- "Sara tirou as dúvidas? - Charlie disse sem nem dizer "oi" quando sua amiga atendeu à chamada.
- Charlie, por Deus, pare de me deixar mais nervosa. É apenas um vírus, simples.
- "É só para tirar as dúvidas. Vou agendar uma consulta aqui na clínica, okay? Vou falar com o Dr. Smith, ver se ele pode consultar você na primeira hora da manhã e..."
- Charlie! - Interrompeu. - Conheço meu corpo e não estou grávida. Além disso, já estou bem.
- "E eu sou médica, conheço os sintomas. Faz. Por. Pelo. Menos. Uma. Vez. Na. Vida. O que eu digo!"
Novamente elas começaram a argumentar. Esta foi a quarta vez em uma semana que sua amiga insistiu para que o teste fosse feito.
- Ok. Só vou fazer isso para mostrar que não estou grávida.
Mas mesmo que não quisesse admitir isso, entrou em pânico! Pediu o repouso na tarde de sexta-feira, seria apenas esse dia, mas esse desconforto estendeu-se toda a semana. Agora se sentia melhor e tinha que voltar ao trabalho.
É apenas um vírus.
Dizia a si mesmo. No dia anterior ao seu desconforto, comeu sushi com Ava e Alicia e culpou o peixe por seu mal estar. Mas o sushi nunca a tinha feito mal, nem o cheiro a incomodava. Por Deus, era seu prato favorito!
Ela não podia estar grávida. Não. Ela não queria fazer nenhum teste que lhe desse um resultado oposto ao que ela queria. Isso ia desmoronar sua vida pessoal e o trabalho.
Não, isso não poderia acontecer, riu histericamente, elas sempre foram cuidadosas.
Exceto pela primeira vez... Elas estavam tão desesperadas pelo desejo e também teve o álcool e o preservativo passou despercebido. Foi só nessa vez, quais possibilidades existem? Não podia haver nenhuma, disse a si mesma.
Não podia engravidar da mãe de sua aluna, e não podia passar por essa humilhação. Tinha sido tão cuidadosa que ninguém descobrisse seus encontros que não poderia ser assim.
Não podia perder seu emprego, então, na noite anterior e com toda a dor de sua alma, decidira cortar tudo com Ava e ia contar a ela naquele dia. Era melhor assim.
Quando Ava entrou na sala vazia com Alicia, suas defesas vacilaram um pouco, mas conseguiu se conter. Sara viu o relógio e ainda tinha 15 minutos antes dessa aula. Típico da loira. Alicia correu para ela e a abraçou afetuosamente.
- Sara, senti tanto sua falta. Minha mãe também. Nós queríamos vê-la, nós sentimos muito sua falta. - A garganta de Sara apertou, nunca se sentiu amada tão incondicionalmente, por ninguém além de Charlie, e isso a fez sentir-se pior.
- Eu também, não pode imaginar o quanto pequena.
Alicia entregou alguns biscoitos, lhe deu outro abraço, e foi juntar-se aos outros alunos que esperavam no pátio deixando-a sozinha com Ava.
- Oi. -Ava sorriu e suas pernas fraquejaram.
- Oi, Ava.
Ava, se aproximou e a envolveu em seus braços e Sara se agarrou a ela.
- Por Deus, senti tanto a sua falta.
- Foi apenas uma semana, boba
Por que a loira tornava tudo tão difícil assim? Ficou claro que essa relação não era apenas física. Estava cada vez mais envolvida e, apesar de estar um pouco relutante, ela sempre gostou de verdade de Ava. Embora Ava, nunca tenha falado sobre formalizar nada, talvez sabendo que ela iria recusar.
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𝑨 𝒑𝒓𝒐𝒇𝒆𝒔𝒔𝒐𝒓𝒂 𝒅𝒆 𝒃𝒂𝒍é - 𝐀𝐯𝐚𝐥𝐚𝐧𝐜𝐞✬ Intersexual✬
Romance"Proibido manter relações com os pais dos alunos" Uma regra era muito clara e muito fácil de ser acatada. Pelo menos até o momento em que Ava Sharpe vai buscar a filha na academia de dança. A conexão e a atração entre elas é evidente e imediata. Par...