Capítulo 17

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Aquela manhã parecia diferente. Era um dia de semana, dias em que eu seguia a fio todas as minhas obrigações com Hae Hyo, e eu já tinha feito tudo e agora, eu voltei a minha rotina de vir à galeria passar meu tempo fazendo pinturas e mais pinturas. Pois eu estava transbordando sentimentos bons, um pouco deles.

E eu precisava relaxar antes de fazer o que eu planejava à noite.

Eu estava pintando uma flor, nenhuma em especial, apenas uma que a minha cabeça criou e colocando cores quentes. Ela ainda estava desabrochando em tons de laranja, vermelho e amarelo. Suas pétalas eram longas e largas, o centro ainda estava coberto por elas prestes a mostrar seu interior formoso.

De repente mãos circulam minha cintura e um queixo pousa em meu ombro, quase derrubo a aquarela que estava equilibrada em minha palma. Pelo aroma agradável, imediatamente percebo quem é.

"Eu não sabia que você pintava" Jungkook murmurou ao pé do meu ouvido.

"Eu não pinto" O olho de relance.

"Oh, e o que é isso?" Direcionou seus olhos aos meus e eu dei de ombros, Jungkook se afasta e puxa um banco para o meu lado e se senta "Eu posso ficar com ela?"

"O que vai fazer com ela?"

"Pendurar no meu quarto"

"Ah não, tá horrível. Eu ficarei com ela" Retruquei colocando a aquarela na mesa de apoio.

"Deixa vai" Ele pediu manhoso "Não tá horrível, tá perfeito" Segurou meus ombros me fazendo ficar cara a cara com ele "Huh?"

Reviro os olhos soltando um suspiro "Tsc, talvez eu deixe você ficar" Digo, rendido e da mesma forma que apareceu, inesperadamente, ele me rouba um selinho. Arregalo os olhos, verificando se havia alguém por perto.

"Não deveria fazer isso quando estamos tão expostos assim" Falei em tom de aviso, mas isso não o fez recuar, apenas deslizou a mão por meu pescoço até alcançar minha nuca.

"É? E o que você vai fazer?" Murmurou sedutor, aproximando seu rosto do meu enquanto intercalava o olhar entre minha boca e meus olhos.

"Afastar você…"

Jungkook simplesmente juntou meus lábios aos seus novamente e eu joguei tudo para o ar quando ele pediu passagem com a língua e eu cedi enfeitiçado, deixando que seu hálito fresco de menta se misturasse ao meu, que sua língua oscilasse junto a minha, que nossos rostos se completassem e as respirações mesclasse.

Mas então, ele precisou ir para a empresa. Iria ter uma reunião da nova filial que iria abrir. E eu continuei com a minha pintura e quando acabei, assinei a seguinte frase:

Como uma flor que desabrocha à meia-noite.
PJ/JJ

Quem olhasse de longe, veria que a frase fazia jus à pintura, ninguém imaginaria o quanto essas simples palavras significavam por trás de tudo. Eu estava ferrado.

ACASO ✓ {Jikook} Onde histórias criam vida. Descubra agora