🍒Capitulo 1 - Doce misterio. 🍒

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Um ano depois...

Me mostre como posso te dar prazer...

Ao som de Nicholas Bonnin eu caminhei pelo longo corredor do terceiro andar. As luzes com iluminação baixa expunha o corpo com belas e desejosas curvas. Jimin desfilou até o pau de pole dance onde se agarrou a ele e gozou de sua destreza e sensualidade. Seus movimentos calmos e calculados fizeram todos gritarem em excitação. Alfas, betas e outros ômega. Era inevitável. A máscara em seu rosto escondia sua face angelical e perigosa para quem ousa ver de perto. Me curvo e apoio meus antebraços no corrimão, observei minuciosamente os rostos estranhos ali presentes. Haviam pessoas conhecidas, essas que faziam questão de marcar presença sempre que abrimos. Observei as dançarinas se afastarem dos palcos laterais e deixarem apenas jimin fazer o seu tão esperado show. As mulheres nas gaiolas suspensas permaneceram dançado, mas não tiraram sua atenção do ômega de cheiro doce no palco.

O bar estava cheio, os profissionais agitados para entregar todos os diversos pedidos. Satisfeito. Essa foi a sensação que senti. Mesmo que estivesse com um mal pressentimento toda a noite, ainda havia uma pontada de satisfação em ver o sucesso do local que construir com tanto trabalho. Mesmo que meu lobo tentasse me avisar sobre algo, tentei ignorar. Os breves três minutos não era o suficiente para a plateia que grunhia em total satisfação, mas era para jimin que ao finalizar, se afastou em meio a fumaça ignorando os protestos e mais diversos pedidos e elogios a suas performances.

- senhor?

- sim? - olhei mais uma vez a pista que ficou mais agitada com a presença do DJ.

- temos uma área VIP particular alugada. Para um Alfa apenas. - olhei para os camarotes centrais, todos estavam com portas abertas, com exceção de um a minha esquerda.

- quem alugou? - indaguei encarando o local que não mostrava uma mínima movimentação.

- Lucca D'Angeli.

- malditos. - praguejo em total frustração. - reforce a segurança. - olho diretamente para o meu gerente, Jader era um Alfa negro de quase 1,90. Já dotado de uma certa idade, ainda mantinha sua beleza. Sempre confiei nele, afinal, eu ainda era um ômega dono de uma boate. Meus seguranças eram muito bem pagos por motivos óbvios. - não deixe nada passar, avise aos seguranças que vamos ter problemas.

- senhor, por quê tanta preocupação com um único homem?

- Porquê estamos recebendo a máfia italiana Jader, alguém vai morrer hoje. - aviso com convicção. Deixo ele para trás e ando em direção ao elevador e aperto o botão do segundo andar. As portas se fecharam e quando voltaram a se abrir, andei em passos largos até o camarote alugado. Encarei os dois alfas na porta e fiquei tenso ao perceber que não estavam ali para mim. Mais um motivo para me preocupar.

- meu chefe não quer ser incomodado. - seu porte totalmente forte era notável. Sem duvidas. Analisei suas feições, estavam muito sérios. Eu estava sem proteção, e sem uma arma.

- não estou pedindo. - enfio a mão direita no bolso da calça social que usava e o encaro com indiferença. - saia da minha frente!

A contragosto os observei sair da frente, empurrei as portas de correr e suspirei ao vê-lo a vontade. As mãos ansiosas forçava a cabeça da beta contra o meio de suas pernas sem carinho. Entrei e o encarei, sua expressão excitada mudou para uma sarcástica que me enjoou. O cheiro do local estava forte; álcool, cigarro e sexo. Uma baixaria.

- A quanto tempo, querido. - sorriu ladinho. - não quer se juntar a nós? - a beta se afastou e me olhou por cima do ombro.

- saia! - digo a olhando. Arregalou os olhos antes de encarar o alfa a quem agradava, como um pedido de permissão.

- você foi uma ótima garota, nos deixe a sós. - pediu com o tom de voz manso. Ignorei sua exposição e a pressa da mulher que passou por mim e fechou a porta com certa violência. - não é nada educado invadir o espaço pessoal das pessoas, Kim. - as mãos grandes agarraram um copo de whisky na mesinha de centro a poucos centímetros dele e o levou aos lábios. - você está muito sério. - observou com o cenho franzido. - para o dono de um estabelecimento tão alegre, você e realmente muito sério. - comentou fazendo uma careta. - algum problema?

- avisei no ano passado que não queria vocês aqui! - sua expressão ficou séria e quase, quase perdeu a pose. - me livrei dos Cazzino, o que o fez pensar que o receberia bem aqui?

- eu vim em paz Kim, não seja tão rude. - elevou as mãos em rendição. - sabe que jamais encostariamos em você, vocês tem o respeito da noona, e tem o nosso. - afirmou com sinceridade. - sente-se é beba comigo. - indicou o espaço no extenso sofá de parede.

- não saio com meus clientes Lucca, já lhe dei a mesma respostas vezes o suficiente para se tornar cansativo. - relembro em total indiferença. - tem certeza de que não trouxe problemas consigo?

Só de cogitar passar pela mesma coisa que passei a um ano atrás quando conheci esse patife, senti meu estômago revirar.

- absoluta. Cheguei hoje e vim vê-lo, só queria relaxar antes. - lembrei do oral que recebia quando entrei, me segurei para não revirar os olhos. - apenas a minha família sabe que vim para a Coreia. O nosso chefe voltou depois de longos dez anos, estamos em festa. Noona vai tirar férias graças a gravidez. Só estou comemorando minha promoção. Não se preocupe.

- não posso e não quero mais assassinatos no meu estabelecimento, a um ano vocês trouxeram os Cazzino e com ele quase a destruição do meu nome. - relembrei amargo. Foram tempos difíceis. - quase morri aquela noite. - relembro. - não me faça desejar voltar no tempo e nao tê-lo salvado daquela bala. Era para estar a sete palmos da terra hoje.

- sim, devo minha vida a você. Esse é um dos motivos que o respeito tanto. Não seja tão hostil, só queria revê-lo. - o olhar melancólico vagou pelo local, o cheiro do alfa se intensificou, provavelmente soltando ferormonios para acalmar o Kim. Mas tudo que ele sentiu foi irritação. Odiava essa mania de expor esse cheiro no ar. Para o inferno a calma! - não veja isso como uma provocação. Devo relembra-lo, que você mandou seus seguranças me jogarem na rua ferido depois de ter me salvado.

- pague sua bebida e fique longe, já tenho problemas diários para resolver neste local, e quero ter o mínimo envolvimento com a máfia.

A certeza que eu carregava dentro de mim me permitiu demonstrar total confiança em minhas palavras. E mesmo que eu não soubesse o dia de amanhã ou até as consequências dos minutos seguintes em minha vida, eu acreditava que era exatamente isso que eu queria. Os olhos negros me analisaram com respeito, era de se surpreender. Ninguém diria Não a um Mafioso. Mas eu tinha esse poder, mesmo que não gostasse dele.

- você um dia ainda vai engolir suas palavras, querido Kim. - o seu tom nostálgico não abalou minha postura, mas nao posso negar, fiquei tenso. - eu ainda vou vê-lo mergulhar no meu mundo, e verei a sua desejosa expressão de prazer quando esse dia chegar. Só espero que seja por mim, mesmo cansado de ouvir suas recusas para um mero e inocente encontro. - havia um meio sorriso presunçoso.

- espero que viva muito para engolir suas palavras. - lhe dou as costas. - foi um prazer revê-lo, espero que seja a última vez. - não ouvi sua resposta, abri a porta e sai. O som alto da música invadiu meus ouvidos. Os mais diversos cheiros se fizeram presentes no ambiente.

Ao som de SoMo - Proud vi as pessoas na pista enlouquecidas e eufóricas. Caminhei em passos lentos e passei por algumas pessoas que frequentavam o corredor, provavelmente procurando uma ala privada para umas horas de sexo sem compromisso.

A noite havia começado.

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Tell me, Please - (ABO) TaeYoonSeokOnde histórias criam vida. Descubra agora