inspirei aquele perfume, eu o queria na minha cama todos os dias, mas a minha mentira o fez ir embora e com razão. Estava tentando relaxar na cama quando ouvi batidas na porta me vesti e fui abrir.

Minha esperança é que Jimin tenha um pouco de fraqueza e tenha vindo me dar uma chance de explicar, mas a empolgação já era quando abri a porta e dei de cara com a Irene com um sobretudo e salto alto.

-- Boa noite amor, falou sorridente e entrou.

-- O que você quer hein?

-- Vim falar sobre os preparativos do nosso casamento.

-- Que casamento? Não vai rolar e você sabe disso.

-- Foi coisa de momento, sei que falou da boca pra fora. Bufei estava perdendo a paciência já.

-- Qual a parte do não quero você não está entendendo?

-- Depois de anos você descobre que não quer mais uma semana antes é sério?

-- Nunca tivemos um relacionamento amoroso, o que tivemos no máximo era amizade que colocamos um rótulo idiota, já que não condiz com a nossa relação, nunca fomos um casal e sabe bem disso. Falei alto e ríspido me jogando no sofá tentando me acalmar, não queria ser agressivo mas estava na hora de tomar o controle da minha vida ao invés de só empurrar os dias.

-- Imaginei que era esse o motivo, ela abaixou a cabeça e vi quando apertou as unhas na palma das mãos, mais um pouco cortava de tanta pressão, ela estava nervosa e era visível.

-- Eu nunca cobrei porque achei que não era importante pra você, mas se precisamos consumar pra sermos um casal tudo bem. Ela ficou diante de mim e tirou o sobretudo, estava com um vestido curto com uns detalhes em renda nossa que lindas combinam tão bem com o caimento e o zíper lateral, só acho que o vinho não fica muito bom um preto seria mais estiloso com rendas vermelhas, okay preciso parar de ficar avaliando estilo alheio. Foco na conversa.

My Candy PervertedOnde histórias criam vida. Descubra agora