Aspen, Colorado
24 de dezembro, véspera de Natal
4°CPequenos flocos de neve caíam lentamente sobre a paisagem gélica de Aspen. Era bonito. Como a cena de um filme clichê de natal.
Sophia sempre quis fazer parte desse tipo de filme. Seria perfeito receber um convite para uma festa de Natal e descobrir que tem uma irmã gêmea perdida que, misteriosamente, é uma princesa e terão de trocar de lugar.
Clichê e incrível.
Mas não era o caso. Não ali.
Sophia passaria seu primeiro Natal em Aspen, noiva. Ela estava noiva!
E mais especial: estava grávida.
A vida de Sophia Devenport deu uma virada absurda.
Se arrumando, ela parou na frente do espelho e acariciou a barriga.
— Ei, bebê. Está aquecido aí? Porque aqui do lado de fora está congelando!
— Acha que ele te escuta?
Ela levantou a cabeça e sorriu ao ver seu noivo parado no batente da porta. Miguel Parker era um belo homem, e Sophia amava contemplar sua beleza exuberante.
— Acho. Mesmo sendo tão pequenino aqui dentro.
Parker entrou no quarto e se aproximou da mulher, ainda acariciando o ventre com carinho.
— Será que ele reconhece a voz de quem fala com ele?
— Bom, eu creio que sim. Na gestação as primeiras atividades cognitivas são desenvolvidas. Eles são inteligentes. Sabe, é uma vida se formando. E mesmo que pensem que não, eu sei que ele me escuta.
— Ainda bem, assim ele já vai saber da mãe incrível que tem. Você falava com os gêmeos?
Sophia pensou na época em que estava grávida de Noah e Phoebe. E acabou sorrindo. Era jovem demais e não lidou muito bem com a gestação. Mas foi naqueles nove meses que ela entendeu o amor que sua mãe sempre lhe disse.
— Eu falava. Mas não sabia que eram dois, então...
— Bom, acho que eles entenderam. Porque parece que vocês se conhecem a vida toda, mesmo que só se aproximaram agora. Parece que Noah te ama mais do que a mim.
— Oh, Parker, nada disso.
— Mas eu dou razão, também te amo. Acho que é impossível não te amar, na verdade.
— Por que está me bajulando? — Sophia arqueou uma sobrancelha.
— Porque você está carregando meu filho. Tenho que zelar para você me amar mais nesse período.
— E por quê?
— O bebê sente o que a mãe sente. Se você me amar como louca, ele também me amará.
Sophia gargalhou alto.
— De onde você tirou isso?
— Li em um livro.
Parker virou um consumidor de conteúdos gestacionais e paternal. Assim que soube da gravidez de Sophia, comprou um arsenal de livros sobre o tema. Queria estar preparado para tudo.
— Miguel, o bebê vai te amar muito, não importa o que eu sinta. E parece até que você é pai de primeira viagem. Mas têm quatro crianças correndo pela casa, e você lida muito bem com isso.
— Mas é diferente. Quer dizer, eu vou acompanhar tudo agora. Não que das meninas e do Noah eu não acompanhei, mas é diferente... Quero dizer, vou ter um bebê com a mulher que eu amo. Eu sei que o Noah nasceu de você, mas eu não sabia até alguns meses e... Tem a Phoebe, mas eu nem a vi bebê e...
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com amor, o meu natal
RomanceOS DAVENPORT e amigos estão de volta com contos natalinos cheios de amizade, família e amor. CONTOS POSTADOS EM FINAIS DE ANO PLÁGIO É CRIME! TENHAM SUAS PRÓPRIAS IDEIAS! TODOS OS DIREITOS RESERVADOS.