Capítulo 6

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Domingo, dia de aulas extracurriculares de Hae Hyo. Que exigem obrigatoriamente a minha presença para acompanhar o desenvolvimento e o orientar em algo, coisa que está sendo totalmente inútil essa manhã, porque meus sentimentos estão descontrolados. Fosse por mim, estaria enrolado nos edredons por todo o resto do dia, remoendo toda a minha vergonha por ter ficado esperando o Jungkook aparecer noite passada.

Por que eu fiz isso?

É tão sem nexo.

Pior que isso é eu sentir essa decepção minúscula ganhando raízes por ele ter dito que iria me ver e não foi. Estou divido em ficar com raiva dele e ficar com raiva de mim mesmo. Fico preso nesse dilema o tempo todo.

Mas então percebo que ele não tem culpa, e talvez eu não. Não sei, vai saber. Decido ignorar por hora.

É aula de pintura para Hae, eu e ele estamos atrás de uma tela tentando pintar uma tigela de frutas e eu nem preciso dizer quem está se saindo melhor nessa atividade. Minha pintura mais parece que apenas foram misturadas tintas e jogadas na tela.

Hae Hyo, por outro lado, conseguiu pelo menos pintar a banana e a laranja, quanto às outras frutas, está na mesma situação que eu. Brincando aqui e ali, o moleque nem precisa da minha ajuda. E o professor, bem, ele está concentrado em tirar um cochilo em cima do cavalete.

Frustrado passo o pincel e borro tudo com tinta preta.

"Você está muito estressado" Hae Hyo comentou "Por que não tenta colocar seus sentimentos na pintura?"

"E ficar mais frustrado depois que ver que ficou uma porcaria? Não, muito obrigado" Devolvo com os nervos à flor da pele.

"Taehyung sempre me dizia para deixar a mente bem aberta e expressar tudo na arte, mas eu acho que isso não é pra mim porque eu não sinto nada quando estou pintado, é como se eu estivesse escrevendo um ditado, a única coisa que penso é em fazer certo" Ela lava o pincel no copo d’água e olha para mim “Mas eu percebi que você é muito sentimental e solitário, talvez funcione com você” Sacode o pincel para tirar o excesso de água, em seguida suja com tinta vermelha e se volta para o quadro “é claro que eu não estou generalizando, mas eu acho que você é diferente”
   
Pensando no que o garoto acabou de falar, começo a rabiscar o quadro de qualquer jeito, dando a mínima para as frutas à minha frente. Quando enfim acabei, tudo o que tenho é um quadro negro com alguns ondas coloridas sem sentido.

Desisto.

Saio para tomar água do lado de fora e aproveito para fugir um pouco da aula. A galeria ficava próximo a mansão dos Jeon's, apenas precisava do carrinho para ir e vir, caso não quisesse dar uma caminhada de quinze minutos. Agora eu percebo como esse lugar é realmente grande. Não vou me surpreender se encontrar alguma onça pintada por aí, aqui parece a floresta amazônica. 

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