-Meu neto! -Uma senhora falou indo em direção à cama.
-Senhora!! Você não pode entrar aí –Falou uma enfermeira entrando na sala.
-Deixa ela. –Eu falei.
-Não pode ser meu Deus. Um menino tão novo Senhor. Por quê? Isso deveria acontecer comigo e não com ele. O meu Deus, por favor, eu te imploro. Não deixa ele ir agora, Gabriel é muito novo... –Disse a senhora
Após ela dizer, um aparelho apitou dizendo que não havia mais batimentos cardíacos. Sem ter o que fazer, eu chamei as enfermeiras e infelizmente tivemos que tirá-la da sala.
Depois dos médicos não ter mais o que fazer, Gabriel já estava considerado morto. Pedi para me deixarem a sós com o menino. E depois de pedir o número do pai à mãe dele, ordenei para que ligassem para o Otávio avisando o falecimento.
-Lembrarei de quando tudo começou desde de uma simples carta até uma ida ao shopping. Fico feliz por ter participado da sua simples e pequena vida meu eterno Gael. E ficará tatuado em meu coração o apelido que você e apenas você pode me chamar: -Falei com os olhos cheios de lágrimas
-Tia Alice –Eu e Gael falamos juntos.
O aparelho voltou a capitar batimentos cardíacos quando falamos "Tia Alice", como isso pode acontecer? Era basicamente impossível.
-Enfermeira!!! –Gritei com o máximo de força e garganta que pude.
-Sim, Drª Alice. Algum problema? –Ela disse olhando preocupada pra mim.
-Avise que Gael está com batimentos cardíacos. –Falei rápido.
-Tudo bem! –Ela disse com meias dúvidas.
Após os médicos chegarem Gael não estava mais com batimentos cardíacos, e aquele ridículo do médico entrou de novo dizendo:
-Pare de se iludir, o garoto já morreu. Não tem mais o que fazer. Você tentou de tudo... –Disse ele
Assim que ele disse eu falei, quer dizer, gritei:
-Sai daqui!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Após eu ter dito o médico saiu com uma cara de assustado.
-Inconveniente ele não? –Falou Marina, uma enfermeira.
-Qual é o nome dele? Mude-o de setor, e pode dizer que foi eu que pedi. –Falei brava.
-Ele se chama Mauricio. Farei isso sim, Drª Alice.
Assim que todos saíram da sala, restei. E fique de costas para a maca, pois não queria ficar olhando para não chorar mais. E fiquei conversando com Luiza, que não tinha nem o que dizer.
Assim que eu viro para dar um beijo e ir embora. Eu acabei levando um susto quando vi...
-Que isso? Pra que isso? Affs, isso está me apertando. –Reclamou Gael sentando.
-Não é possível! –Exclamei com um nó na garganta. –Gael!! Meu amor!!
-Tia Alice, me tira daqui. Seu trabalho me incomoda muito, esses ferros em mim... –Disse ele me abraçando, ai como eu amava aquele abraço.
-Eu só posso tirá-lo quando você estiver tudo bem. Mas o que aconteceu? –Perguntei meio preocupada.
-O que você acha? Melissa queria que eu batesse as botas. –Disse ele debochando.
-Como assim? Explica direito– Eu ri.
-Estávamos voltando do parquinho. E ai, você sempre segurou na minha mão para nós atravessarmos. Mas ela não, ela só disse "Pode ir" e eu fui. Mas ai passou um carro e pá, tô eu aqui com esse monte de coisa por causa dela. –Disse Gael revoltado.
-Sem nem o que dizer... –Eu falei
Após a nossa conversa, Otávio e Melissa entraram para vê-lo. Ainda achando que ele estava morto...
-O que aconteceu filho? –Perguntou Otávio entrando na sala.
-Sua "amiga" –Colocou aspas Gael –Queria que eu batesse as botas.
-Como? –Falou Otávio bravo
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Corações Opostos
Roman d'amourSinopse: Que tal conhecer uma pessoinha que lhe envia cartas misteriosas?! E passar o resto da vida junto com ela e ainda mais conhecer mais pessoas, e talvez quem sabe gerar mais um ou uma?