My Candy Perverted

Disciplina-me

Estava diante de um baixinho furioso, sabia que ele iria me quebrar mas nem de longe era uma má ideia.

Adorava irrita-lo, o sexo com ele calmo já era bruto imagina ele brabo, cheguei a me arrepiar só de imaginar.

Fiquei encarando aquele feição de pinscher possuído e dei risada.

-- Qual é a graça palhaço?

-- Você fica lindo brabinho.

-- Se a intenção era me irritar da o fora.

-- A intenção é conversarmos te irritar é um bônus. Cruzou os braços e inspirou fundo tentando acalmar, mal sabe ele que hoje eu vou levar a sanidade dele embora.

-- Estou esperando conversa logo. Batia o pezinho no chão com uma pantufa de oncinha graciosa.

-- Eu vim dizer que fui um mentiroso, não foi porque queria te enganar e sim porque tinha medo de o perder, e você foi a pessoa mais incrível que já conheci, me tirou da zona de conforto, me fez perder o medo e me assumir sem receio nenhum, me fez tão feliz em poucos dias como não fui em mais de três décadas, culpa desse jeitinho doce e fofo me conquistou de uma maneira avassaladora.

-- Tudo que lhe disse era real, tirando que era solteiro, coisa que tentei resolver mas a Irene fugiu ao invés de resolvermos aquela relação que não tinha nada de romântica ou séria, ela não é uma má pessoa e também tinha muito a perder, veio de uma família preconceituosa e tinha medo das consequências, mas isso você entende, o ser humano é cruel e preconceituoso e muitos vivem em relacionamentos falsos ou trancados em um armário até o fim da vida por medo do que podem fazer contra nós.

A feição raivosa dele se dissipou e ele focou seus olhos nos meus.

-- Sei que ficou com raiva e te dou toda a razão devia ter lhe contado e confiado no seu julgamento, mas eu já provei que minha relação com ela não existe, já te assumi pra clientes, sócios e amigos e mesmo assim você não volta pra mim.

-- Não acha que a pena é pesada demais, eu te amo tanto e nunca tive outra pessoa na minha vida fora você.

-- O ódio é tão grande que não pode me perdoar e voltar pra mim meu bolinho de laranja?

Tentou disfarçar o sorriso devido ao apelido mas não conseguiu.

-- Eu não odeio você e não tenho mais raiva pela mentira, eu já entendi o que você quis me provar, mas fiquei magoado por não confiar em mim e mentir porque achava que era um escroto que não entenderia o sofrimento de vocês.

-- Eu sei eu fui um babacao como diz Yoongi, por isso eu vim até aqui, quero uma chance de reconciliação.

Inspirei e expirei tentando acalmar a ansiedade que assolava meu coração pra saber como seria sua reação com meus próximos movimentos, estou muito muito tenso mas é agora que recupero meu garoto.

Vai que é tua Jeon.

Peguei a mochila que estava nas costas e joguei nos seus pés, logo em seguida me abaixei dobrando os joelhos e me ajoelhando diante dele.

-- Me da sua mão. Pedi sem tirar os olhos dos dele e quando me estendeu a mão a peguei.

Abri o moleton puxando a corrente de dentro e ao mesmo tempo revelando uma coleira de couro em meu pescoço, peguei sua mão e pus a corrente nela. Seus olhos se expandiram tanto que achei uma graça.

-- Disciplina-me e me ensina a nunca mais mentir pra você.

-- Faz o que quiser com meu corpo e mostra que você é o meu homem.

Suas pupilas dilatadas e sua boca entre aberta tentando respirar mostravam o quanto estava afetado com a cena que estava diante de seus olhos quem visse também se assustaria com a imagem de um moreno de quase 2 metros de altura, ajoelhado aos pés de um garoto pequeno, fofo e sardento que me segurava por uma guia presa a uma coleira de couro em meu pescoço.