Tete com T de Tigrinho | taekook

taekook em: entre estrelas cadentes e pirulitos

daddy's home
boa leitura!

— Ah qual foi, eu só dei um empurrãozinho nele.

Depois do nevoeiro serrado entre as sete e oito da manhã que quase fizeram Jeongguk cancelar os planos para aquele dia e em troca receber um rosnado enraivecido do seu mais novo tigrinho, o sol surgiu timidamente logo em seguida. O que para as almas jovens daquele híbrido de tigre e seu companheiro de aventuras fora um grande alívio e motivo de comemoração, um caloroso abraço, o que quase levou Jeongguk a inverter os papéis e ser ele quem rosnaria agora. As malas já estavam prontas, cesta de piquenique com as frutas e alguns doces, a mochila com os mantimentos necessários e mais uma mochila térmica com bastante água e comida. Cada um deles levava sua própria mochila com seus pertences organizados da noite anterior, como escova de dentes, pijama, tapa-olho e um ursinho de pelúcia. Para a infelicidade do moreno que não teve um aconchego a mais na noite passada e apenas sentiu os frios e solitários lençóis, Jimin havia passado ali a noite para ser mais fácil partirem logo cedo.

E Taehyung adorou ter seu melhor amigo dormindo consigo pela milionésima vez naquele ano, comeram e cantaram juntos, inventavam idiomas onde só os dois sabiam se comunicar e faziam roleplay de Barbie e o Castelo de Diamante, para no fim acabarem adormecendo nos cinco carneirinhos contados. De manhã fora um castigo para acordar e Jeon não poupou-os de uma bela bronca. Com o apetite de um leão, Taehyung comeu tudo e mais um pouco do que sua mãe preparou para o café da manhã e tão rápido pois os resmungos do seu hyung já irritavam seus ouvidos. Como o bom menino que todo mundo sabia que ele era após se arrumar pegou suas coisas e ficou esperando na porta, o que só irritou mais Jeongguk que passava por si de um lado para o outro atarefado. Jimin não sabia se ajudava o humano ou seguia seu amigo e ficaria pronto ali no cantinho, não ajuda mas também não atrapalha.

Eles viam o tempo pela janela e seus rostos ficavam desanimados a cada segundo, e com tanto nevoeiro e vento gelado na cidade estaria ainda pior para onde seria o seu destino. Estavam perdendo a esperança, esparramados no sofá á espera de um milagre. E foi só no vigésimo bocejo de Taehyung que notaram o incrível sol que apareceu dizendo um envergonhado olá me desculpe pelo atraso, então pés a caminho! O universitário começou a carregar o carro enquanto os dois híbridos faziam a costumeira corrida até ao veículo, empurrando-se como trapaça. Mas Jeongguk ficou realmente chateado quando Taehyung sentou no banco de trás junto de Jimin, bateu no vidro mas não o deixou abaixá-lo, simplesmente abriu a porta.

— Vocês estão achando que eu sou vosso motorista particular? — perguntou retoricamente mas Taehyung já estava pronto a responder. — Um dos dois pule para o banco da frente, agora.

— Mas a gente já planejou assistir Trolls 2! — Jimin disse, não era na tentativa de implicar ou nem mesmo de provocar.

— Assistem quando chegarem lá. — o mais alto revirou os olhos.

— Mas o Red Velvet aparecerá no filme! Eu quero muito assistir! — desta vez Taehyung também quis intervir.

— Além do mais lá não terá sinal e muito menos internet.

Um revirar de olhos vale mais do que mil palavras.

— Um de vocês no banco da frente e é bom que seja você, Taehyung.

Ele disse seu nome completo! Só poderia ser mal sinal. Como se não escutasse mais nada nem sentisse as pequenas mãos do seu amigo tentando segurá-lo enquanto dizia coisas como "você vai realmente fazer o que ele está mandando? Você tem medo dele? Ou porquê você não mostra suas garras afiadas e suas 'agulhas bocais' que você chama de caninos?" mas nada era suficientemente importante para escutar no momento. As respostas para aquelas perguntas seriam mais ou menos como "Sim, Não, Eu prometi nunca mais usá-las para benefício próprio e contra o meu único e lindo e grandioso hyung preferido". Para marcar a sua personalidade forte e não parecer que não estava indo só porque recebeu aquele chamado de atenção extremamente altruísta, bufou e bateu a porta. O outro nem ligou. Ao entrar no carro e se certificando de que todos tinham o cinto de segurança deixou que tomassem conta do rádio e antes de iniciarem a curta viagem parou na estação de serviço mais próxima.