Epílogo

20.9K 1.5K 246
                                    

Alina Dias

°•°•°•°•°•°•°

— Um, dois, três. — o enfermeiro me coloca sentada na cadeira — Esta com dor?

— Não obrigada — sorri.

Ele abre a porta do quarto empurrando minha cadeira de rodas para fora do hospital que havia um carro parado lá.

— Pode deixar que daqui eu cuido dela — disse grosso, o enfermeiro sorriu e saio acenando pra mim.

Observei Filipe abri a porta do carro e me pegar no colo me colocando dentro do mesmo e depois passando o cinto, ele deu a volta colocando a cadeira no porta malas em seguida entrando no carro dando partida.

— Foi mal — ele quebrou o silencio — foi mal ter falado daquele jeito contigo.

— Foi péssimo.

— Eu fiquei com medo ta legal? A favela e nem nossa casa tem estrutura pra você, eu fiquei nervoso.

— Então você vai me abandonar?

— Não falei isso. Não coloca palavra na minha boca tu sabe que não gosto. — suspiro — Eu arranjei um casa lá no topo do morro, uma casa maneira tem ate um quarto grandão pra nois — ele sorri puxando minha mão — Acho mermo que eu ia te abandonar? Eu amo tu independente da merda que acontecer.

— Eu não vou poder fazer nada Filipe, nem transar. Você é quase um ninfomaníaco, gosta de transar pra caralho e eu não...

— Que porra tu ta falando? — freia de morro brusco o carro.

— Eu sou a porra de uma invalida ta legal? Eu vou ser a porra de um estorvo na sua vida! — grita.

Observo ele respirar fundo esfregando o rosto com raiva. De repente ele vira pra mim segurando o meu rosto me obrigando a olhar pra ele.

— Pode tirar essas merda da tua cabeça, eu to contigo por que amo você e nosso sexo também mas isso não faz diferença nenhuma. Eu nao vou abandonar você e nem a bebezinha, tu vai fazer aquelas parada toda pra voltar a andar e os caralho a quatro nem que eu gaste e roube todo o dinheiro dl mundo.

— Filipe...

— Eu só preciso de tu, do leite, da nossa filha — faz carinho no meu rosto — E da tua boquinha. — sorri malicioso.

— Minha boca? — o olhei sem entender.

— Tu tem um boquete bom pra caralho! — exclama — Olha to até duro de imaginar gozando nessa boquinha carnuda — gargalho.

Ele entrelaça nossas mãos apoiando na minha coxa enquanto estou com a minha cabeça deitada no seu ombro. Um tempão depois eu to na frente da minha casa nossa, Filipe disse que mandou fazer umas rampa no mesmo dia que descobriu que eu iria ficar de cadeira de rodas.

— Tenho uma surpresa pra tu minha pretinha. — ele me empurra pro fundo da casa, quando abre a porta vejo vários balões e um enorme bolo, quando os vapor me ver eles destravam as armas soltando tiro pra cima.

— O que é isso tudo?

— Ué nois ta comemorando a volta da mulher mais foda que esse morro ja viu — Malvadao fala — Mais não vale toma meu lugar segundo chefe em?!

— Meninos... — choro — Obrigada.

— Ai tem alguém que quer tiver mona — Chulé sorri.

Os meninos abrem um espaço e vejo Ruby em pé, ela me olha sorri andando até mim.

— Mama! — Minha filha, tenta andar mais rápido mais acaba tropeçando nas próprias pernas, ela não espera ninguém ajudar ela e de morro rápido apoia as mãos no chão empinando o bumbum e logo fica em pé novamente e volta a andar até mim de novo — xadadi.

Alina, Tudo Por Nós DoisOnde histórias criam vida. Descubra agora