taekook em: dizer sempre a verdade! ou nem sempre..

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oi rs depois de um mês eu apareci
lembram de mim? Do Tete ou do Googie hyung?
7000 palavras socorro
boa leitura



Depois daquela confissão por parte do seu mais recente - pode até já considerá-lo isso - amigo, Jeongguk achou que precisava de mais uma bebida para cair em si. As palavras ditas á pouco rondavam sua cabeça como uma assombração, não permitindo que se esquecesse delas pelo decorrer daquele final de noite e talvez a vida toda. A música que antes impossibilitava uma melhor percepção do que o outro dizia de tão alta que estava agora nem ao menos a escutava, era como se tivesse simplesmente ficado surdo. Mas tudo continuava, a festa, a música, as bebidas sendo entregues pelo barman. E isso o fez lembrar de um certo híbrido em especial, do grande protagonista daquela conversa encerrada minutos atrás. Jeongguk precisava ir atrás dele, ele estava demorando demais pra quem foi só buscar um suco.

Um grande amontoado de gente estava na outra ponta do balcão, onde seu tigrinho havia ido pedir por alguma bebida não alcoólica e foi precisamente desse lugar que se aproximou. No meio de tantas fantasias conseguiu reconhecer uma cabeleira loira e umas orelhinhas adoráveis que balançavam vez ou outra, percebeu que ele estava tomando alguma coisa - que desejava aos deuses - ser refrigerante num copo alto de vidro e um canudo brincava em seus lábios. Parecia entretido no seu próprio mundo até que seus olhares se conectaram e recebeu o sorriso que para si seria sempre o mais lindo do mundo. Grande e quadradinho. Como um ser tão fofo podia ter bebido horrores numa festa de aniversário e ter feito sabe-se mais o quê? Jeongguk não conseguia acreditar.

Estava disposto a ir ter com ele quando foi parado por uma mão o impedindo de seguir seu caminho, apertando o seu braço. Virou para ver quem era e viu o homem do outro lado do balcão de vidro.

— Você por acaso conhece aquele híbrido? — ele apontou para Taehyung que também os olhava.

Demorou para responder, estava meio aéreo e um pouco cansado. A vida de universitário acabava consigo, não sabia como seus colegas conseguiam ir a tantas festas sendo que ele já adormecia ás vinte e duas da noite.

— Sim ele é meu. — respondeu simples.

O homem vasculhou na parte reservada do balcão que não era possível ser vista na perfeição pelas pessoas do outro lado, onde Jeon estava. Então ele mostrou algumas notas surpreendendo o moreno.

— Então, ele pediu um suco e o máximo que vendemos é pepsi e é o que ele está bebendo agora. — começou por explicar tranquilo apontando para o menor. — Mas ele me entregou basicamente todo o dinheiro da carteira e eu claramente não posso aceitar. Por isso estou te devolvendo.

— O que-...

— Eu vi vocês juntos então calculei que fosse seu dinheiro. — ele falava baixo mas firme. — Aparentemente ele não sabe contar.. se eu fosse você tinha mais atenção nisso.

O homem não parecia querer dar-lhe uma lição de moral em meio a festa, não era sua função e o garoto moreno já era crescido o suficiente para entender o que é certo ou errado. Por incrível que pareça não era a primeira vez que algo do tipo acontecia. Desta vez por sorte o dono do dinheiro ainda não havia ido embora ou se distanciado do bar, e como a política do estabelecimento assim mandava ele apenas ficou com a quantia do refrigerante. Jeongguk estava ainda mais confuso do que anteriormente, pegou as notas que tinha as organizando na carteira que também lhe fora entregue o mais rápido que conseguia e não atrair a atenção de ninguém indesejado que estivesse pensando em roubá-lo. Sinceramente.. ele já devia calcular que seu tigrinho não soubesse contar dinheiro, ele nem sabe ler nem escrever corretamente. Foi erro seu.

Mas beber até cair ele manja. Pensou bufando.

Naquilo o mais novo chega abraçando o seu corpo quente pelo ambiente, seu cheirinho particular novamente perto de si com a cabeça encostada no seu peito. Acolheu-o em seus braços, não iria rejeitá-lo. Nunca. Estava desiludido? Sim. Triste porque ele mentiu para si? Também. Mas não podia e nem queria deixar esses sentimentos falarem mais alto e o maltratar, preferia machucar-se a si próprio do que fazer algo com seu híbrido. No entanto seu peito queimava por algo estranho, uma revolta em querer confrontá-lo ali mesmo e obter a confirmação daquilo tudo da sua boca mas sabia que não era o correto. Estava de cabeça quente e o lugar também não era propício. Taehyung conseguia ouvir os batimentos cardíacos do mais velho e perguntava-se o que estaria de errado para ele estar tão acelerado. Colocou a mão sobre o seu e sentiu-o da mesma forma então concluiu ser da música que mexia com suas pulsações.

Tete com T de Tigrinho | taekookOnde histórias criam vida. Descubra agora