Capítulo 2 - Ei volta aqui!!

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  Luiza já tinha ido e assim que eu acordo, abro as portas e janelas de minha casa. Tomei meu café da manhã e fui me arrumar para ir ao trabalho, mas quando eu vou para o portão receber o carteiro, vejo um papel e nele tinha marcas de uns dedinhos e duas mãos. Peguei-o e coloquei em cima do meu recebido. Ansiosa para saber o que era, eu abri e estava escrito "Voce e muito bunita tia" e tinha o mesmo cheiro da carta anterior. "Quem escreveu isso?" era a pergunta que não saia da minha cabeça. Mas tentei não pensar muito para não afetar o trabalho.

  Assim que cheguei do hospital, resolvi ter uma atitude que foi: deixar cartas também. "Mas o que eu escreveria?" eu me perguntava.

  Conversa com Luiza:

  "Luiza, me ajuda aqui. Vou mandar uma carta também para a suposta pessoa que está me enviando. Mas o que eu escrevo? Não quero ser grossa."

  "Pergunta quem é ué"

  "Não, eu quero ser mais informal. Assim como a pessoa está sendo na carta"

  "Manda assim: "QUEM É? PRA QUEM VOCÊ TRABALHA? COM QUEM? ONDE MORA? E O QUE QUER?" Simples, a pessoa vai ser direta com você, e não precisa me agradecer."

  "Tá, obrigada mesmo assim, você não ajudou em nada"

  "ENTÃO POR QUE PEDIU PRA MIM?"

  *Deixei ela no vácuo*

  Fora da conversa.

  Escrevendo a carta e eu coloquei assim " Oii, tudo bem? Gostaria de saber quem é a pessoinha que fica me mandando cartas. Podemos nos encontrar?".

  Conversa com Luiza:

  "Será que é um admirador secreto?" – Perguntou Luiza

  "Não, acho que não. Porque estaria escrito meio errado?"- A questionei

  "Analfabeto talvez?"

  "Que isso Luiza? Tá doida?"

  "Não ué KKKK vai que... Ninguém sabe, não podemos descartar essa opção"

  "Tá, verdade. Eu estou muito ansiosa para saber a resposta"

  "Ai ai ai Alice, se eu fosse você não me jogava em uma expectativa tão grande assim"

  "Tudo bem, disso eu não posso discordar"

  "Sempre certa..."

  "Eu não falei isso Luiza"

  "Você está dizendo que eu sou sempre certa? Aii obrigada"

  "Vai dormir Luiza. Você está muito louca hoje, bebeu o que?"

  "Pior que nada KKKK tá tchau"

  Fora da conversa.

  Já era de manhã e eu estava ansiosa para descobrir o que eu obteria como resposta. Eu levantei, me troquei e fui ao portão. Mas quando eu abri a porta, alguém passou correndo deixando alguma coisa cair.

  -Eiii volta aqui!!! Quem é?-Eu gritei

  Mas a única coisa que eu consegui obter como resposta foi uma risada de uma criança. Então será que por trás das letras e palavras erradas era uma criança, ou será que aquela pessoinha só estava caminhando? Mil coisas passa pela minha cabeça, corri pro chão para pegar a carta que a criança deixou. E quando eu abro, de novo aquele mesmo cheirinho que vinha junto com todas as cartas recebidas. Ai eu amava aquele cheiro.

  "Paquinho e sol no meio" estava escrito na carta. Havia um parquinho, no mesmo bairro que eu moro.

  Após voltar do trabalho, já cheguei e me troquei. Coloquei essa roupa:

  E logo já corri para o "Paquinho" e com o "sol no meio"

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  E logo já corri para o "Paquinho" e com o "sol no meio". O parquinho estava deserto, não tinha ninguém. Mas também com aquele Sol escaldante, até eu estava fritando.

  Senti alguém me abraçar por trás, quando eu viro... 


Corações OpostosOnde histórias criam vida. Descubra agora