Epílogo: Cartas para Sol, teu poema nunca dito.

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#AzulEAmarelo

Verdades não ditas, sentimentos indispostos;

Indisposto que és sinónimo de enervado; agastado.

Mas nunca se fez semelhante a irrealidade de viver

Nosso amor nunca teve sinônimo e nunca foi salvo

Nunca me fiz príncipe para te tirar do castelo

Nunca me fiz real e acabei apostando nos teus sonhos.

Sonho que és sinónimo de quimera; devaneio.

Mas nunca se fez semelhante a realidade

Tal doçura que nunca saboreamos

Pobre Lua, nunca teve luz

Pobre Sol, nunca teve paz

E acabamos por misturar cores que não tinha tom

Por desejar e não saber esperar

Esperar que és sinónimo de ensejar; aspirar.

Mas nunca se fez semelhante a ter

Nós nunca nos tivemos

Nós nunca nos sonhamos

Nós nunca fomos nós

Éramos singulares

E percebi que é na singularidade

Que me fiz eu

Que me vi tu

E que me vi parti

Até o outono, eu disse

Mas o outono nunca teve um sinônimo.

Cartas para Sol • Tempo + SenhoritaOnde histórias criam vida. Descubra agora