3° - Claire

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3 Semanas depois...

Acordei em um lugar bem pequeno, no máximo daria 6 por 6, estava deitada sob palhas em cima de uma cama de cimento, apesar de parecer bem pobreiro, estava incrivelmente limpo, provavelmente pra não ter problema de infecção no meu peito, meu peito?

Olhei pra baixo e o meu peito todo enfaixado nos locais da ferida, descia pelo ombro e enrolava até minha barriga, passei a mão pelo meu cabelo que havia ainda sangue seco preso neles, que nojo

Me levantei lentamente, me sentando, ainda sentia uma dor lancinante, me encostei na parede fria daquela dela, ali só havia um vaso sanitário com uma pia do lado, uma mesa e cadeira toda no cimento assim como minha cama, havia uma grande porta de metal, com uma janelinha que estava fechada

- Olá? - falei alto

Alguns minutos depois entrou uma curandeira anjo

- Tragam comida pra ela, ela não come direito a três semanas - ela falou para os anjos guardas

- Três semanas? Como é?

- Isso, alimentei você com soro e coisas líquidas para o seu bebê mas não é suficiente por muito tempo - Ela disse tirando a faixa pra verificar minhas feridas

- Bebê? - ainda permanência intacta, completamente chocada

- Parece ser muita informação para você - ela riu - Você dormiu por 3 semanas e está grávida, apostei que o filho era do Daniel, acertei?

- É... - disse com os olhos arregalados

Ela verificou minhas feridas, aplicou remédios e logo enfaixou novamente, após chegar a minha comida, colocada na mesa de cimento pelos guardas, olhei pra cima e vi que a asa dela havia uma coisa de metal presa

- Nova moda dos anjos? - indaguei gentilmente e olha olhou pra onde eu olhava

- Ah isso - ela sorriu com amargor - Para anjos que eles considerem rebeldes aqui, eles colocam isso nas nossas asas, basicamente o único jeito de tirar é morrendo, e se não fizermos o que eles querem morremos também, eletrocutados

- Que horror, vocês viram escravos? - disse horrorizada

- Exatamente isso - Ela revirou os olhos - para não ter que matar suas próprias espécies, eles dão uma espécie de perdão, que na realidade é pior que uma morte - ela sorriu com amargor novamente e guardou suas coisas - Vá, coma, seu bebê precisa de alimento - ela foi saindo da sala

- Obrigada

Sorri sinceramente após ela olhar para trás, ela afirmou com a cabeça e saiu, me levantei lentamente e fui até a cadeira de cimento, me sentei e comecei a comer, o que diria ser algo muito nojento, era uma arroz grudento, uns pedaços de frango cozido todo picotado, repolhos e picles, e uma maçã de sobremesa e para beber, claro, água

Depois de terminar de comer, fui para cama, passando a mão na barriga lentamente

- Acabamos de nos conhecer, mas espero que nasça bem, e que venhamos conseguir sair daqui com vida, meu anjo, literalmente...

- Acabamos de nos conhecer, mas espero que nasça bem, e que venhamos conseguir sair daqui com vida, meu anjo, literalmente

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[EM REVISÃO] Tormentas do Submundo IIOnde histórias criam vida. Descubra agora