Escola das estrelas

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Me virei e chequei meu reflexo no espelho. Cabelos castanhos caindo em ondas até quase a cintura, pele clara , com uma maquiagem sutil, saia plissada, uma blusa clara e botas marrões. Mas o que mais chamava atenção em mim eram meus olhos.
Eu sofro de uma doença rara, heterocromia. Enquanto meu olho direito é azul claro, o esquerdo é verde. Isso pode até parecer legal, mas depois de sofrer bullying por causa deles quase toda a minha vida eu aprendi a esconde-los , ou com óculos escuros ou com lentes de contato coloridas.
Pegando minha mochila, minhas chaves, o celular e meu capacete, sai do quarto e atravessei o apartamento. Passei na cozinha e peguei meu lanche, me dirigindo logo em seguida para a porta da frente.
Descendo até a garagem me dirigi até o meu bebê ronronante. Minha lambreta vermelho cereja e preta. Eu passei quase tanto tempo em cima dela quanto tocando violino, e vai por mim, isso é muito tempo. Eu adorava a sensação de velocidade, o vento nos cabelos e no rosto. Me sentia livre.
 Ligando meu GPS, montei na moto e parti em direção a minha escola nova.
Após mais ou menos meia hora , eu cheguei na escola e meu primeiro pensamento ao olhar para a construção foi, não pode ser. Aquilo não era uma escola, era o castelo das princesas da Disney. Feito com mármore , eu acho, e tijolos cinza claro a escola parecei uma mistura de castelo das princesas com internato inglês, tudo cercado por muros com quatro diferentes entradas, de tão enorme que era esse lugar. 
Dirigindo pela pista que levava para até os portões principais da escola, mostrei minha identidade para o guarda de uma das guaritas e entrei. Fui até o estacionamento, passando por pequenos jardins e fontes. Estacionado, alisei a saia e caminhei até as portas duplas da entrada.
Respirando fundo, as abri.

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