Saímos da sala deixando Gael com uma enfermeira e fomos conversar. Mas Otávio não queria conversar comigo no hospital, ele queria sair.
-É então, você pode sair do hospital agora? –Ele perguntou olhando para o chão.
-Ah é claro. Eu sou a chefe daqui, posso sair quando eu quero.
-Ah que bom. Podemos ir à uma cafeteria?
-Mas só eu e você? E a Melissa?
-Eu já a levei pra casa. Sim, só eu e você algum problema?
-Não, de forma alguma.
Descemos passei à secretaria e avisei que iria sair. Fomos à cafeteria que tinha perto do hospital, e ele pediu um café para si. E começou a conversa:
-Então, primeiramente eu agradeço do fundo do coração mesmo, de verdade, obrigado pelo oque você fez por Gael e pelo oque está fazendo.
-Magina!
-Todos os custos que precisar gastar eu vou pagar por tudo. No final, só me passa os valores que eu pago tudo.
-Não, tudo o que eu estou fazendo por ele é de coração. Por isso quem vai pagar sou eu, você não vai precisar gastar nada.
-Ah quanta gentileza.
-Tudo por Gael!
-Em relação à Melissa eu tirei ela da minha casa, e agora ela já está procurando casas para morar.
-Ah tadinha, ela não tinha pra onde ir. – "O Gael vai fazer uma festa, de tanto comemorar" pensei
-Não, como o próprio Gael disse "Ela queria que eu batesse as botas", ela quase matou o meu filho. Quero ela o mais longe possível.
-Tá né. É só isso que tem a dizer?
-Não, é que... –Ele deu uma pausa para falar –Na sexta que vem, é aniversário do Gael...
-Ah sério?! Ele não me disse nada –Falei espantada.
-E eu vou fazer uma pequena festa para ele... –Ele foi interrompido por um garçom:
-Com licença, senhora gostaria de pedir algo para beber?
-Não, obrigada! –Respondi somente.
Otávio continuou a falar:
-Você sabe se ele sai do hospital até lá?
Eu engoli seco, e perguntei:
-Como?
-É, se até na sexta que vem ele ainda vai estar lá.
-Não sei, pode ser que sim mas pode ser que não.
-Obrigado.
Saímos da cafeteria e voltamos para o hospital. E antes que eu saísse, ele disse "Fala pro Gael que eu o amo", eu respondi com "Tá" e entrei. Otávio pelo jeito voltou para a casa, mas não sei.
Eu sentei em um banco que tinha na rua, e conversei com Lu.
Conversa com Luiza:
"Não tô acreditando que ela fez isso com o menino"
"Pois pode acreditar. Eu fiquei passada também"
"Eu não posso encontrar ela na rua não, porque pra mim dar um pescotapa nela é dois palitos"
"Calma, mas eu tenho um babado mais bombástico ainda"
*Expliquei oque o Otávio fez comigo*
"É brincadeira, né?!" –Lu diz
"Queria que fosse. Mas Lu, o Gael quer te ver ele disse que gostou de você. Poderia visitá-lo?!"
"Ah mas eu estou tão bem aqui na minha casa"
"Eu vou naquela balada que você disse que quer me levar, prometo."
"Em que sala e andar ele está? Quando é o horário de visita?"
"Interesseira"
"Tchau, kkkk"
"Tchau"
Fora da conversa.
Voltei para o hospital, quando empurrei a porta Vanessa falou pra mim:
-Drª Alice, o Gael quer conversar com você. –E eu corri para a sala.
O coração chegou a dar uma disparada, porque e o que ele queria? Será que aconteceu alguma coisa? A preocupação era grande e só continuava a aumentar.
-Aconteceu alguma coisa? –Perguntei entrando na sala.
-Sim... –Gael falou chorando e olha, que pra mim ver ele chorando é difícil...
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Corações Opostos
RomanceSinopse: Que tal conhecer uma pessoinha que lhe envia cartas misteriosas?! E passar o resto da vida junto com ela e ainda mais conhecer mais pessoas, e talvez quem sabe gerar mais um ou uma?