Capítulo 8

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Quando alcancei Jungkook, minha mão foi envolvida com a sua e nos escondemos atrás da parede do corredor que levava ao seu quarto quando ouvimos uma movimentação no andar de baixo. Com ele de frente para mim enquanto eu tinha as costas coladas na parede. Meu olhos presos aos seus, como se não houvesse algo mais encantador no mundo. Suas orbes escuras sempre me cativam, isso é um fato.

Sua mão ainda segura a minha e um sorriso imperceptível era sustentado em sua face, assim, como se não importasse se ele é o jovem mestre e eu o tutor de seu primo ou se faz poucos dias desde que nós vimos a primeira vez, não somos amigos, não somos nada. Mas estamos envoltos por esse fenômeno magnético que nos faz encontrar sempre, que faz nossas almas se conectarem sem nenhum motivo aparente.

Isso  me causa arrepios, me causa temor, ambos que decido ignorar. Por que eu também não me importo, pelo menos por agora eu não quero me importar.

Nós tínhamos um vínculo impossível de ser entendido. Eu sinto e sei que ele sente.

“Onde gostaria de dar início a leitura? No meu quarto, aqui ou no outro?” A princípio penso que aqui seria uma boa ideia, uma vez que fica bem perto do meu aposento e qualquer coisa é só me esgueirar de volta, no entanto, percebo que o outro é melhor, porque além de ser um lugar só seu é um espaço perfeito para uma leitura casual.

“A casa de vidro” Respondi apertando seus dedos de volta com um sorriso mínimo enquanto sou alvo de sua atenção.

“Casa de vidro, huh?” Me olhou divertido tomando a iniciativa de descer as escadas, depois de verificar atentamente se havia alguém presente “É assim que você chama?”

“Não pensei em um nome melhor que não fosse esse pra um lugar feito de vidro” Dou de ombros e o olho de relance, "Parece uma gaiola, aliás" Faço uma careta.

“Isso me faz lembrar Trono de vidro, já leu?” A dorzinha da nostalgia de quando li toda a saga me toma "E eu não acho que aquele lugar pareça uma gaiola" Franziu o nariz, ato que eu achei extremamente fofo.

"Óbvio que eu li Trono de vidro" O olho maravilhado com um sorriso aberto por saber que compartilhamos o mesmo gosto para leitura "E sim, talvez aquário fosse a palavra certa. Talvez, eu deva chamar de aquário, huh?" Ele ri e nega com a cabeça.

"Então eu sou o peixe bonitinho que mora lá" Retrucou e eu ri.

Saímos da mansão pela porta da cozinha. Ficamos em silêncio por todo o caminho, este que não foi constrangedor. Eu estava mais preocupado em sentir a textura da sua mão envolvendo a minha e em como isso é de certa forma confortável, enquanto ele andava distraído com o que quer que estivesse olhando em volta.

Quando chegamos na casa de vidro (ou aquário, ou gaiola), ele solta minha mão e vai para a entrada do quarto. Não quero ler em um espaço fechado, decido.

ACASO ✓ {Jikook} Onde histórias criam vida. Descubra agora