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(Inspirado em dancing with your ghost da Sasha Alex Sloan)
Dois anos intensos e cheios de amor haviam passado desde que Bang Chan e Felix começaram seu relacionamento. O vínculo entre eles era profundo, mas, ultimamente, Felix parecia mudado. A saúde dele começou a preocupar Bang Chan; uma tosse persistente, dores nas costelas e uma fadiga que não passava deixavam o namorado inquieto.
— Amor, vamos pedir algo para comer? — chamou Felix, sua voz rouca ecoando pelo apartamento e despertando em Chan uma preocupação ainda mais intensa.
— Claro, o que você quer? — perguntou Bang Chan, tentando esconder a angústia na voz.
— Strogonoff — respondeu Felix, e Bang Chan concordou imediatamente, decidido a fazer de tudo para vê-lo bem.
Foi uma refeição simples, mas Chan se recorda daquela noite com tristeza, agora, dois anos depois, enquanto conta sua história. Ele nunca teria imaginado que aquela seria a última vez que veria Felix. Pouco depois daquele jantar, Felix desapareceu. Sem explicação, sem despedida. O vazio que deixou, no entanto, era gigantesco e ocupava cada espaço da vida de Chan.
Chan buscou por Felix com uma determinação desesperada. Contatou autoridades, familiares, amigos, revirando memórias, tentando entender onde ele poderia ter ido. As lembranças dos momentos juntos o assombravam, como os dias em que Felix pacientemente o ensinava a dançar. A dança se tornou sua maneira de manter Felix perto, mesmo que apenas em lembranças.
Passaram-se três anos desde que Felix se foi, e a chegada de uma carta inesperada, com o nome de Felix no remetente, trouxe uma nova onda de choque e dor. As mãos de Chan tremiam enquanto ele abria o envelope amarelo. A carta revelava o segredo que Felix guardara com tanto esforço: ele estava com câncer de pulmão e, temendo que Chan sofresse junto, escolheu enfrentar a batalha sozinho, afastando-se para que Chan não tivesse que presenciar sua dor. A despedida de Felix era cheia de amor e gratidão, mas deixava Chan destroçado.
Determinado a entender o que aconteceu, Chan viajou até os Estados Unidos, onde descobriu que Felix passou seus últimos dias em tratamento. Ao chegar à clínica, a notícia de que Felix falecera semanas antes o golpeou com uma dor impossível de descrever. O amor de sua vida se fora, e Chan teve que aceitar uma verdade insuportável.
De volta à Austrália, Chan encontrou consolo nas memórias. Ele terminou de ler o livro que Felix tanto queria que ele conhecesse, e as palavras finais do livro ecoavam em sua mente, trazendo saudade e tristeza. Cada página e cada movimento de dança que ele realizava se tornaram uma homenagem silenciosa ao homem que ele amava. A dança era sua maneira de manter Felix vivo, de tocar em uma sombra que ainda estava ali, de alguma forma, na música, no ar, nos pensamentos.
As palavras da música ecoavam em sua mente enquanto ele dançava, como uma conversa com o fantasma de Felix, lembrando-o de um amor que transcendeu o tempo e o espaço, mesmo em meio à dor da perda:
"Gritando para o céu Gritando para o mundo Querido, por que você me deixou? Ainda sou seu menino Segurando firme, Com a cabeça nas nuvens Só o céu sabe onde você está agora.
Como amar, como amar de novo? Como confiar, como confiar de novo?
Eu fico acordado a noite toda Dizendo a mim mesmo que estou bem Querido, você é mais difícil de ver do que todos Eu coloco uma música Espero até ouvir a nossa canção Toda noite eu danço com seu fantasma."
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