12° - Claire

12 9 0
                                    

Ouvi o som de guardas gritando do lado de fora, dizendo coisas como o Rei morreu e o príncipe fugiu

Depois de longos gritos do lado de fora, entrou um homem que se parecia o Daniel porém bem mais velho, adentrar o meu calabouço

- Venha comigo - ele gritou enquanto segurava meu cabelo, me puxando com ele para fora, gritava com a dor que me causava na cabeça

- Não precisa me segurar assim, eu sei andar - gritei

- Não precisa mais eu quero - ele disse de forma grosseira

Ele me arrastou ainda segurando meu cabelo apesar de já estar em pé e caminhando no mesmo ritmo que ele

Ele estava me levando até o quarto do Daniel, eu reconheceria o caminho daquele quarto até a distância, havia corpo de guardas por todo o caminho, e assim que adentramos o quarto, havia um outros dois corpos, e um deitado no meio da sala, sem cabeça, procurei pela cabeça daquele corpo e era o pai do Daniel

Meu Deus, Daniel, o que você fez?

O cara grosseiro me levou até uma cadeira e me empurrou pra sentar, mandando um guarda que nos acompanhava nos amarrar, assim que terminou, os guardas ficaram na retaguarda e ele colocou uma faca no meu pescoço, ficando atrás de mim

- Pode me dar o radinho - o guarda entregou um objeto preto - Daniel, sei que está me ouvindo, Daniel, Daniel!

- Fale, Luan - ouvi a voz do Daniel do aparelho

- Estou com sua garota aqui no seu quarto, acho melhor você vim antes que eu arranque a cabeça dela - ele abaixou colocando o radinho perto da minha boca e falando no meu ouvido - Diz oi pra ele

- Daniel - falei - O que está fazendo? - choraminguei

- Estou indo, meu amor - ele disse

Ouvi dessa vez poucos guardas gritaram, provavelmente só os desavisados do plano desse Luan, que acredito fielmente e obviamente ser o irmão do Daniel

Daniel adentrou pela porta, analisando quantos guardas e o próprio irmão antes de me olhar com aquela faca no pescoço

- Luan, solte-a antes que eu te mate

- Acho que você não está pra negociações

- E o que você quer?

- Bom, sabemos que a tática do meu pai em separar vocês foi ridícula, não é atoa que ele acabou morto, manter você longe do que você mais deseja e ainda torturar, em algum momento ia liberar o monstrinho que havia dentro de você, mais cedo ou mais tarde, e bom, e eu esperava por isso ansiosamente, você fazer meu trabalho sujo, não aguentava mais aquele velho, ele não morria de maneira alguma, uma demora terrível, então como você está em desvantagem, e ainda não tem asas para fugir daqui - congelei, agora tinha percebido que havia asas demais naquele quarto, sob o chão, com marca de rasgo - então eu proponho que você largue suas asas e permaneça aqui nesse quarto como prisioneiro como costumava estar antes, porém dessa vez deixarei a sua vadia aqui com você

- Porque aceitaria isso?

- Vamos Daniel, sem suas asas e sua vadia toda enfaixada, depois de dar a luz a um filho morto, vocês não vão longe e vão acabar morto, por consideração de irmãos, tô deixando vocês vivos, juntos e com conforto, fora do calabouço

- Não acredito nesse amor tão fraternal, o que você ganha com isso? - ele riu

- Bom, com você preso posso usar você como chantagem, te culpar por crimes que eu vou cometer claro, fora que eu não posso ter filhos, se não sobrar nenhum irmão nessa briga por poder, já sei quem usarei pra reproduzir herdeiros - ele riu - Se não posso ser pai pelo menos que seja do meu sangue real

- Você é um psicopata que nem nosso pai, sem dúvidas

- Ah Daniel, se eu fosse psicopata eu só mataria vocês dois e pronto, mas preciso de você, tenho muitos irmãos pra matar e preciso de alguém para culpar diante do povo e do conselho - ele riu - Agora chega de conversa fiada, você tem 10 segundos pra soltar sua espada

- Como vou saber se não vai mata-lá depois que largar a espada?

- Não ganharia nada com isso, você se revoltaria querendo me matar, iria contra meus planos de te usar, e não terei ninguém para usar, para você fazer o que eu quero, 1... - começou a contar e Daniel olhou pra mim - 2... 3...

Daniel jogou sua espada no chão e o guarda se aproximou, chutando sua perna para ficar de joelho, colocando a espada no seu pescoço

- Isso, irmãozinho - ele disse e soltou a espada da minha garganta - Vamos, peguem os corpos mortos, principalmente do meu pai

Os guardas pegaram os corpos enquanto ele saía, logo eles seguiram ele, o que estava com a espada no pescoço do Daniel, saiu por último e ativou uma barreira na porta

Daniel se levantou lentamente, vindo até mim e abaixando para retirar as cordas, levantei após ele finalizar e envolvi meus braços sob seus ombros, iniciando um beijo repleto de diversos sentimentos, principalmente saudade

Daniel se levantou lentamente, vindo até mim e abaixando para retirar as cordas, levantei após ele finalizar e envolvi meus braços sob seus ombros, iniciando um beijo repleto de diversos sentimentos, principalmente saudade

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
[EM REVISÃO] Tormentas do Submundo IIOnde histórias criam vida. Descubra agora