Dia 15

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O sol que entrava pela fresta da janela, batia contra o rosto de Rosé, essa que se mexia involuntariamente sobre o corpo de Lisa.

— Droga de janela. — Murmurou ao abrir totalmente os olhos. — Não pode nem mais dormir em paz.

A garota bocejou e se espreguiçou. Ao perceber vários movimentos indesejáveis sobre a cama, Lisa deu uma cotovelada no abdômen de Rosé.

— Meu Deus, garota! — Ela saiu de cima de Lisa, sentindo uma forte dor na área de sua cicatriz. — Sua mão não é de pena não.

— Hm. — Resmungou sonolenta. — Cala a boca. Eu estou com muita dor no estômago.

— Perdão, madame. — Ela massageou o local da batida. — Não sabia que eu apanhava e você sentia a dor via bluetooth.

— É sério, Rosé. — Lisa se deitou de bruços. — Está doendo demais.

Rosé se deitou ao seu lado.

— Onde mais dói? Quer um chá? Quer que eu faça algo? — Perguntou rapidamente.

— Poderia apenas deitar-se aqui comigo?

— Okay então. — Rosé aproximou seu corpo ao dela. — Algo mais?

Lisa se virou para ela, ainda meio sonolenta. Seus olhos ainda estavam fechados e, com certeza, não iriam se abrir agora. A garota abriu seus braços.

— Me abrace, plebéia. Esquente-me com seu corpo.

— Okay, madame. — Riu.

Antes que Rosé pudesse abraçar a mais nova, seu celular vibrou na cômoda. Lisa bufou em um sinal de insatisfação e se virou de costas para a mais velha.

— Alô? — Perguntou assim que aceitou a chamada.

— Cara, eu estou sentindo um arrepio na espinha, e quando eu sinto um arrepio na espinha, coisa boa é que não é. — Milena falou atropeladamente a frase. — O que você fez? Em quem você bateu?

— Você é louca? Eu não fiz nada não. — Rosé se levantou da cama e foi até o banheiro de Lisa. Seria melhor conversar "a sós" com Milena. — E, aliás, precisa parar de confiar nessa sua espinha.

— Gata, ela que me faz ganhar dinheiro. Falando em dinheiro, a Estrabao está me devendo uma grana alta.

— Se depender da Camila, você nunca vai arranjar seu dinheiro.

— Vou sim, nem que eu a puxe pelos cabelos. — Sua voz se engasgou no meio da frase, o que fez Rosé rir. — Mas então? Como foi nas montanhas? Acamparam? Você cravou sua estaca no buraco?

— Misericórdia, menina! Óbvio que não. — Rosé riu mais ainda. — Entretanto, saí de lá quase namorando. Se é que eu posso chamar isso de namoro.

Silêncio.

— Corna de três muletas, — Milena gritou e Rosé afastou o celular de seu ouvido por alguns segundos. — desgraçada oxigenada que tem mais química nesse cabelo do que no amor, vagabunda! Como assim quase namorando? E aquele papinho de um por um, sem segredos algum?!

— Não precisa gritar! — Rosé revirou os olhos. — Olha, ela aceitou o anel e-

— Anel?! Na moral, me esquece. Quando quebrar os ovos e o coração, não vem me chamar não. Isso daí é golpe! Minha espinha está coçando!

— Já acabou seu teatrinho? — Ouviu um "uhum" vindo do outro lado da linha. — Sim, um anel. Não é culpa minha se você é encalhada e...

— Eu não estou encalhada, estou tentando formar algo com alguém.

One Month To Win You Over | Chaelisa (G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora