A Herdeira da Guerra. Vol 2

Capítulo 12 - Sem Salvação

Um cientista, entra na sala e dá um choque em Karl, que cai no chão com a força da carga elétrica. O homem, pede ajuda em um rádio, para que venham buscar Lauren e leva-la de volta a sala que estava. Liz, ajuda o cientista a levar Karl para a sala de espera. Liz, segura em um braço do guerreiro, o cientista segura o outro e Karl, caminha com dificuldade, devido ao forte choque que deixou seu corpo formigando por inteiro.

O Homem, abre a sala com seu cartão de acesso sem hesitar, assim, livrando Liz de ter que inventar uma boa desculpa. Assim que os três entram na sala que no momento está vazia, um alarme ressoa por toda a clínica, acompanhada de um aviso de emergência:

—Cientista encontrado morto na ala B, todos os cientistas devem se reunir na sala de equipe. Repito, cientista encontrado morto na ala B, todos os cientistas devem se reunir na sala de equipe com urgência.

Nesse momento o cientista saca a arma de choque e aponta para Liz, porém, ela percebe antes que ele dispare em sua direção. Liz pula em cima do cientista, o fazendo cair e derrubar a arma de choque. Karl, caminha até eles e pega a arma, Liz, sai de perto e Karl, dispara várias vezes até o homem perder a consciência.

—Vamos, se vista logo —Liz, começa a despir o cientista e entregar a roupa para Karl

—Você matou esse cara que estão falando? —Karl, questiona enquanto se veste rapidamente

—Como você acha que eu consegui o cartão de acesso, a arma...?

Karl, por fim coloca a máscara de gás.

—Veja se o cartão de acesso está no bolso

—Sim, está —Karl entrega para Liz

—Me siga, ande tranquilamente

Liz, abre a porta e começa a caminhar pelo corredor junto com Karl.

—Ei

Eles se viram ao encontro da voz.

—Vocês não escutaram?

—Sim, escutamos, mas eu preciso levar alguns pacientes para a sala antes de ir

—Não demorem

Eles apressam os passos, sobem as escadas e se guiam através das placas coladas nas paredes dos corredores, enfim, eles localizam a sala G.R.2. Liz e Karl, entram na sala e se deparam com Jade, ligada a uma grande e barulhenta máquina que circula com seu sangue por tubos, esses tubos caminham por todos os lados da sala até o teto onde some com o sangue da garota.

—Parece que ela está morta... —diz Karl

—Mas não está, ela não está morta. Me ajuda a encontrar alguma barra de ferro para que possamos trancar essa porta.

Eles começam a procurar, até encontrar uma barra de ferro que prendia uma das macas. Liz, essa barra de ferro e quebra as duas câmeras que estavam uma em cada lado do cômodo.

O mesmo alarme ressoa, mas nada e dito pelos alto-falantes. Liz e Karl se aproximam da garota.

—Liz, se a tirarmos da máquina, ela vai morrer

Liz, olha para o monitor da máquina e vê uma porcentagem:

—20 porcento, pelo que parece essa é a porcentagem sanguínea dela, é sobre isso que o Don estava falando

—Como assim? —questiona Karl

Passos se aproximam da porta:

—Abram essa porta!

—Sangues especiais, só podem receber o mesmo tipo de sangue...

Várias batidas na porta de aço ecoam pelo local.

—Sabemos que você matou o Uker, Liz. Se entregue logo, será melhor para você, podemos resolver tudo isso —diz a voz já conhecida

—Eu sinto muito, Liz —lamenta Karl

—Eu posso doar o meu sangue

—Liz, ela precisaria de muito sangue, você não conseguiria permanecer viva

—Eu sei Karl

—Tudo bem Liz, vou te dar 10 minutos para decidir o que fazer. 10 minutos —diz o cientista incisivamente

—Liz, você não pode fazer isso, o que você vai ganhar com isso? ela é apenas uma garota

—Isso não é negociável, Karl

Liz, fecha os olhos e tenta lembrar do procedimento que viu Uker fazer. Ela pega um tubo ligado com duas agulhas, uma ela fura seu braço e a outra ela coloca no braço de Jade.

—Karl, desligue a maquina

—Você tem certeza?

—Faça logo isso

Karl, desliga a máquina e se senta ao lado de Liz, o sangue da guerreira caminha pelo tubo até o braço da menina.

—Então, é isso...

—Sem drama, Karl

—Você não está entendendo, Liz

—Eu estou entendendo muito bem—ela olha para o monitor que consta 25 porcento

—Como você está se sentindo?

—Com menos sangue —ela dá um sorrisinho —Karl, você precisa tirar a Jade daqui

—Nós vamos tirar ela daqui

—Nós não vamos, Karl, eu não vou.

—Liz...

—Olha que ironia, eu que passei a minha vida toda, tirando o sangue das pessoas, matando...estou aqui, doando o meu sangue

Karl dá uma risada fraca.

—Karl, você acha que eu tenho salvação? —os olhos da guerreira enchem d'agua

—Sabe Liz...eu acho que ninguém aqui tem uma salvação

—Você pode estar certo —ela ri e uma lagrima escorre pelo canto dos seus olhos

Depois de alguns minutos que pareciam segundos, Karl, olha para o monitor que consta 40 porcento. Liz, empalidece, seus lábios secam, seus olhos perdem o brilho e começam a fechar.

—Liz, não fecha os olhos —Karl, a sacode

Liz, não reage e seus olhos fecham por completo.

—Liz...Liz, acorda

Karl, fica alguns minutos em silencio e promete vinga-la, ao notar que a guerreira enfim, foi aceita por quem a evitou por muito tempo...a morte.