6° - Daniel

18 10 0
                                    

Me sentei, envolvendo as minhas pernas em volta dela e suas costas sobre meu peito, seu rosto no meu ombro, fazia carinho no seu cabelo e ela levou a minha outra mão na sua barriga

- Estou grávida - ela disse fraca

- Eu sei

- Eu sei que você sabe, se não você não estaria aqui, seu pai não permitiria, mas eu queria que você ouvisse da minha boca também - ela tossiu

- Entendo - dei um selinho nos seus lábios e fiquei olhando para os seus olhos - Vamos sair daqui, eu, você e o bebê - baixei o som da minha voz - Não tenho plano ainda, não sei como fazer isso, mas irei fazer, vou tirar a gente daqui, você confia em mim? - Ela concordou com a cabeça levemente - Ótimo - Sorri e fiz carinho no seu rosto com o polegar

- Eu amo você, sabe disso né? - Eu sorri novamente

- Eu também amo você, muito, Claire

Ficamos assim por longas horas, quando os anjos guardas abriram a porta de metal e entraram, me segurando pelos braços e me tirando de perto dela, me debati

- Me deixe aqui - gritei

- Vá, Daniel, vá - ela falou

- Não, eu não quero ir

Me debati com mais força e outro guarda entrou, dando um chute contra a barriga dela, fazendo ela gritar

- Se você não cooperar, ela vai sofrer

Meus olhos estavam cheio de ódio, olhando pra ele, mas ela falou, e aquele meu ódio foi jogado no lixo quando olhei pra ela

- Daniel, por favor, vá, aqui não é lugar pra você, eu te amo, vá

Concordei, ainda relutante, para a segurança dela e sair junto com eles, que me levaram até meu quarto, onde meu pai estava sentado no sofá pequeno

- Bom, Daniel, se você está pensando em fugir, devo dizer que vai ser pior pra ela, qualquer coisa que fizer irei acabar com ela, eu não quero mata-lá para me poupar de recursos em busca de encontra-lá, mas se você me forçar, eu irei, sem dúvidas, agora escute, é bom você ficar quietinho aqui nesse quarto

Ele se levantou e saiu do quarto, abrindo a barreira novamente após os anjos guardas saírem e fechando a porta

Comecei a bater com tudo que havia na frente, derrubando e quebrando tudo para lidar com minha raiva, me joguei no celular e me joguei nas minhas lágrimas

Eu precisava tirar ela de lá, mas não sabia como, me sentia um completo inútil

Eu nunca quis ferir o meu pai, ele é meu pai, oras, mas ele está matando a minha mulher e meu filho e eu não sabia o que fazer, como agir, o que fazer

Tudo me leva a um caminho que eu sei que vou me odiar em perseguir a cada minuto e a cada passo que eu der nele

Tudo me leva a um caminho que eu sei que vou me odiar em perseguir a cada minuto e a cada passo que eu der nele

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
[EM REVISÃO] Tormentas do Submundo IIOnde histórias criam vida. Descubra agora