Killer Queen [ONE PIECE]

Chapter 1

A maré parecia estar acalmando enquanto um barco de tamanho médio navegava pela Grand Line. A moça a bordo puxou um pouco a manga esquerda de sua jaqueta azulada para olhar para o Log Pose em seu pulso antes de virar o leme para a direita levemente, assentindo ao ver que a seta agora apontava diretamente para frente. Puxando a manga de volta para o lugar a moça olhou adiante sorrindo confiantemente, seus longos cabelos azuis claros presos em um rabo de cavalo baixo se movimentando com o vento enquanto seus olhos magenta brilhavam com determinação. Ela levantou o rosto e assentiu ao ver que as nuvens escuras de antes estavam se dissipando, então retirando sua jaqueta molhada e a pendurando em um varal para secar com o sol. Voltando ao leme, a moça se abanou um pouco com uma mão tentando fazer com que seu cabelo secasse mais rápido enquanto certificava-se de que continuava na direção correta. Ela continuou navegando por algumas horas até avistar uma ilha, sorrindo ansiosa enquanto se aproximava, logo atracando seu barco na doca. A moça pegou sua jaqueta agora seca e a vestiu, então pegou sua bolsa e a colocou sobre seu ombro antes de sair do barco, certificando-se de que estava tudo em ordem antes de se dirigir a cidade perto dali. Com um sorriso ela caminhou calmamente pelas ruas; já havia planejado que primeiro compraria alimentos e então procuraria uma biblioteca.

Enquanto fazia suas compras, ela notou a presença de um homem de aparência diferente das dos outros ali; além de ter uma expressão séria, ele era extremamente alto, tinha olhos amarelados com pupilas finas e marcas escuras embaixo dos olhos. Tinha cabelos castanho escuros compridos e vestia uma roupa igualmente marrom com um casaco mais escuro. A moça piscou surpresa e o observou comprar alimentos por alguns segundos, mas balançou a cabeça rapidamente e desviou o olhar; ficar encarando não era muito educado, apesar da peculiaridade daquele homem. Ela observou-o se afastar com o que havia comprado e murmurou curiosamente antes de voltar a se concentrar em seus próprios afazeres.

Após terminar suas compras, a moça andou pela cidade com suas sacolas e sua bolsa em busca de uma biblioteca. Mas parecia não haver uma lá pois a ilha era meio pequena, então teve que bolar um plano B; definitivamente haveria um bar por ali, então iria para lá na tentativa de obter alguma informação interessante já que bares eram sempre repletos de piratas e pessoas que não ficavam muito no mesmo lugar. Passando pelo seu barco primeiro para deixar os alimentos lá, ela foi em direção ao lugar mais barulhento da cidade, onde obviamente encontrou um bar. Respirando fundo, a moça entrou e tentou não atrair muita atenção enquanto procurava um lugar mais calmo para ficar. Assim que encontrou um canto mais vazio, ela começou a olhar em volta para ver se havia alguém ali que estivesse disposto a conversar, e foi quando ela notou que havia uma mulher sozinha em uma mesa. Mas o que lhe chamou atenção não foi a falta de companhia dela, mas sim sua aparência; tinha cabelos azulados de dois tons diferentes muitíssimo chamativos, maquiagem arroxeada e olhos cor-de-rosa. Vestia uma regata escura, calças camufladas claras com botas pretas e algumas bandagens em seu pescoço e braço, além de uma tatuagem do que muito provavelmente era o Jolly Roger da tripulação da qual pertencia.

Tomando coragem, a moça se levantou e dirigiu-se até a mesa onde a pirata estava chamando sua atenção com timidez. – Com licença.. eu sou uma exploradora, e eu gostaria de saber se você teria alguma aventura ou informação interessante para me contar e se quer conversar sobre isso..

A mulher de cabelos azuis levantou seus olhos cor-de-rosa para olhar para ela e piscou surpresa pela pergunta, mas abriu um sorriso abaixando sua caneca. – Você veio até a pessoa certa, aventura é meu nome do meio! Pode se sentar, tenho várias coisas interessantes para contar! Ossos do ofício e tudo mais...

A moça piscou e soltou uma risadinha por causa da piada, se sentando no lugar vazio à frente da mulher com visível entusiasmo enquanto retirava um diário e uma caneta em formato de pena de sua bolsa. – Muito obrigada! Meu nome é Quinn, a propósito..

– É um prazer, Quinn! Sou Ghost Echo. Agora, por onde eu começo...

....

As duas moças passaram algum tempo conversando sobre as aventuras e descobertas de Echo. Quinn escutou tudo com atenção e entusiasmo, às vezes fazendo anotações ou assentindo em concordância. Isso até que...

– Echo.

As duas piscaram e olharam na direção do homem que se aproximava, e Quinn piscou mais uma vez ao notar que era o mesmo homem de antes, que ela havia visto no mercado.

– Estamos prontos para partir. – disse ele ao parar ao lado da mesa, então notando a presença de Quinn que ao fazer contato visual piscou e desviou o olhar rapidamente, se sentindo um pouco intimidada.

– Certo, já vou indo. – Echo sorriu ao homem mais alto que assentiu e olhou na direção da outra moça mais uma vez antes de se dirigir até a saída para esperar por ela. – Desculpa, tenho que ir...

Quinn observou-o se afastar e balançou a cabeça, – Sem problema! As coisas que você me contou já são de grande ajuda..

Echo sorriu e se levantou, pagando pela bebida antes de acenar para Quinn. – Até a próxima!

A moça acenou de volta e observou-a se dirigir até a porta, assentindo para o homem mais alto antes de ambos saírem do bar. Quinn então olhou pensativa para seu diário; todas aquelas informações que Echo havia lhe dado eram mesmo de grande ajuda, mas ela parecia ter mais coisas para contar e isso só deixou-a mais curiosa. Não querendo perder a oportunidade Quinn rapidamente colocou seu diário e sua caneta dentro de sua bolsa e correu para fora do bar, olhando para os lados antes de avistá-los não muito longe dali.

– ..Espere!

Piscando os dois pararam e olharam para a moça que se aproximava dos dois, parecendo tímida novamente ao parar perto deles. – Eu.. fiquei curiosa e gostaria de ouvir mais sobre suas aventuras e... queria saber se teria problema se eu fosse com vocês até a próxima parada. Não tem problema se não quiserem, é claro!..

Os dois piscaram surpresos e se entreolharam. Echo então abriu um sorriso e fez um movimento com sua cabeça ao olhar para Quinn novamente.

– Vamos então!

....

Após chegarem no local onde o navio deles estava atracado, os dois subiram enquanto Quinn observou o grande e escuro navio com visível surpresa e interesse. Tinha detalhes prateados, alguns espinhos nos lados que pareciam com costelas e a parte superior de um grande crânio com chifres também de ossos na frente, sem contar a imensa vela decorada com o Jolly Roger da tripulação. Após amarrar seu barco (que parecia muito menor agora) ao navio de Echo, Quinn subiu pela rampa e olhou em volta timidamente ao notar os olhos curiosos dos outros tripulantes.

– Certo, já devem ter notado a presença de alguém novo. Esta é a Quinn, ela é uma exploradora e vai nos acompanhar até a próxima ilha então sejam legais! Vamos lá!! – Echo se pronunciou sorrindo ao resto da tripulação com um braço estendido na direção de Quinn que acenou lentamente. Logo o grande navio saiu da doca e começou a navegar pelas ondas da Grand Line mais uma vez, desta vez com mais uma pessoa a bordo.

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