Já havia amanhecido em Auckland. O sol queimava as calçadas da cidade, mas trazia junto de si um vento agradável. Nem parece que iria chover pela noite. Realmente, muito estranho.
Entretanto, na casa de Rosé.
— PAI! AJUDA!
Luan, que estava lá embaixo, largou seu café e foi correndo ao encontro da filha. Ele ia tropeçando pelo corredor. O rapaz passou escorregando pela porta do quarto de Rosé, mas por sorte, conseguiu se manter de pé.
— Que foi?! — Ele se apoiou no batente da porta, ofegante. — Quem morreu? Quem invadiu a casa?!
— Acha que a branca é cairia melhor ou a pret? — A menina mostrou duas calças jeans. — Preta, né?
Luan torceu o nariz. Ele havia perdido um belo café. O rapaz endireitou sua coluna e contou até cinco mentalmente.
— Rosé... — Ele passou os dedos por debaixo do óculos, massageando o vale entre seus olhos. — Use preto, minha filha. Fica muito bem em você.
— Obrigada, pai.
— Era só isso?
— Só. — Rosé se virou para o espelho.
— Não acha que é muito cedo para se arrumar? Sei que quer impressionar a garota, mas também não é para tanto. — Riu anasalado. — Enfim, quer ajuda?
— Pai, eu amo o senhor, mas seu estilo é meio, hm, como posso dizer? Brega? Sem falar que as combinações de roupa do senhor são horríveis.
— Desculpa aí, super modelo que sabe tudo do mundo da moda. — Ele foi até a cama de Rosé, se jogando ali. — Seu pai sabe muito bem cuidar de uma adolescente que não se arruma direito.
— Mas eu me arrumo direito.
— Rosé, você praticamente passava metade do dia de pijama e metade de uniforme. — O rapaz se sentou na cama, cruzando as pernas. — Não saía nem de casa. Acho que os morcegos já até se acostumaram com você por aqui e estão te confundindo com o Batman.
— Tá, eu sei disso. — Ela se virou para o pai. — Mas eu acho que seria melhor eu chamar a Billie.
— Não quer ter um momento pai e filha comigo? — A expressão do rapaz foi se esmurecendo. — Poxa, faz tempo que não nos divertimos juntos, já que você não sai desse quarto.
Rosé suspirou. Ela assentiu com a cabeça. Por mais que não gostasse das combinações de roupa de seu pai, a garota ainda sentia falta de tê-lo por perto para fazer alguma atividade.
Já na residência dos Estrabao. Camila estava fazendo o café da manhã quando Lauren entrou na cozinha e se sentou. A garota deu deu um fraco bom dia para amiga, que respondeu na mesma animação. Lauren se sentou na cadeira em frente ao balcão e apoiou sua cabeça sobre a madeira gelada do mesmo. As roupas de Camila estavam a incomodando. Como alguém poderia gostar tanto de rosa?
— Como foi sua noite, Lauren? — Camila entregou uma xícara de chá para ela.
— Boa. — Ela murmurou, dando de ombros. — Só que eu vou ter que voltar para minha casa. Meu pai já pode estar tramando algo para me fazer voltar para aquele inferno...
— E o que ele faria se voltasse para casa?
— O de sempre. Me bateria. — Lauren bebeu um pouco de seu chá. Fez uma careta ao sentir o líquido quente e amargo descer pela sua garganta. — Meu Deus, que droga é essa? Trocou o açúcar pelo sal?
— É chá de boldo, sua desmiolada. — Camila se sentou ao lado dela. — Nem é tão ruim assim, para de frescura.
— Fala isso porque não é você quem está bebendo.
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One Month To Win You Over | Chaelisa (G!P)
FanfictionEntrar em uma escola nova não seria um problema, já que eu ainda mantinha meus ideais dentro de mim. Ideais horríveis, mas que, para mim, eram as únicas coisas que faziam com que eu me sentisse incluída em algo (mesmo que seja algo horrível, eu sei)...