Tell me, Please - (ABO) TaeYoonSeok

🍒Capitulo 3 - coincidência? 🍒

A música alta não os incomodou. Taehyung não reclamou do modo que era segurado, tão perto ao ponto de sentir o corpo do Alfa a sua frente. O aroma vencendo todos os cheiros do local e embriagando o Kim de modo avassalador. Se viu rendido, completamente.

— se machucou? — a voz rouca questionou por cima da música alta. Quase um grito, mas não foi necessário proferir um mero som que fosse. Tae era um ômega lúpus e tinha uma super audição, mas ele não estava prestando atenção. O olhar focado nos olhos felinos e estreitos, como um gato misterioso. Embriagado por aquele cheiro. Se sentiu tão bem e calmo, rendido. Como não se sentia a longos meses.

  O cenho se franziu para a figura masculina que o encarava com atenção e preocupação. Os olhos felinos sendo a única parte exposta de seu rosto. Desejou ver mais um pouco, talvez os lábios, como seria? O olhar do homem percorreu seu corpo antes de encará-lo com seriedade. A sensação que ambos sentiram, foi o suficiente para tirarem eles de órbita. Uma tensão muito grande, e um reconhecimento irreconhecível.

— você e... — ponderou, ficou com uma certa dúvida. —, foi você quem me atropelou na escada! — se lamentou quando percebeu o tom acusatório de sua voz. Praguejou quando sentiu o próprio corpo transpirar. Uma área especificamente.  Estava rendido demais para um mero alfa desconhecido.

— não foi intencional. — disse sincero. Queria ignorar o cheiro de cereja que exalava do ômega, mas era inevitável. Tão doce e viciante, discretamente ele inspirou fundo, e sentiu o corpo relaxar. Doce e perigoso, com um toque sutil de luxúria. Esse era o ômega.

— está procurando alguém? Você parecia aflito. — mesmo que quisesse parecer prestativo, Tae desejou que o homem misterioso estivesse sozinho. Não entendeu o motivo inicialmente. Se sentiu pocessivo.

— Não estava procurando, mas acho que encontrei. — mesmo que parecesse bobo, Tae imaginou que ele estivesse sorrindo ladinho.

— Sou Kim Taehyung. — se apresentou e se afastou, saindo dos braços do rapaz. Estendeu a mão e o mesmo repetiu seu gesto, aceitando o cumprimento. O toque forte da mão do alfa quase o fez gemer. E ele o fez, mas gemeu baixinho e agradeceu todo o barulho barulho volta.

— Você e o dono, certo? — indagou. Parecia que queria estudar Tae, mas ele nao reparou.

— sim, você atropelou o dono duas vezes. — comentou e arqueou uma sobrancelha em completa presunção. Se sentia uma cadela no cio. E, porra, ele só queria latir ou gemer. Tanto faz. Contanto que tivesse um conteúdo sexual nisso, estava ótimo.

— devo me redimir, caso me permita. — entrou no jogo. — posso lhe oferecer uma bebida, Tae?

Talvez fosse o olhar misterioso, o fato de ele estar usando máscara, ou talvez o fato do cheiro dele ser tão convidativo. Mas havia algo misteriosamente delicioso no rapaz. Algo que gritava perigo, o clamava por mais contato, mais algumas palavras trocadas.

O escritório de Taehyung nunca pareceu tão minúsculo como naquela noite. Observou o Alfa de estatura mediana, um pouco mais baixo que ele, se sentar no sofá de couro negro da parede direita de quem entra. Não parecia relaxado, pelo contrário, os movimentos calculados do homem e sua postura elegante se tornaram algo perigosamente delicioso de presenciar. Mas ainda sim, nada que aquele homem fazia, era de modo casual. Os instintos de Tae o fizeram se retrair. Queria se atirar nos braços do homem, mas sentiu medo quando tudo que ele pensava era em confiar inteiramente nele. Sentia que podia, que ele ficaria com ele sempre. Eternamente.

— Ainda não me disse seu nome. — se aproximou e ofereceu um copo com uma dose de Whisky. — oh, sua mao. — largou os copos na mesa e se aproximou do rapaz, tocou as mãos que estavam manchadas de sangue. — você se machucou? — o ômega se sentiu mal e desconfiou dos próprios sentidos quando não sentiu o cheiro do ferimento dele.