No dia seguinte Sara acordou com um largo sorriso. A noite anterior tinha sido uma das mais especiais que passou junto a Ava. Se sentia feliz, amada, extasiada e não podia deixar de pensar que, quem sabe, se as coisas seguissem assim poderiam ter um futuro juntas. Sorriu ainda mais e virou-se na cama, seu sorriso desapareceu ao encontra-la vazia. Eram mais de 7 horas da manhã do sábado e Ava não estava ali.
Se levantou e reparou em um bilhete no criado-mudo, era da loira.
"Bom dia, querida.
Sinto não estar quando acordar, mas tive que acertar algumas coisas no trabalho. Alicia está com o meu irmão. De noite vou a festa beneficente que mencionei e gostaria que fosse comigo, não aceito um não como resposta.Vou estar com saudade de você e do seu lindo sorriso.
A. Sharpe"
Sara suspirou, deixando o bilhete na cama. Teria que aceitar seu não como resposta, porque, definitivamente, não iria a essa festa. Não tinha vontade de encontrar aquela mulherzinha metida, de cabelo espetacular e olhos de gato, vulgo, Beatrice. Não, muito menos porque não tinha nada elegante para vestir. Teria que ir sozinha.
Quando desceu foi para a cozinha e preparou cereal. Estava sozinha, assim, não precisava fazer um café da manhã.
Passou o resto do dia arrumando algo, assistindo televisão e lendo um pouco. Estava verdadeiramente entediada, já havia se acostumado ao barulho de outras pessoas na casa e, agora que estava sozinha, sentia algo estranho. Sentia a falta de Ava, de Alicia e Axel, que a menina o havia levado. Como havia sobrevivido tanto tempo só naquele apartamento?
E ainda era dia. O primo de Ava havia avisado que Alicia ficaria para dormir e como ela não iria à festa beneficente, assim, ficaria só até Ava chegar.
Pensou em Ava sozinha, rodeada de um monte de mulheres ricas e bem vestidas e, provavelmente, bêbadas de champanhe. Pensou em Beatrice se aproximando dela, tocando-a, tomando seu braço e lhe dedicando um sorriso sensual... E se encheu de raiva. Não, não podia deixa-la ir só a essa festa. Olhou o relógio, eram 5 horas, se levantou em um salto e caminhou com passos firmes ao seu quarto. Mas sua determinação morreu em um gemido frustado ao abrir seu closet.
Não tinha nada de gala para vestir. O mais elegante que tinha era um vestido bege muito justo, e alí, sua barriga de 4 meses não entraria. Soltou uma maldição. Iria morrer imaginando Ava com Beatrice agarrada a seu braço toda a noite.
Estava prestes a se meter na cama quando a campainha tocou. Quem seria? Chegou até a porta e a abriu com cautela. Um homem sorridente estava do outro lado com uma bolsa e uma caixa na mão.
- Senhora Lance, a senhora Sharpe lhe mandou. - Lhe estendeu os embrulhos. - As 8 um chofer passa para buscá-la.
Sara abriu a boca e arregalou os olhos enquanto pegava as coisas, agradeceu ao homem e fechou a porta. Examinou as coisas e seu coração parou quando viu o que tinha dentro da bolsa: um belo vestido vinho que devia ser caríssimo.
Era elegante, discreto e até os pés. Era lindo, encantador e sexy. Olhou a caixa e nela tinha um par de salto prateados, do seu número e combinava com seu vestido. No fundo da caixa havia um bilhete.
"Sei que diria que não tinha o que vestir, assim, tomei a liberdade de escolher por você, espero que não fique chateada. Espero que goste, já que sei que ficará lindo em você.
Passaram aí às 8. Estarei esperando, querida.
Com amor… A. Sharpe"
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𝑨 𝒑𝒓𝒐𝒇𝒆𝒔𝒔𝒐𝒓𝒂 𝒅𝒆 𝒃𝒂𝒍é - 𝐀𝐯𝐚𝐥𝐚𝐧𝐜𝐞✬ Intersexual✬
Romance"Proibido manter relações com os pais dos alunos" Uma regra era muito clara e muito fácil de ser acatada. Pelo menos até o momento em que Ava Sharpe vai buscar a filha na academia de dança. A conexão e a atração entre elas é evidente e imediata. Par...