Tudo o que Grace queria era ver a prima se casar, mas para isso ela teria que dar carona para o padrinho do casamento, e futuro cunhado da prima, George Weasley. Não o conhecendo, Grace imaginou que George seria uma versão idêntica em todos os aspec...
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Final de Junho 2002 :
É domingo e para o jantar na toca, esse ao qual George está me obrigando a ir para ajudá-lo com uma desculpa antes que Lucy e Fred voltem, decidi usar o cabelo ondulado, para tentar algo diferente. Eu demorei muito para me arrumar, estive me enrolando, apreensiva com o que vai acontecer. Só espero que tudo dê certo. Sei que não somos culpados de Lucy e Fred terem decidido se casar escondido, mas pelo que George contou sua mãe quando fica nervosa tende a culpa qualquer ser vivo ao redor.
- Pronto? - Eu perguntei num cochico.
George assentiu, parecendo hesitante. Eu pensei que ficaria impressionada com a toca, mas não pensei que ficaria encantada. A construção é maior do que eu imaginara. Embora diferente de qualquer lugar que eu já tivera a honra de chamar de lar, a casa parece quase aconchegante. Talvez essa seja uma palavra estranha para descrever uma casa que possui uma estrutura bem incomum, mas as flores em vasos diferentes perto da porta e a pequena hortinha lhe dão um ar de contos de fadas. Não há sombriedade nem imponência, talvez por isso eu tenha gostado dela no mesmo instante em que George e eu desaparatamos.
- Cheguei - Ele grita quando entramos no que parece ser a sala.
Um homem alto, ocupado arrumando patinhos de borrachas trouxas sobre a lareira da sala, leva um susto e deixa cair um pequeno relógio, que explode no chão. Ele se segura na prateleira acima da lareira para se equilibrar.
- Que susto! - Ele exclama ao nos ver, só então começou a reparar na semelhança entre ele e Geoge.
- George? É você? - Uma voz feminina grita de outro cômodo. - Porque se for, você está em uma encrenca enorme.
- Acho que as coisas estão piores do que eu pensava. - George murmura. - Pai essa é a Grace, prima da Lucy.
- É um prazer conh.. - Eu começo a dizer, na mesma medida em que o senhor me estende a mão com um sorriso simpático.
- George Weasley, venha aqui imediatamente! - A mesma voz grita outra voz do outro cômodo.
- Vamos enfrentar a fera. - George me diz em voz baixa. - Vamos cumprimentar nossa anfitriã.
Eu engulo em seco. Falar com a fera? Eu terei que me explicar também? Para a mãe dele? Já é difícil acreditar que uma criatura como ele tem uma mãe. Contudo, educação é educação, e, por mais que eu queira me dirigir ao quintal e desaparatar, sei que não posso deixar George na mão. Seguindo-o até a cozinha encontro uma mulher rechonchuda de pé ao lado da bancada com um avental florido, segurando uma faca bem afiada nas mãos, o que me assusta até eu notar a pilha de cenouras, repolho e outros legumes que eu não consegui identificar.
- Essa história é inacreditável.. - Ela começa, sem virar-se para nós, sem também perceber que seu filho não está sozinho.
George até abre a boca e tenta dar uma explicação aceitável, mas não sai nada a princípio.
