🍒Capitulo 4 - infeliz surpresa. 🍒

66 11 0
                                    

  Os seguranças se mantiveram perto o suficiente para fazer de sua presença, notável. 
  O Kim não estava sozinho. Mas quem poderia ir contra a lei? Ainda mais quando ela aparenta estar tão confiante ao ponto de agir com presunção, denunciando sua certeza. Teriam provas contra Taehyung?

  O advogado tocou o ombro de Tae, foi a única coisa que ele percebeu antes de deixar um riso em descrença escapar por entre os lábios. Alternou o olhar entre os dois oficiais.

— desculpem, mas acho que os gemidos que ouvi hoje me deixaram surdo. — comentou debochado. — poderiam repetir? Preciso saber se entendi errado ou vocês são dois insanos.

— o senhor precisa nos acompanhar até a delegacia. — ditou o mais velho deles. Um alfa de aparência cansada. Não era rude, só estava seguindo o protocolo. Ja o alfa mais novo, ao lado do senhor, deu um passo a frente e encarou o Kim de modo hostil. Fez de sua presença algo incomodo no local, mas Tae não era um ômega qualquer. Ele logo perceberia isso.

— sem show! — exigiu o Alfa mais novo.

— o caralho que eu vou acompanhá-los! — com um humor ácido, Tae riu enquanto apoiou as mãos na cintura. Indignado com o que ouvia.

— Taehyung... — protestou o advogado, percebendo a expressão seria dos oficiais.

— nem adianta Henry. — afirmou o olhando de lado. Encarou novamente os Alfas e sorriu debochado. — querem que eu coloque o meu lindo traseiro naquele banco onde vários criminosos se sentaram? Vo' nada! — riu descarado, imaginando a cena dele mesmo em uma viatura. — não sei se vocês sabem, mas eu costumo ser muito seletivo quanto aos lugares onde me sento. — arqueou as sobrancelhas em desafio. — sou Kim Taehyung, me enfiar naquele cubículo que vocês chamam de transporte e um ultraje. Me recuso!

— o senhor não tem opção! — exclamou o Alfa mais novo, encarando Tae de perto. O Kim não recuo, pelo contrário. Deu um passo a frente bastava um movimento para eles se beijar em um lamentável incidente. — coloque esse seu traseiro premiado dentro daquele carro e nos acompanhe. Você é um ômega suspeito e deve colaborar com a justiça.

— a única coisa com a qual eu vou colaborar, vai ser o chute que vou dar no seu traseiro até vê-lo fora do meu estabelecimento, projeto de oficial mal comido! — cuspiu as palavras de modo hostil. O Alfa o segurou pelo ombro e intensificou o aperto e sua presença dominante, tentando fazer com que Tae se submete-se. Mas o ômega não esboçou emoção, doeu, sim! Mas ele era mais forte. E o Alfa novato percebeu isso quando os olhos do ômega brilharam em um vermelho vivo e perigoso. O Kim segurou a mão do alfa que agora mantinha uma expressão assustada em sua face e o empurrou para longe. Esse que foi amparado pelo oficial mais velho. Todos surpresos com a presença que Tae fez presente.

— um ômega lúpus?! — indagou descrente o policial mais velho, e Tae arqueou as sobrancelhas antes de desviar o olhar para o rapaz com quem havia discutido segundos atrás.

— nunca mais ouse encostar um dedo em mim. — proferiu ameaçador. — odeio que me toquem!

  O clima pesado fez os seguranças se aproximar, Henry sentia as têmporas se espremerem pela dor de cabeça que se iniciava. O oficial mais velho tocou o ombro do parceiro e o puxou para perto, evitando que ele tentasse fazer algo mais. Afastando o de Tae. Esse que o olhou com indiferença é desafio.

— o senhor não precisa nos acompanhar na viatura. — explicou o mais velho, Tae o olhou e suavisou as expressões ao decorrer do que ouvia. — mas precisamos do seu depoimento e explicações. Ainda hoje. Por favor. Colabore.

— o senhor com certeza recebeu educação em casa. — comentou debochado. — você dirige Henry. — citou o advogado que já prévia a longa noite que teria. Sabia o quanto Tae era difícil de lidar.

  Olhou em volta e não viu Jader, suspirou mas não demonstrou sua preocupação. Parou em frente o oficial ao que ele obstruia sua passagem. — saia da frente, ou eu passo por cima! — não esperou que o mesmo se movesse, empurrou o mesmo com o próprio corpo e caminhou até a porta. Passou pelos seguranças e na companhia dos oficiais e seu advogado, o Kim iniciou sua curta viagem até a delegacia. Sua boate estava cheia de oficiais e com a fama comprometida. Novamente. No caminho, sentado no banco do carona do seu Bentley, Tae murchou no banco, decepcionado com os acontecimentos recentes. O pesadelo de um ano, estava retornando. E mesmo que ele já tenha lidado com mortes, máfia e policiais em sua boate, a dor de cabeça era a mesma e a incerteza de como lidar com o problema o assombrava. Não tinha Lucca para ajudá-lo a despistar os oficiais, não sabia quem a chefe da família Jung mandaria para investigar a morte de seu consigliere, ele estava literalmente prestes a entrar no meio de um tiroteio, e nao tinha certeza se sairia vivo. Estava desprotegido e sozinho. E como se tudo já não estivesse difícil demais, se lembrou que — segundo as palavras de Lucca —, a organização estava recebendo seu novo chefe, o senhor Jung, e só de imaginar, Tae tremeu no banco de couro, temeroso com a possível sede de vingança que o Alfa poderia ter.

  Pela janela, podia ver as finas gotas de chuva escorrendo pelo vidro. Sentado na sala de estar do apartamento luxuoso, Jimin segurava uma caneca de leite quente com ambas as mãos, em uma tentativa com sucesso de esquentar a palma. Observou o nada, perdido em pensamentos, se lembrou dos pais e cogitou ligar para eles. Pegou o telefone na mesa de centro ao lado dele e antes que discasse o número dos pais, uma chamada de Jader apareceu na tela. Estranhou, já que o gerente não costumava ligar do pessoal.

— sim? — disse ao atender, o gerente do outro lado suspirou, estava muito irritado com o final da noite e pelo andar da caminhada, não iria terminar tão cedo. Não com todos os policiais em sua cola, pedindo ajuda e mexendo onde não devem.

— Sr. Park, Tae pediu que eu te ligasse. — explicou, mas jimin não relaxou. Afinal, isso nunca aconteceu. O ômega se levantou do chão, deixou a caneca na mesinha e andou pelo apartamento, ansioso. — ele pediu para que eu tivesse certeza de que está bem. Não sei se sabe, mas recebemos alguém com uma certa importância hoje, alguém que estava presente no incidente de uma ano atrás, na boate.

— Sim Jader, sei a quem se refere. Tae me avisou, mas eu já estava vindo embora, pois meu turno havia acabado. Algum problema? — indagou, levou as mãos gordinhas aos lábios e cogitou roer uma unha, mas tirou o dedo da boca rapidamente quando percebeu. — onde está Tae?

não sei se deveria avisá-lo disso, mas o senhor irá saber de qualquer forma. — deu de ombros, mesmo que o ômega não pudesse vê-lo. — Lucca foi assassinado no camarote. — o susto que Jimin tomou pode ser ouvido do outro lado da linha. — temos dois suspeitos.

— a polícia já o pegou? Quem são? — interrogou curioso. Já estava sorrindo com a possível fofoca que trocaria com o amigo.

— Kim Taehyung. 

🍒

Tell me, Please - (ABO) TaeYoonSeokOnde histórias criam vida. Descubra agora