O sol que entrava pela fresta da janela, batia contra o rosto de Rosé, essa que se mexia involuntariamente sobre o corpo de Lisa.
— Droga de janela. — Murmurou ao abrir totalmente os olhos. — Não pode nem mais dormir em paz.
A garota bocejou e se espreguiçou. Ao perceber vários movimentos indesejáveis sobre a cama, Lisa deu uma cotovelada no abdômen de Rosé.
— Meu Deus, garota! — Ela saiu de cima de Lisa, sentindo uma forte dor na área de sua cicatriz. — Sua mão não é de pena não.
— Hm. — Resmungou sonolenta. — Cala a boca. Eu estou com muita dor no estômago.
— Perdão, madame. — Ela massageou o local da batida. — Não sabia que eu apanhava e você sentia a dor via bluetooth.
— É sério, Rosé. — Lisa se deitou de bruços. — Está doendo demais.
Rosé se deitou ao seu lado.
— Onde mais dói? Quer um chá? Quer que eu faça algo? — Perguntou rapidamente.
— Poderia apenas deitar-se aqui comigo?
— Okay então. — Rosé aproximou seu corpo ao dela. — Algo mais?
Lisa se virou para ela, ainda meio sonolenta. Seus olhos ainda estavam fechados e, com certeza, não iriam se abrir agora. A garota abriu seus braços.
— Me abrace, plebéia. Esquente-me com seu corpo.
— Okay, madame. — Riu.
Antes que Rosé pudesse abraçar a mais nova, seu celular vibrou na cômoda. Lisa bufou em um sinal de insatisfação e se virou de costas para a mais velha.
— Alô? — Perguntou assim que aceitou a chamada.
— Cara, eu estou sentindo um arrepio na espinha, e quando eu sinto um arrepio na espinha, coisa boa é que não é. — Milena falou atropeladamente a frase. — O que você fez? Em quem você bateu?
— Você é louca? Eu não fiz nada não. — Rosé se levantou da cama e foi até o banheiro de Lisa. Seria melhor conversar "a sós" com Milena. — E, aliás, precisa parar de confiar nessa sua espinha.
— Gata, ela que me faz ganhar dinheiro. Falando em dinheiro, a Estrabao está me devendo uma grana alta.
— Se depender da Camila, você nunca vai arranjar seu dinheiro.
— Vou sim, nem que eu a puxe pelos cabelos. — Sua voz se engasgou no meio da frase, o que fez Rosé rir. — Mas então? Como foi nas montanhas? Acamparam? Você cravou sua estaca no buraco?
— Misericórdia, menina! Óbvio que não. — Rosé riu mais ainda. — Entretanto, saí de lá quase namorando. Se é que eu posso chamar isso de namoro.
Silêncio.
— Corna de três muletas, — Milena gritou e Rosé afastou o celular de seu ouvido por alguns segundos. — desgraçada oxigenada que tem mais química nesse cabelo do que no amor, vagabunda! Como assim quase namorando? E aquele papinho de um por um, sem segredos algum?!
— Não precisa gritar! — Rosé revirou os olhos. — Olha, ela aceitou o anel e-
— Anel?! Na moral, me esquece. Quando quebrar os ovos e o coração, não vem me chamar não. Isso daí é golpe! Minha espinha está coçando!
— Já acabou seu teatrinho? — Ouviu um "uhum" vindo do outro lado da linha. — Sim, um anel. Não é culpa minha se você é encalhada e...
— Eu não estou encalhada, estou tentando formar algo com alguém.
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One Month To Win You Over | Chaelisa (G!P)
FanfictionEntrar em uma escola nova não seria um problema, já que eu ainda mantinha meus ideais dentro de mim. Ideais horríveis, mas que, para mim, eram as únicas coisas que faziam com que eu me sentisse incluída em algo (mesmo que seja algo horrível, eu sei)...