Cap 4 - Cativado.

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Junho de 2002:

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Junho de 2002:

Grace está usando um vestido escuro, provavelmente com saltos altos. Sua pele dá a impressão de que ela nunca sai de casa e seus lábios estão artificialmente rosados. Ela anda pra la e pra cá, ajudando sua tia com algumas coisas. Seu cabelo é bonito, embora seja liso, dourado e brilhante. Como seria agarrar aquelas mechas entre os dedos? Com as mãos? Quando meu pau responde à pergunta se contraindo dentro da minha calça, eu me forço a parar de pensar nela. Perdido em pensamentos, eu não havia percebido que a conversa com Fred tinha parado em algum ponto.

- Perdi alguma coisa?

- Eu perguntei se você andou falando com a Angelina nos últimos tempos. - Fred repete, com um tom de voz que deixa implícita a mensagem de que eu estou encrencado por não prestar atenção nele.

Fred se interessa um pouco demais pela minha vida amorosa, principalmente agora que ele encontrou a Lucy. O problema com as pessoas comprometidas é que elas parecem acreditar que todas as outras pessoas que conhecem dever se casar também. Assim, todas as mulheres com quem eu saio são submetidas a uma avaliação sutil, mas incisiva, especialmente por Fred e Lucy. Eles geralmente são os líderes do grupo em momentos como esse, sempre tentando descobrir o que desperta o meu interesse em uma mulher. E eu, é claro, adoro retaliar isso com as próprias provocações. Não é como se eu não acreditasse no amor, não sou um cínico completo: sei que o amor verdadeiro existe. Qualquer pessoa que tivesse ficado no mesmo cômodo com meus pais sabe disso. Eu só ainda não encontrei a pessoa certa.

- Já faz algum tempo que eu não falo com ela. - Eu confesso.

- Por que não? - Fred se surpreende. - Eu pensei que vocês dois estivessem dando certo, ela é legal.

Ela também era um pouco mais neurótica do que a média, penso comigo mesmo. Mas a questão não era essa, Angelina e eu simplemente damos certo demais como amigos para sermos mais do que isso. Toda aquela história de Fred ter gostado dela, de eu e ele termos brigado por conta disso e do clima estranho que ficou por um tempo também foram um impasse. Eu continuei saindo com ela mesmo depois disso, por um tempo, acho que por mais uns sete meses antes de decidirmos continuar só com a amizade de sempre.

- Foi ela quem não quis mais sair comigo, não se lembra? - Eu questiono com ironia.

- E daí? - Fred dá de ombros. - Isso não significa que ela não queira que você entre em contato e a convide para alguma coisa.

- Eu acho que ela não quer isso.

Fred olha fixamente para mim, como se eu fosse simplesmente ingênuo. Como sempre, ele parece estar gostando disso. Esse tipo de conversa surgia regularmente nas noites em que nos reunimos. E agora que estamos esperando Lucy se aprontar para o casamento não é diferente.

- Enfim, o que achou da prima excêntrica da Lucy? - Ele pergunta, passando a mão pelos cabelos.

- Ela não é tão estranha.

Favor Perfeito - George Weasley. Onde histórias criam vida. Descubra agora