Ameno

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Era mais uma noite que as três dormiam juntas, dessa vez estavam no apartamento de Gattaz. Hoje elas fariam uma viagem para um jogo fora de casa, então só precisavam se apresentar no clube ao final da tarde para irem direto ao aeroporto. A noite tinha rendido bastante após o restaurante, então as atletas acordaram um pouco mais tarde do que o normal, para a felicidade de Rosamaria.

— Já aviso logo que se vocês não levantarem, eu não vou levantar! — Rosamaria quebrou o silêncio, sua voz ainda era sonolenta.

— Eu já tô acordada há algum tempo, eu só não levantei porque tô meio dolorida — Gattaz respondeu, a mais velha estava mexendo em seu celular.

— Ih Betinha, a véia já tá pedindo arrego da gente. Vamos começar a colocar ela pra dormir mais cedo e a gente se diverte só nós duas! 

— Pois é, imagina se ela joga mal porque tá dolorida e descobrem que a culpa é nossa? 

— Ha ha ha vocês estão muito engraçadinhas. Quer dizer que não tô dando conta? Então eu vou ter que arrumar outras novinhas pra praticar e melhorar pra vocês. Ouvi dizer que a Ariele tá solteira...

— Para com isso — Rosamaria deu um tapa no braço de Gattaz — Nem brinca.

— Desnecessário, não sabe brincar — Roberta encarou Gattaz com a cara fechada.

A levantadora foi a primeira a levantar para usar o banheiro. Gattaz e Rosa permaneceram na cama, a mais nova estava deitada no ombro da central enquanto ela lhe fazia cafuné. Após alguns minutos Roberta abriu a porta do banheiro e olhou com raiva em direção as duas.

— Vixi, olha a Betinha, tá a definição de neném com carinha de malvadão.

— Alguém pode me explicar por que tem um chupão enorme no meu pescoço? Gente, como eu vou disfarçar isso no jogo? — Roberta falou enquanto se olhava em vários ângulos diferentes no espelho.

Gattaz e Rosamaria riram do desespero de Roberta.

— Não é só no seu pescoço que tem chupão, Betinha — Gattaz piscou.

— Vocês são ridículas.

— E você é louca por nós!

— Infelizmente sim — Um sorriso se abriu no rosto de Roberta e ela voltou para a cama. Ficaram algum tempo conversando até que o interfone do apartamento tocou.

— Finalmente! — Gattaz levantou em um pulo, vestiu um moletom e saiu do quarto sem falar mais nada.

— O que será que a véia aprontou dessa vez? — Rosamaria perguntou.

— Não sei, mas com certeza a gente vai gostar. A gente sempre gosta das coisas que ela inventa, ela só não pode saber disso ou vai ficar muito convencida — Roberta falou e a oposta concordou.

Após alguns minutos ouviram a porta do apartamento se abrir e era Gattaz de volta. 

— Venham pra cá! — Gritou e as duas levantaram da cama imediatamente e foram de encontro a central. Chegando na sala deram de cara com duas cestas de café da manhã cheias de comidinhas gostosas. Cada cesta veio com um pequeno coração de pelúcia, que Gattaz fez questão de retirar e dar um para cada. 

— Meu coração pra vocês, igualzinho pra não ter ciúmes — A mais velha falou sorridente.

— Que coisa mais brega, eu amei! Obrigada, amor — Rosamaria sorriu e apertou o coração de pelúcia, em seguida contornou os braços no pescoço de Gattaz e lhe deu um beijo rápido.

— Amor? — Gattaz perguntou surpresa, mas a oposta não respondeu.

— Você é muito gay, não é pouco não! Muito fofo, linda — Roberta fez o mesmo que Rosamaria, e após isso as três deram um abraço.

Fora de ControleOnde histórias criam vida. Descubra agora