Em algum lugar na favela do RJ
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— Chefe Leticia foi pra vale — um homem entra na pequena sala apressado.
— O que? Fala esse bagulho direito.
— Ret descobriu que foi ela que tava as carga e vagabunda ainda teve coragem de ameaçar a mulher dele, levou uma surra dos cara e morreu na mão do Ret.
— Sabia que aquela vagabunda não servia pra nada. — o homem soltou a fumaça no ar.
— O que nos vai fazer agora?
— Nos vai colocar o plano em ação.
— A gente tem um segundo plano?
— Tem o alfabeto inteiro — O homem levantou da cadeira com a arma na mão jogando a bituca do cigarro no chão.
— Chefe.
— Que foi merda?
— Tu tem certeza disso? Ret vai virar o capeta nessa cidade.
— Sangue por sangue...
Essa foi a ultima frase que foi falada no ultimo encontro deles. Sangue por sangue era a melhor maneira de resolver tudo mas dessa vez iria ser mais do que uma acerto de contas é pessoal.
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Uma caixa foi deixava na entrada da favela que deveria ser entregue diretamente para o Filipe. Quando a caixa chegou nas mãos do mesmo ele abriu a caixa, horrorizado com que estava vendo ele jogou longe deixando o conteúdo aparecer.
Era uma boneca sem a cabeça com um liquido grosso e viscoso sobre ela e uma faca atravessada na mesma.
— Puta que pariu que merda é essa? — Chule se aproximou tocando o liquido com as pontas dos dedos — Porra isso é sangue e ta fresco.
— Ret? — Malvadão se aproximou do mesmo dando batidas no seu rosto — Reage mano.
Ele olhava fixo pra boneca sem expressar nada.
— Tem um bilhete — Ak abriu o papel — “Sangue por sangue”.
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Filipe
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Sangue por sangue...
Lembro dessa frase, como fui burro. Ele nunca iria deixar de lado.
“— Eu vou matar você Ret eu vou tirar tudo que você ama igual tu fez comigo e você vai poder assistir tudo de camarote sem mover nenhum dedo.
— Ta com as ideias errada meu parceiro.
— Ideia errada? Nos vai se ver de novo e dessa vez vai ser sangue por sangue — cuspiu sangue no chão — Eu vou matar você tirar tudo de você filho da puta, não esquece Ret. — Ele grita”
— Eu pensei que ele havia se esquecido disso — Chulé respirou fundo.
— Parece que não...
— E agora? — Ak perguntou.
— Tire a família de vocês do RJ agora!
Subi na moto subindo pra casa, quando cheguei perguntei os cara que fica na frente de casa se tava tudo certo e eles assentiram. Entrei em casa e tudo em silêncio.
Subi as escadas indo direto pro meu quarto, abri a porta vendo Ruby e Alina dormindo. Me aproximei tirando a roupa deitando do lado dela.
— Oi bebê chegou cedo — ela me olha sonolenta. Porra eu amo essa mulher — Aconteceu alguma coisa?
— Não, só queria ficar com tu — abracei ela.
— Então vem, estou com saudades. — entrei de baixo das coberta abraçando ela — Pode mamar amor.
Toquei o peitao dela e coloquei a boca sugando sentindo o leite quente preencher minha boca. Olhei pra Ruby que dormia agarrada no outro peito e sorri com o peito na boca, toquei o cabelo dela e ela se remexeu mas não acordou.
— Amo vocês — disse mas ninguém respondeu. Olhei pra cima vendo minha mulher dormi, sorri e fechei os olhos tentando dormi também.
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Alina
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As coisas estão tensas aqui, Filipe esta passando mais tempo na boca do que em casa e os meninos também, por isso chamei l7 para me ajudar a cuidar da Ruby, principalmente hoje que vou la na boca para saber o que esta acontecendo.
— Pode ir patroa vou cuidar bem da branquinha.
— Qualquer coisa mande alguém me chamar — beijo sua testa e a testa da Ruby saindo de casa.
Entro na estrada de terra direto pra boca e já podia ver os meninos cada um no seu canto sérios com a cara amarrada.
— Ai patroa, pode entrar não — Pelé entra na minha mão.
— Teu chefe ta ai?
— Ta sim.
— Então sai da minha frente garoto.
— Patroa vai da merda pra mim o chefe não vai gosta.
— Quem manda no teu chefe sou eu Pelé. — Passo por ele ouvindo ele falar merda.
Abro a porta e porra não devia ter vindo.
— Que merda é Ret?
Tinha uma garota que tava sentada no colo dele e ele com as mãos no seu quadril. Ambos olhos assustados pra mim e agora sorri saindo do colo dele.
— Pretinha... — fecho a cara pra ele que engole a seco — Alina eu não fiz nada eu juro...
— Não fez por que você atrapalhou. — a garota fala
— Em casa a gente conversa por que não sou mulher de fazer barraco por causa de homem.
Ele me olha com medo e nervosa e eu saio dali sem deixar ele falar nada.
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Alina, Tudo Por Nós Dois
RomanceLivro 1 📍 Rio de Janeiro - Vidigal "Se você fosse uma bebida eu repetiria a dose. Se você fosse uma droga, entraria em overdose. Você é meu vicio sem fim..." - Renato Russo